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Guia completo para reduzir o uso de agrotóxicos no cultivo

Modificado em: junho 6, 2024

O uso de produtos químicos na lavoura faz parte, há muito tempo, da rotina de trabalho dos produtores de agricultura. Assunto amplamente debatido, seu uso passa por questionamentos constantemente. Apesar de sua utilidade realmente funcional à atividade agrícola, é preciso encontrar soluções para substituir os agrotóxicos.

O Brasil é um dos países que mais utiliza esse tipo de produto, com cerca de 500 mil toneladas aplicadas em produções ao ano. O que parece desenfreado, muitas vezes está dentro da lei, que define termos claros sobre o uso desses componentes. No entanto, ao nível de qualidade de produção e impacto ao consumidor, há sempre a possibilidade de reduzir a aplicação.

Apesar de ser um grande desafio, um trabalho dedicado ao corte gradual no uso dos agrotóxicos é algo que pode e deve ser feito. Este post mostrará mais sobre o assunto, apresentando os diferentes tipos do produto, para que servem e como o uso pode ser reduzido. Confira!

O que são e para que servem os agrotóxicos?

Um dos grandes inimigos da atividade de agricultura são as pragas e as doenças que podem infectar as plantações. São problemas reais e recorrentes, principalmente em atividades de monocultura. Nesse tipo de plantio, por cultivar uma única espécie, há uma chance maior de esses fatores prejudiciais se manterem recorrentes nas produções.

O agrotóxico é um eficiente mecanismo no combate às pragas e doenças, garantindo que as safras possam se desenvolver de maneira produtiva e forte. No entanto, o grande problema é que se tratam nada menos do que produtos químicos que trazem consequências em seu uso. Por mais que tenham papel importante, a busca por soluções para substituir os agrotóxicos é fundamental.

Os riscos de contaminação

A principal preocupação das autoridades que regulamentam a atividade rural no Brasil é como esses produtos químicos vão impactar o produto final dessa atividade. Não é raro que haja contaminação de consumidores por conta dos altos níveis de agrotóxicos nos alimentos. O aumento da utilização, inclusive, é um dos principais problemas enfrentados atualmente.

Outra questão importante é a contaminação de solo e de afluentes. O excesso da aplicação do agrotóxico pode causar danos irreversíveis à área de plantio, o que significa que, a longo prazo, ainda que não haja o uso do produto, haverá risco de contaminação nos alimentos. O mesmo acontece com a água, gerando grandes riscos às comunidades dos entornos da produção.

A quebra de ciclo de pragas

Produtores experientes sabem que algumas pragas também se apresentam em ciclos, ou seja, surgem em determinado período do ano e atuam severamente nas produções. O uso de agrotóxicos tem sido até hoje um defensor principal e eficaz contra esse problema esperado. Na prática, seu uso é essencial para quebrar o ciclo dessas pragas, afastando o risco à plantação.

Reduzir os danos à produção é uma busca geral em termos de agronegócio. Não há como fugir dessa necessidade, levando produtores diretamente ao uso do agrotóxico. Sem o produto, é praticamente impossível sobreviver aos riscos conhecidos. Ainda que seja importante quebrar o ciclo de pragas, a busca é para que isso seja feito de maneira mais saudável.

A necessidade de busca de equilíbrio

Não há dúvida que qualquer medida de redução do uso de agrotóxicos deva ser feita em caráter gradativo, mas é indispensável que a discussão seja aberta. Só assim poderá ser viável debater e implementar medidas que proporcionem ao agricultor deixar de usar esse tipo de produto químico. Se hoje ele é indispensável, uma busca por soluções para substituir o uso de agrotóxicos é o caminho mais concreto.

Ao menos a redução precisa ser algo considerado pelas autoridades responsáveis, até porque, os números no Brasil já chegam a níveis preocupantes. Em um estudo que buscou amostras de diferentes produtos, a Anvisa detectou que 23% dos alimentos na mesa do consumidor têm mais agrotóxicos do que deveriam.

Em estudos como esses, além do alto nível de agrotóxicos, há também a detecção de tipos de compostos químicos que simplesmente não são permitidos na atividade agrícola. Assim, é possível entender que são dois tipos de combate: ao uso excessivo e também à aplicação de compostos não permitidos, ou seja, há um risco realmente relevante ao meio ambiente e também à saúde do consumidor.

Os debates políticos sobre o uso de agrotóxicos

O uso de agrotóxicos é também uma questão política e que tem gerado debates intensos no Congresso. Há muitos representantes que defendem não só o uso, mas a ampliação do rol de produtos permitidos, enquanto há também a ala que visa restringir ao máximo as atividades com os agrotóxicos.

Nesse debate, há sempre a necessidade de se considerar o equilíbrio necessário para uma transição eficaz. O entendimento de que o uso é hoje indispensável se mantém, mas também se debate sobre como a aplicação desses compostos químicos deve ser controlada.

Em paralelo aos debates, a Anvisa segue fazendo seu trabalho de catalogar os produtos existentes e definir quais deles podem ser utilizados nas atividades agrícolas do país. Há muitas forças políticas que querem justamente mudanças nessa atividade: enquanto uns buscam maior flexibilidade na permissão, outras buscam restringir e manter o rigor em prol do meio ambiente e da saúde do consumidor.

Quais são os tipos de agrotóxicos existentes?

Uma importante questão em relação ao uso de agrotóxicos é o entendimento de suas respectivas utilidades e do impacto que cada um pode gerar à produção. Por exemplo, há escolhas específicas para o cultivo de algodão ou para o de soja. Cada produto tem um nível de resistência, ou seja, para eliminar as pragas é necessário também entender o quanto suporta a sua plantação.

Classificação toxicológica

A classificação toxicológica é a métrica de controle do nível de agressividade que cada agrotóxico tem a uma atividade agrícola. Entender mais sobre esses diferentes níveis permitirá fazer a escolha certa em sua atividade, evitando que a produção não suporte o nível químico de cada substância. Hoje, há 4 níveis de toxicidade reconhecidos e indicados em cada agrotóxico utilizado:

  • categoria vermelha — extremamente tóxicos;
  • categoria amarela — altamente tóxicos;
  • categoria azul — toxicidade mediana;
  • categoria verde — toxicidade baixa.

Essa tabela de classificação de toxicidade é desenvolvida pela Anvisa, com a proposta de indicar o potencial de risco de cada produto ao consumidor. O controle é essencial para definir também os níveis de uso de cada agrotóxico em plantações, considerando o nível de toxicidade de sua respectiva categoria.

Ao permitir o uso de um novo agrotóxico nas atividades nacionais, a Anvisa realiza um trabalho prévio de estudos e análises. Ao fim, se o produto é aprovado, ele é comercializado com uma indicação da categoria de cor a qual pertence, além de recomendações de aplicação. A tentativa é que isso torne o uso mais responsável por parte dos produtores.

Tipos de agrotóxicos

O uso de agrotóxicos é direcionado conforme as pragas que são capazes de combater. Considerando que cada tipo de produção tem um risco específico associado a ela, o produto escolhido deve ser o ideal para proteger o seu plantio das ameaças mais recorrentes. Há diferentes categorias de defensores agrícolas. Veja abaixo as principais:

  • herbicidas — são os agrotóxicos voltados para controlar plantas invasoras das produções;
  • inseticidas — produtos capazes de combater os insetos nas plantações;
  • fungicidas — agrotóxicos que combatem a ação dos fungos;
  • bactericidas — produtos voltados para combater bactérias que podem atingir as plantações.

Como os agrotóxicos são usados no Brasil?

A relação entre Brasil e o uso de agrotóxicos pode ser considerada proporcional. O país é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e é uma nação muito conhecida por sua produção do campo. Junto a isso, consequentemente, vem a necessidade de lidar com os possíveis problemas nas plantações, o que automaticamente conduz o país ao alto uso dos agrotóxicos.

No último estudo realizado em relação ao uso desses produtos químicos mundialmente, o Brasil encabeçou a lista das nações que mais utilizam agrotóxicos. A ONU, em 2013, apontou que os investimentos nesses produtos bateram os US$10 bilhões à época, superando países como EUA, China, Japão e França. Por si só, esse é um dado preocupante.

Crescimento constante

Outro problema característico quando avaliamos o cenário brasileiro em relação ao uso de agrotóxicos é o crescimento dessa prática. Sem ações de incentivo de abandono, ou de controle mais rigoroso, há um aumento exponencial ao longo dos últimos anos. A ONU não desenvolve um estudo detalhado desde 2013, mas outras pesquisas ajudam a chegar a essas conclusões.

Um dos problemas principais que causam esse aumento de uso é também a maior flexibilidade quanto à entrada de novos produtos que antes não eram permitidos. De 2010 a 2019, houve um aumento de 322%, sendo que, em 2018, 422 novos produtos foram liberados, e em 2019 esse número foi de 439.

São números crescentes que geram preocupação e vão contra a necessidade de redução. Sem medidas concretas e com o constante duelo político no congresso, o agricultor tem cada vez menos opções de mudanças em seus hábitos de produção.

Fatores climáticos e a influência

Outro importante ponto que deve ser comentado é o clima tropical do Brasil. Em regiões mais frias, ou em que menos o inverno é bem definido, a incidência de doenças e pragas é altamente reduzida. No entanto, em terras nacionais, isso é uma realidade distante, já que na maior parte do ano as altas temperaturas são predominantes, altamente favoráveis a esses problemas.

Por questões naturais, o uso de agrotóxicos se tornou uma necessidade praticamente vital aos agricultores, especialmente aqueles com baixo poder de infraestrutura. Ainda que demandem investimentos, esses produtos são a resolução mais rápida de problemas recorrentes que podem simplesmente acabar com o trabalho de meses.

Como funciona a legislação em relação a esse tema?

Assim como em muitos outros países, o uso de agrotóxicos é regulamentado por lei no Brasil. A Lei nº 7.8022/89 definiu os parâmetros de aplicação desses produtos na atividade agrícola, detalhando as permissões e as devidas restrições necessárias. No entanto, nos últimos anos, as flexibilizações marcam as decisões em relação a esse importante tema.

Recentemente, em 2018, um Projeto de Lei foi aprovado (6299/2002), permitindo que o Ministério da Agricultura tivesse autonomia para liberar o uso de alguns agrotóxicos. Previamente, toda decisão passava pelo Ibama ou Anvisa, órgãos especialistas e que têm a qualificação para tal. A revogação da lei de 1989 prevê também mais flexibilização no comércio e distribuição desses produtos.

Ministério da Agricultura com maior poder de decisão

No procedimento costumeiro, as aprovações de novos agrotóxicos passam por três entidades: primeiramente, pelo Ibama, que faz a sua análise a partir do ponto de vista ambiental, seguido pela Anvisa, que dá o aval ou veto conforme o impacto do agrotóxico ao alimento que chega ao consumidor. Por fim, o Ministério da Agricultura faz uma avaliação do ponto de vista agronômico, analisando se aquele agrotóxico realmente é útil no campo.

Com as mudanças, o Ministério da Agricultura tem poder de interferir em qualquer decisão do Ibama e Anvisa, dando a palavra final para a liberação, ainda que os órgãos tenham vetado. Antes da PL, a liberação poderia ser bloqueada se qualquer uma das três instituições vetasse.

Naturalmente, a facilitação para a entrada de novos agrotóxicos foi motivo de debate e, consequentemente, direciona o país para um aumento ainda maior nos números de uso. Continuando nessa direção, dificilmente será possível reduzir números trazidos neste conteúdo, o que manterá o Brasil como um dos líderes também nos investimentos em agrotóxicos.

Uso de produtos banidos em outros países

Um dos problemas mais observados no Brasil atualmente é o uso de agrotóxicos que foram proibidos em outros países e regiões. A União Europeia é reconhecida pela sua forte atuação no controle do uso desses produtos, sendo altamente restritiva para garantir que seus países tenham uma relação mais saudável com a necessidade dos agrotóxicos.

Em comparação com o Brasil, é possível observar que uma boa parte desses produtos vetados pela União Europeia tem livre comércio no Brasil. Quanto à perspectiva, as expectativas não são das melhores, principalmente após a flexibilização que a PL 6299 trouxe. A tendência é que, cada vez mais, novos agrotóxicos possam ser utilizados no Brasil.

Quais são as principais consequências do uso de agrotóxicos?

A razão principal que conduz o debate sobre a necessidade de redução do uso de agrotóxicos são as consequências negativas que esses produtos trazem. Não se trata apenas de uma questão de preservação do meio ambiente, mas é também sobre os efeitos negativos gerados à vida humana. São questões sérias e que precisam ser observadas com todo cuidado possível.

A seguir, entenda em alguns pontos quais são os principais riscos, consequências e as desvantagens principais que o uso de agrotóxicos gera.

Danos e riscos ao meio ambiente

Os riscos ao meio ambiente são questões importantes e que há muito tempo têm sido debatidas. O solo estará sempre ali, pronto para ser explorado, mas ele precisa ser utilizado com responsabilidade, por isso a necessidade de redução do uso de agrotóxicos. Estes produtos contaminam a terra, gerando impactos aos próximos ciclos de plantação.

Intoxicação no manuseio e armazenamento

O risco também se dá ao trabalhador rural que precisa manusear esses produtos no cotidiano de produção. Nem sempre os Equipamentos de Proteção Individual são os mais adequados, isso é, quando eles são oferecidos. O armazenamento também pode gerar a contaminação dos ambientes, especialmente se não há infraestrutura adequada, com ventilação necessária.

Riscos de contaminação ao consumidor

Os riscos de contaminação ao consumidor é um problema que, constantemente, é subestimado, mas se trata de algo concreto. Além do problema pontual, que pode ser causado por determinado alimento que continha taxas de agrotóxicos muito acima do normal, há ainda os problemas relacionados ao consumo contínuo. Há, inclusive, o risco de desenvolvimento de câncer.

Contaminação por longo período

Muitos desses compostos químicos, além de serem de alto risco de contaminação, também são persistentes, ou seja, infectam o solo e os recursos hídricos por anos. Nem sempre a redução do uso do produto soluciona o problema, uma vez que a região em questão já está contaminada. É sempre importante atentar para esse risco, uma vez que atinge também as populações locais.

Controle pouco eficiente em relação à dosagem

Outro problema essencial é relacionado ao trabalho cotidiano, nesse caso, na dosagem aplicada às plantações. Para que ela seja a adequada, o uso de tecnologias de automação se faz essencial. Pode ser muito difícil aos trabalhadores realizarem essa atividade manualmente, implicando também no risco de dosagens excessivas, o que gera ainda mais problemas, de forma geral.

Quais são as soluções para substituir os agrotóxicos?

Boas práticas são o primeiro passo para reduzir o uso de agrotóxicos. Por mais que a solução geral do problema dependa de autoridades e do fim da flexibilização na compra e aprovação do uso dos produtos, cada agricultor pode fazer a sua parte. A seguir, entenda em alguns pontos quais são as práticas essenciais para reduzir o uso desses produtos nas produções rurais.

Monitore a plantação

Um dos grandes erros dos produtores é não manter o devido monitoramento das plantações, o que os impede de conhecerem exatamente os riscos envolvidos na atividade. Assim, sem entender quais pragas podem atacar sua produção, a tendência é que usem qualquer tipo de agrotóxico, geralmente em grandes quantidades.

O ideal é manter um acompanhamento de perto, especialmente com ajuda da tecnologia, caso de grandes hectares. Os drones ajudam a monitorar o comportamento da plantação e, a partir disso, estudar soluções mais precisas, sem exagerar no uso de agrotóxicos

Invista em tecnologia

A tecnologia é essencial para equilibrar a aplicação de agrotóxicos na atividade, contribuindo para a gestão de resíduos na agropecuária. Com sistemas de automação, o disparo desses produtos é controlado por sistemas digitais, ou seja, nunca é oferecido à produção mais do que se deve.

Além desse fornecimento de agrotóxico altamente controlado em dosagens, os sistemas também permitem estruturar programações de uso dos produtos. Assim, há uma agenda bem definida que garante que as dosagens sejam oferecidas no momento certo, com controle adequado.

Aposte no uso de biopesticida

Investir em produtos orgânicos e de origem biológica tem sido uma tendência importante no avanço à redução de compostos químicos na agricultura. Nesse sentido, os biopesticidas têm grande valor, já que podem substituir os agrotóxicos de maneira eficaz e sem ser agressivo.

Esses produtos são compostos de microrganismos e outras substâncias naturais. Seu uso é voltado às pragas variadas, mas bem específicas, ajudando a direcionar a aplicação nas produções. A decomposição também é acelerada, além de a dosagem necessária ser bem menor.

Utilize o Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O MIP é uma técnica voltada para controlar pragas e doenças com o uso de materiais menos agressivos e altamente sustentáveis. São produtos que não agridem o solo, se decompõem rapidamente e podem ser aplicados em diversos tipos de plantações.

Para aplicar o MIP, é essencial realizar um estudo de pragas e como elas se comportam com as diferentes safras. A ideia é que agricultores adaptem as colheitas, de modo que elas sejam feitas em períodos com menor incidência de insetos e outras infestações.

Além disso, há outros cuidados, como o uso de barreiras de cobertura, garantindo o cultivo protegido, e também as sementes com maior nível de resistência. É importante lembrar que o MIP é uma prática repleta de recursos e soluções.

Controle biológico de pragas

Em vez de recorrer a agrotóxicos, que podem prejudicar o meio ambiente e a saúde humana, os agricultores podem introduzir predadores naturais das pragas no ecossistema agrícola. Entre os aliados no combate a pragas estão insetos benéficos, como joaninhas e vespas parasitoides, além de aves e aranhas.

Esses organismos ajudam a manter a população de pragas sob controle, reduzindo a necessidade de tratamentos químicos. Além de ser uma abordagem sustentável, o controle biológico também pode ser uma opção mais econômica a longo prazo, pois os predadores naturais tendem a se reproduzir e continuar sua ação de controle ao longo do tempo.

Rotação de culturas

A rotação de culturas é uma prática agrícola inteligente e sustentável que oferece uma abordagem mais natural para a redução de pragas. Ao alternar diferentes tipos de cultivo em uma mesma área de plantio, os agricultores conseguem quebrar o ciclo de vida de pragas e doenças que afetam culturas específicas

Isso ajuda a reduzir a necessidade de tratamentos químicos. Além disso, a rotação de culturas melhora a qualidade do solo, tornando-o mais produtivo e saudável para futuras plantações. Para agricultores que buscam soluções para substituir os agrotóxicos, essa é uma excelente opção para um manejo integrado e sustentável de pragas.

Preparação adequada do solo

Ao investir em práticas como a adição de compostagem, cobertura morta e cultivo de adubos verdes, os agricultores fortalecem a estrutura e a fertilidade do solo. Plantas cultivadas em solo rico e bem cuidado tendem a ser mais fortes e mais resistentes a pragas e doenças, reduzindo a necessidade de agrotóxicos.

Ainda há o fato de que um solo saudável promove a biodiversidade e melhora a retenção de água e nutrientes, beneficiando não apenas as plantas, mas todo o ecossistema agrícola. Então, ao focar na preparação adequada do solo como uma das soluções para substituir os agrotóxicos, os agricultores contribuem para uma agricultura mais sustentável e equilibrada.

Cultivo consorciado

O cultivo consorciado é uma técnica agrícola eficaz que combina diferentes culturas no mesmo campo, criando um ambiente mais equilibrado e resistente a pragas. Essa abordagem diversifica o ecossistema agrícola, tornando-o menos suscetível a surtos de pragas específicas.

Algumas plantas podem repelir naturalmente as pragas que afetam outras culturas ou atrair predadores benéficos que ajudam no controle biológico. Ainda, essa prática otimiza o uso do solo e dos recursos, já que diferentes culturas podem aproveitar nutrientes variados e contribuir para a melhoria da fertilidade do solo.

Manejo adequado da águaO uso de produtos químicos na lavoura faz parte, há muito tempo, da rotina de trabalho dos produtores de agricultura. Assunto amplamente debatido, seu uso passa por questionamentos constantemente. Apesar de sua utilidade realmente funcional à atividade agrícola, é preciso encontrar soluções para substituir os agrotóxicos.

O Brasil é um dos países que mais utiliza esse tipo de produto, com cerca de 500 mil toneladas aplicadas em produções ao ano. O que parece desenfreado, muitas vezes está dentro da lei, que define termos claros sobre o uso desses componentes. No entanto, ao nível de qualidade de produção e impacto ao consumidor, há sempre a possibilidade de reduzir a aplicação.

Apesar de ser um grande desafio, um trabalho dedicado ao corte gradual no uso dos agrotóxicos é algo que pode e deve ser feito. Este post mostrará mais sobre o assunto, apresentando os diferentes tipos do produto, para que servem e como o uso pode ser reduzido. Confira!

O que são e para que servem os agrotóxicos?

Um dos grandes inimigos da atividade de agricultura são as pragas e as doenças que podem infectar as plantações. São problemas reais e recorrentes, principalmente em atividades de monocultura. Nesse tipo de plantio, por cultivar uma única espécie, há uma chance maior de esses fatores prejudiciais se manterem recorrentes nas produções.

O agrotóxico é um eficiente mecanismo no combate às pragas e doenças, garantindo que as safras possam se desenvolver de maneira produtiva e forte. No entanto, o grande problema é que se tratam nada menos do que produtos químicos que trazem consequências em seu uso. Por mais que tenham papel importante, a busca por soluções para substituir os agrotóxicos é fundamental.

Os riscos de contaminação

A principal preocupação das autoridades que regulamentam a atividade rural no Brasil é como esses produtos químicos vão impactar o produto final dessa atividade. Não é raro que haja contaminação de consumidores por conta dos altos níveis de agrotóxicos nos alimentos. O aumento da utilização, inclusive, é um dos principais problemas enfrentados atualmente.

Outra questão importante é a contaminação de solo e de afluentes. O excesso da aplicação do agrotóxico pode causar danos irreversíveis à área de plantio, o que significa que, a longo prazo, ainda que não haja o uso do produto, haverá risco de contaminação nos alimentos. O mesmo acontece com a água, gerando grandes riscos às comunidades dos entornos da produção.

A quebra de ciclo de pragas

Produtores experientes sabem que algumas pragas também se apresentam em ciclos, ou seja, surgem em determinado período do ano e atuam severamente nas produções. O uso de agrotóxicos tem sido até hoje um defensor principal e eficaz contra esse problema esperado. Na prática, seu uso é essencial para quebrar o ciclo dessas pragas, afastando o risco à plantação.

Reduzir os danos à produção é uma busca geral em termos de agronegócio. Não há como fugir dessa necessidade, levando produtores diretamente ao uso do agrotóxico. Sem o produto, é praticamente impossível sobreviver aos riscos conhecidos. Ainda que seja importante quebrar o ciclo de pragas, a busca é para que isso seja feito de maneira mais saudável.

A necessidade de busca de equilíbrio

Não há dúvida que qualquer medida de redução do uso de agrotóxicos deva ser feita em caráter gradativo, mas é indispensável que a discussão seja aberta. Só assim poderá ser viável debater e implementar medidas que proporcionem ao agricultor deixar de usar esse tipo de produto químico. Se hoje ele é indispensável, uma busca por soluções para substituir o uso de agrotóxicos é o caminho mais concreto.

Ao menos a redução precisa ser algo considerado pelas autoridades responsáveis, até porque, os números no Brasil já chegam a níveis preocupantes. Em um estudo que buscou amostras de diferentes produtos, a Anvisa detectou que 23% dos alimentos na mesa do consumidor têm mais agrotóxicos do que deveriam.

Em estudos como esses, além do alto nível de agrotóxicos, há também a detecção de tipos de compostos químicos que simplesmente não são permitidos na atividade agrícola. Assim, é possível entender que são dois tipos de combate: ao uso excessivo e também à aplicação de compostos não permitidos, ou seja, há um risco realmente relevante ao meio ambiente e também à saúde do consumidor.

Os debates políticos sobre o uso de agrotóxicos

O uso de agrotóxicos é também uma questão política e que tem gerado debates intensos no Congresso. Há muitos representantes que defendem não só o uso, mas a ampliação do rol de produtos permitidos, enquanto há também a ala que visa restringir ao máximo as atividades com os agrotóxicos.

Nesse debate, há sempre a necessidade de se considerar o equilíbrio necessário para uma transição eficaz. O entendimento de que o uso é hoje indispensável se mantém, mas também se debate sobre como a aplicação desses compostos químicos deve ser controlada.

Em paralelo aos debates, a Anvisa segue fazendo seu trabalho de catalogar os produtos existentes e definir quais deles podem ser utilizados nas atividades agrícolas do país. Há muitas forças políticas que querem justamente mudanças nessa atividade: enquanto uns buscam maior flexibilidade na permissão, outras buscam restringir e manter o rigor em prol do meio ambiente e da saúde do consumidor.

Quais são os tipos de agrotóxicos existentes?

Uma importante questão em relação ao uso de agrotóxicos é o entendimento de suas respectivas utilidades e do impacto que cada um pode gerar à produção. Por exemplo, há escolhas específicas para o cultivo de algodão ou para o de soja. Cada produto tem um nível de resistência, ou seja, para eliminar as pragas é necessário também entender o quanto suporta a sua plantação.

Classificação toxicológica

A classificação toxicológica é a métrica de controle do nível de agressividade que cada agrotóxico tem a uma atividade agrícola. Entender mais sobre esses diferentes níveis permitirá fazer a escolha certa em sua atividade, evitando que a produção não suporte o nível químico de cada substância. Hoje, há 4 níveis de toxicidade reconhecidos e indicados em cada agrotóxico utilizado:

  • categoria vermelha — extremamente tóxicos;
  • categoria amarela — altamente tóxicos;
  • categoria azul — toxicidade mediana;
  • categoria verde — toxicidade baixa.

Essa tabela de classificação de toxicidade é desenvolvida pela Anvisa, com a proposta de indicar o potencial de risco de cada produto ao consumidor. O controle é essencial para definir também os níveis de uso de cada agrotóxico em plantações, considerando o nível de toxicidade de sua respectiva categoria.

Ao permitir o uso de um novo agrotóxico nas atividades nacionais, a Anvisa realiza um trabalho prévio de estudos e análises. Ao fim, se o produto é aprovado, ele é comercializado com uma indicação da categoria de cor a qual pertence, além de recomendações de aplicação. A tentativa é que isso torne o uso mais responsável por parte dos produtores.

Tipos de agrotóxicos

O uso de agrotóxicos é direcionado conforme as pragas que são capazes de combater. Considerando que cada tipo de produção tem um risco específico associado a ela, o produto escolhido deve ser o ideal para proteger o seu plantio das ameaças mais recorrentes. Há diferentes categorias de defensores agrícolas. Veja abaixo as principais:

  • herbicidas — são os agrotóxicos voltados para controlar plantas invasoras das produções;
  • inseticidas — produtos capazes de combater os insetos nas plantações;
  • fungicidas — agrotóxicos que combatem a ação dos fungos;
  • bactericidas — produtos voltados para combater bactérias que podem atingir as plantações.

Como os agrotóxicos são usados no Brasil?

A relação entre Brasil e o uso de agrotóxicos pode ser considerada proporcional. O país é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e é uma nação muito conhecida por sua produção do campo. Junto a isso, consequentemente, vem a necessidade de lidar com os possíveis problemas nas plantações, o que automaticamente conduz o país ao alto uso dos agrotóxicos.

No último estudo realizado em relação ao uso desses produtos químicos mundialmente, o Brasil encabeçou a lista das nações que mais utilizam agrotóxicos. A ONU, em 2013, apontou que os investimentos nesses produtos bateram os US$10 bilhões à época, superando países como EUA, China, Japão e França. Por si só, esse é um dado preocupante.

Crescimento constante

Outro problema característico quando avaliamos o cenário brasileiro em relação ao uso de agrotóxicos é o crescimento dessa prática. Sem ações de incentivo de abandono, ou de controle mais rigoroso, há um aumento exponencial ao longo dos últimos anos. A ONU não desenvolve um estudo detalhado desde 2013, mas outras pesquisas ajudam a chegar a essas conclusões.

Um dos problemas principais que causam esse aumento de uso é também a maior flexibilidade quanto à entrada de novos produtos que antes não eram permitidos. De 2010 a 2019, houve um aumento de 322%, sendo que, em 2018, 422 novos produtos foram liberados, e em 2019 esse número foi de 439.

São números crescentes que geram preocupação e vão contra a necessidade de redução. Sem medidas concretas e com o constante duelo político no congresso, o agricultor tem cada vez menos opções de mudanças em seus hábitos de produção.

Fatores climáticos e a influência

Outro importante ponto que deve ser comentado é o clima tropical do Brasil. Em regiões mais frias, ou em que menos o inverno é bem definido, a incidência de doenças e pragas é altamente reduzida. No entanto, em terras nacionais, isso é uma realidade distante, já que na maior parte do ano as altas temperaturas são predominantes, altamente favoráveis a esses problemas.

Por questões naturais, o uso de agrotóxicos se tornou uma necessidade praticamente vital aos agricultores, especialmente aqueles com baixo poder de infraestrutura. Ainda que demandem investimentos, esses produtos são a resolução mais rápida de problemas recorrentes que podem simplesmente acabar com o trabalho de meses.

Como funciona a legislação em relação a esse tema?

Assim como em muitos outros países, o uso de agrotóxicos é regulamentado por lei no Brasil. A Lei nº 7.8022/89 definiu os parâmetros de aplicação desses produtos na atividade agrícola, detalhando as permissões e as devidas restrições necessárias. No entanto, nos últimos anos, as flexibilizações marcam as decisões em relação a esse importante tema.

Recentemente, em 2018, um Projeto de Lei foi aprovado (6299/2002), permitindo que o Ministério da Agricultura tivesse autonomia para liberar o uso de alguns agrotóxicos. Previamente, toda decisão passava pelo Ibama ou Anvisa, órgãos especialistas e que têm a qualificação para tal. A revogação da lei de 1989 prevê também mais flexibilização no comércio e distribuição desses produtos.

Ministério da Agricultura com maior poder de decisão

No procedimento costumeiro, as aprovações de novos agrotóxicos passam por três entidades: primeiramente, pelo Ibama, que faz a sua análise a partir do ponto de vista ambiental, seguido pela Anvisa, que dá o aval ou veto conforme o impacto do agrotóxico ao alimento que chega ao consumidor. Por fim, o Ministério da Agricultura faz uma avaliação do ponto de vista agronômico, analisando se aquele agrotóxico realmente é útil no campo.

Com as mudanças, o Ministério da Agricultura tem poder de interferir em qualquer decisão do Ibama e Anvisa, dando a palavra final para a liberação, ainda que os órgãos tenham vetado. Antes da PL, a liberação poderia ser bloqueada se qualquer uma das três instituições vetasse.

Naturalmente, a facilitação para a entrada de novos agrotóxicos foi motivo de debate e, consequentemente, direcionou o país para um aumento ainda maior nos números de uso. Continuando nessa direção, dificilmente será possível reduzir números trazidos neste conteúdo, o que manterá o Brasil como um dos líderes também nos investimentos em agrotóxicos.

Uso de produtos banidos em outros países

Um dos problemas mais observados no Brasil atualmente é o uso de agrotóxicos que foram proibidos em outros países e regiões. A União Europeia é reconhecida pela sua forte atuação no controle do uso desses produtos, sendo altamente restritiva para garantir que seus países tenham uma relação mais saudável com a necessidade dos agrotóxicos.

Em comparação com o Brasil, é possível observar que uma boa parte desses produtos vetados pela União Europeia tem livre comércio no Brasil. Quanto à perspectiva, as expectativas não são das melhores, principalmente após a flexibilização que a PL 6299 trouxe. A tendência é que, cada vez mais, novos agrotóxicos possam ser utilizados no Brasil.

Quais são as principais consequências do uso de agrotóxicos?

A razão principal que conduz o debate sobre a necessidade de redução do uso de agrotóxicos são as consequências negativas que esses produtos trazem. Não se trata apenas de uma questão de preservação do meio ambiente, mas é também sobre os efeitos negativos gerados à vida humana. São questões sérias e que precisam ser observadas com todo cuidado possível.

A seguir, entenda em alguns pontos quais são os principais riscos, consequências e as desvantagens principais que o uso de agrotóxicos gera.

Danos e riscos ao meio ambiente

Os riscos ao meio ambiente são questões importantes e que há muito tempo têm sido debatidas. O solo estará sempre ali, pronto para ser explorado, mas ele precisa ser utilizado com responsabilidade, por isso a necessidade de redução do uso de agrotóxicos. Estes produtos contaminam a terra, gerando impactos aos próximos ciclos de plantação.

Intoxicação no manuseio e armazenamento

O risco também se dá ao trabalhador rural que precisa manusear esses produtos no cotidiano de produção. Nem sempre os Equipamentos de Proteção Individual são os mais adequados, isso é, quando eles são oferecidos. O armazenamento também pode gerar a contaminação dos ambientes, especialmente se não há infraestrutura adequada, com ventilação necessária.

Riscos de contaminação ao consumidor

Os riscos de contaminação ao consumidor é um problema que, constantemente, é subestimado, mas se trata de algo concreto. Além do problema pontual, que pode ser causado por determinado alimento que continha taxas de agrotóxicos muito acima do normal, há ainda os problemas relacionados ao consumo contínuo. Há, inclusive, o risco de desenvolvimento de câncer.

Contaminação por longo período

Muitos desses compostos químicos, além de serem de alto risco de contaminação, também são persistentes, ou seja, infectam o solo e os recursos hídricos por anos. Nem sempre a redução do uso do produto soluciona o problema, uma vez que a região em questão já está contaminada. É sempre importante atentar para esse risco, uma vez que atinge também as populações locais.

Controle pouco eficiente em relação à dosagem

Outro problema essencial é relacionado ao trabalho cotidiano, nesse caso, na dosagem aplicada às plantações. Para que ela seja a adequada, o uso de tecnologias de automação se faz essencial. Pode ser muito difícil aos trabalhadores realizarem essa atividade manualmente, implicando também no risco de dosagens excessivas, o que gera ainda mais problemas, de forma geral.

Quais são as soluções para substituir os agrotóxicos?

Boas práticas são o primeiro passo para reduzir o uso de agrotóxicos. Por mais que a solução geral do problema dependa de autoridades e do fim da flexibilização na compra e aprovação do uso dos produtos, cada agricultor pode fazer a sua parte. A seguir, entenda em alguns pontos quais são as práticas essenciais para reduzir o uso desses produtos nas produções rurais.

Monitore a plantação

Um dos grandes erros dos produtores é não manter o devido monitoramento das plantações, o que os impede de conhecerem exatamente os riscos envolvidos na atividade. Assim, sem entender quais pragas podem atacar sua produção, a tendência é que usem qualquer tipo de agrotóxico, geralmente em grandes quantidades.

O ideal é manter um acompanhamento de perto, especialmente com ajuda da tecnologia, caso de grandes hectares. Os drones ajudam a monitorar o comportamento da plantação e, a partir disso, estudar soluções mais precisas, sem exagerar no uso de agrotóxicos

Invista em tecnologia

A tecnologia é essencial para equilibrar a aplicação de agrotóxicos na atividade, contribuindo para a gestão de resíduos na agropecuária. Com sistemas de automação, o disparo desses produtos é controlado por sistemas digitais, ou seja, nunca é oferecido à produção mais do que se deve.

Além desse fornecimento de agrotóxico altamente controlado em dosagens, os sistemas também permitem estruturar programações de uso dos produtos. Assim, há uma agenda bem definida que garante que as dosagens sejam oferecidas no momento certo, com controle adequado.

Aposte no uso de biopesticida

Investir em produtos orgânicos e de origem biológica tem sido uma tendência importante no avanço à redução de compostos químicos na agricultura. Nesse sentido, os biopesticidas têm grande valor, já que podem substituir os agrotóxicos de maneira eficaz e sem ser agressivo.

Esses produtos são compostos de microrganismos e outras substâncias naturais. Seu uso é voltado às pragas variadas, mas bem específicas, ajudando a direcionar a aplicação nas produções. A decomposição também é acelerada, além de a dosagem necessária ser bem menor.

Utilize o Manejo Integrado de Pragas (MIP)

O MIP é uma técnica voltada para controlar pragas e doenças com o uso de materiais menos agressivos e altamente sustentáveis. São produtos que não agridem o solo, se decompõem rapidamente e podem ser aplicados em diversos tipos de plantações.

Para aplicar o MIP, é essencial realizar um estudo de pragas e como elas se comportam com as diferentes safras. A ideia é que agricultores adaptem as colheitas, de modo que elas sejam feitas em períodos com menor incidência de insetos e outras infestações.

Além disso, há outros cuidados, como o uso de barreiras de cobertura, garantindo o cultivo protegido, e também as sementes com maior nível de resistência. É importante lembrar que o MIP é uma prática repleta de recursos e soluções.

Controle biológico de pragas

Em vez de recorrer a agrotóxicos, que podem prejudicar o meio ambiente e a saúde humana, os agricultores podem introduzir predadores naturais das pragas no ecossistema agrícola. Entre os aliados no combate a pragas estão insetos benéficos, como joaninhas e vespas parasitoides, além de aves e aranhas.

Esses organismos ajudam a manter a população de pragas sob controle, reduzindo a necessidade de tratamentos químicos. Além de ser uma abordagem sustentável, o controle biológico também pode ser uma opção mais econômica a longo prazo, pois os predadores naturais tendem a se reproduzir e continuar sua ação de controle ao longo do tempo.

Rotação de culturas

A rotação de culturas é uma prática agrícola inteligente e sustentável que oferece uma abordagem mais natural para a redução de pragas. Ao alternar diferentes tipos de cultivo em uma mesma área de plantio, os agricultores conseguem quebrar o ciclo de vida de pragas e doenças que afetam culturas específicas

Isso ajuda a reduzir a necessidade de tratamentos químicos. Além disso, a rotação de culturas melhora a qualidade do solo, tornando-o mais produtivo e saudável para futuras plantações. Para agricultores que buscam soluções para substituir os agrotóxicos, essa é uma excelente opção para um manejo integrado e sustentável de pragas.

Preparação adequada do solo

Ao investir em práticas como a adição de compostagem, cobertura morta e cultivo de adubos verdes, os agricultores fortalecem a estrutura e a fertilidade do solo. Plantas cultivadas em solo rico e bem cuidado tendem a ser mais fortes e mais resistentes a pragas e doenças, reduzindo a necessidade de agrotóxicos.

Ainda há o fato de que um solo saudável promove a biodiversidade e melhora a retenção de água e nutrientes, beneficiando não apenas as plantas, mas todo o ecossistema agrícola. Então, ao focar na preparação adequada do solo como uma das soluções para substituir os agrotóxicos, os agricultores contribuem para uma agricultura mais sustentável e equilibrada.

Cultivo consorciado

O cultivo consorciado é uma técnica agrícola eficaz que combina diferentes culturas no mesmo campo, criando um ambiente mais equilibrado e resistente a pragas. Essa abordagem diversifica o ecossistema agrícola, tornando-o menos suscetível a surtos de pragas específicas.

Algumas plantas podem repelir naturalmente as pragas que afetam outras culturas ou atrair predadores benéficos que ajudam no controle biológico. Ainda, essa prática otimiza o uso do solo e dos recursos, já que diferentes culturas podem aproveitar nutrientes variados e contribuir para a melhoria da fertilidade do solo.

Manejo adequado da água

O excesso ou a falta de água podem enfraquecer as plantas e torná-las mais vulneráveis a pragas e doenças. Também o acúmulo de água pode criar ambientes propícios para o desenvolvimento de certas pragas, como os mosquitos.

Desse modo, ao adotar práticas como a irrigação por gotejamento, que fornece água diretamente às raízes das plantas, os agricultores podem manter o solo úmido sem encharcá-lo. Outra medida importante é o uso de cobertura morta para reduzir a evaporação e manter a umidade do solo.

Sendo assim, para quem busca soluções para substituir os agrotóxicos, o manejo adequado da água é uma estratégia simples e eficaz que contribui para plantas mais saudáveis e resistentes a pragas.

Utilize soluções especializadas

Mecanismos e ferramentas também podem ser de grande ajuda no combate de problemas que geram a incidência de pragas. Um bom exemplo são os biodigestores, sistemas que ajudam a processar resíduos e evitar a presença de insetos.

Além disso, estruturas de cobertura também cumprem com um bom papel. A cobertura para algodão se torna extremamente útil para proteger volumes que estão estocados aguardando manuseio ou distribuição.

De modo geral, o uso de agrotóxicos é visto atualmente como uma necessidade ao campo, mas também como algo extremamente prejudicial. O problema é que nem sempre o agricultor consegue entender que, a longo prazo, os riscos também se voltam contra ele. Portanto, adotar soluções para substituir os agrotóxicos é de extrema importância.

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O excesso ou a falta de água podem enfraquecer as plantas e torná-las mais vulneráveis a pragas e doenças. Também o acúmulo de água pode criar ambientes propícios para o desenvolvimento de certas pragas, como os mosquitos.

Desse modo, ao adotar práticas como a irrigação por gotejamento, que fornece água diretamente às raízes das plantas, os agricultores podem manter o solo úmido sem encharcá-lo. Outra medida importante é o uso de cobertura morta para reduzir a evaporação e manter a umidade do solo.

Sendo assim, para quem busca soluções para substituir os agrotóxicos, o manejo adequado da água é uma estratégia simples e eficaz que contribui para plantas mais saudáveis e resistentes a pragas.

Utilize soluções especializadas

Mecanismos e ferramentas também podem ser de grande ajuda no combate de problemas que geram a incidência de pragas. Um bom exemplo são os biodigestores, sistemas que ajudam a processar resíduos e evitar a presença de insetos.

Além disso, estruturas de cobertura também cumprem com um bom papel. A cobertura para algodão se torna extremamente útil para proteger volumes que estão estocados aguardando manuseio ou distribuição.

De modo geral, o uso de agrotóxicos é visto atualmente como uma necessidade ao campo, mas também como algo extremamente prejudicial. O problema é que nem sempre o agricultor consegue entender que, a longo prazo, os riscos também se voltam contra ele. Portanto, adotar soluções para substituir os agrotóxicos é de extrema importância.

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