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Guia completo sobre gestão de resíduos na agropecuária

Modificado em: junho 6, 2024

Você, produtor rural, sabe o que é a gestão de resíduos na agropecuária? Por causa do alto consumo — estimulado principalmente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento — existe, frequentemente, um grande acúmulo de resíduos que prejudicam o meio ambiente, assim como a saúde humana.

Nesse cenário, a gestão de resíduos surge como um conjunto de medidas a serem tomadas nas etapas como coleta, armazenamento, transporte etc., tornando-se indispensável no setor da agropecuária, especialmente no âmbito financeiro e de proteção ao meio ambiente.

Portanto, criamos este guia completo sobre gestão de resíduos na agropecuária, a fim de esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto e ajudá-lo com informações sobre como essa gestão deve ser feita na prática. Então, se não quiser perder nenhum detalhe acerca do tema, não pare a leitura agora. Vamos lá!

O que é a gestão de resíduos?

Uma comunidade pode ser vista como sinônimo de resíduos, afinal, todos nós geramos lixo — seja ele urbano, industrial ou rural. O fato é que, sejam eles quais forem, não havendo uma boa gestão de resíduos, o meio ambiente será continuamente impactado pela deposição inadequada.

A gestão de resíduos, dessa forma, se trata de diretrizes que devem ser tomadas a fim de direcionar melhor o destino de lixos (orgânicos e inorgânicos) em suas diferentes fases e que são produzidos por diferentes setores, preservando a saúde pública e ambiental.

Ou seja, é uma forma de dar soluções para qualquer transtorno que esses resíduos possam causar. Ela é, inclusive, uma ótima maneira de formalizar políticas públicas que minimizem ou previnam os problemas ambientais que crescem contínua e grandemente.

Experiências que dão certo em larga escala acabam se tornando práticas possíveis de romper o círculo vicioso e não sustentável que temos. Por isso, citaremos, a seguir, os fatores ambientais pelos quais você deve fazer a gestão de resíduos na agropecuária.

gestão de resíduos

Por que a gestão de resíduos é importante para o meio ambiente?

Os resíduos sólidos, sejam eles urbanos ou rurais, têm sido cada vez mais impactantes para o meio ambiente, tornando-se um grande problema ambiental do Brasil. Ainda que contribuam para o crescimento da parte urbana e do bem-estar das comunidades, além do avanço na agricultura e indústria, os danos são bastante nocivos.

Podemos citar a contaminação dos solos, ar, água e, até mesmo, animais. Além disso, é possível também citar as consequências para comunidades onde não existe um cuidado com o depósito do lixo ou com o saneamento básico, fazendo com que muitas famílias carentes sofram de enfermidades ao buscarem alimentos ou, até mesmo, respirarem o ar contaminado.

Desse modo, a destinação do lixo é um dos maiores problemas que encontramos atualmente, principalmente em grande centros urbanos. Logo, começar no campo é essencial para criar o exemplo para grandes cidades e países.

Outro fator bastante relevante é que quando utilizamos, sem parar, uma matéria-prima que seja finita, a tendência é que a levemos à escassez. Ou seja, utilizando aquelas que são renováveis e limpas, não só mudamos o cenário geral de recursos como também reduzimos os efeitos nocivos ao meio ambiente.

Estamos em uma época preocupada com aquilo que é sustentável, a fim de reduzir o impacto do consumismo e da larga produção em escala. No entanto, ainda existem algumas barreiras para que isso saia da “moda” para tornar-se um hábito.

Para mudar esse cenário, é necessário que as empresas passem por transformações, e que essas sirvam de exemplos à comunidade brasileira. E educação ambiental é um dos primeiros passos para conseguirmos salvar o planeta de todos os danos causados pelo efeito estufa e o aquecimento global.

A consciência (ainda restrita para alguns), o custo da mudança e, até mesmo, o caminho para chegar até os resultados são fatores, muitas vezes, impeditivos. Por isso, vamos mostrar todos os detalhes de como funciona a gestão de resíduos e porque você deve utilizá-la no campo.

Por que é importante fazer a gestão de resíduos na agropecuária?

Para aqueles que trabalham no campo, pode-se dizer que essa gestão é importante não só por ajudar o meio ambiente e contribuir com a sociedade, mas também porque os resíduos provenientes da agropecuária (como dejetos de animais, restos agrícolas, serragens etc.) podem ser convertidos de forma positiva, como:

  • em adubo: que recupera a produtividade do solo;
  • em combustível retornável, feito por meio de biodigestores que podem ser alimentados de dejetos bovinos ou suínos.

Os fertilizantes comerciais têm seus preços aumentados a cada ano. Diante disso, a fim de manter um solo fértil, agricultores e pecuaristas apostam na gestão de resíduos para fazer de dejetos sólidos, que é uma alternativa barata e nutriente para a terra.

Dessa forma, você pode, inclusive, ganhar dinheiro vendendo resíduos, pois, por meio de uma coleta seletiva e eficiente, é possível comercializar o que foi reciclado!

Ademais, estamos em uma fase bastante sustentável, em que ser ecofriendly não só virou tendência como também se tornou quase que uma obrigação. O motivo? Bem, hoje os consumidores estão cada vez mais atentos a empresas que sejam sustentáveis.

De acordo com uma pesquisa, 87% dos consumidores estão preocupados em comprar de empresas que sejam ecofriendly. Ou seja, as organizações que queiram se destacar no mercado, ainda que não atinjam diretamente o consumidor final, devem pensar também nesse benefício da gestão de resíduos.

Então, agora que sabe dos benefícios para você, aquicultor, que tal entender como a gestão de resíduos funciona? Continue a leitura abaixo.

Como a gestão de resíduos funciona?

Para começar, é necessário entender que a gestão de resíduos deve ter como base ações preventivas e corretivas, além de ser multidisciplinar, isto é, pensar em fatores econômicos, tecnológicos, físicos, culturais etc. Ou seja, abranger diferentes áreas para um bem comum.

Dessa forma, o princípio que rege essa gestão é que todo aquele que gere resíduos deve saber como e onde descartá-lo de forma correta e sustentável. Então, para isso, é necessário:

  • identificar;
  • quantificar;
  • criar categorias e classificações;
  • definir quais serão os critérios de coleta (como manuseá-los, acondicioná-los e manuseá-los);
  • decidir qual será o transporte utilizado para fazer a disposição dos resíduos.

Existe alguma lei sobre isso?

Sim, existe! Ela se chama Lei dos Resíduos Sólidos (12305/2010), e aborda que as principais prioridades da gestão de resíduos são:

  1. a não geração de mais resíduos;
  2. a redução de resíduos criados;
  3. a reutilização de resíduos sólidos;
  4. o tratamento desses resíduos;
  5. a disposição final correta de acordo com o tipo de resíduo.

Caso alguma empresa não cumpra tal legislação, sofrerá prejuízos financeiros, além do problema de imagem com todos os seus stakeholders.

Como fazer uma boa gestão de resíduos nas agropecuárias e fazendas?

Para começar, é necessário que exista uma comunicação com todos os colaboradores, a fim de explicar a eles como funciona a gestão de resíduos. Logo, a implementação do sistema começa, primeiramente, com o comunicado da gestão e um treinamento dos profissionais que ali trabalham.

O engajamento de todos é extremamente necessário para que o processo todo saia como o esperado. Além disso, é importante frisar que, muitas vezes, são necessárias algumas obras. Logo, é importante falar com engenheiros, ter aprovação do investimento para o maquinário necessário e, até mesmo, providenciar a contratação de novos profissionais.

Após isso, para garantir que a gestão de resíduos seja feita da forma correta e que todo o processo seja monitorado, é necessário seguir o passo a passo que vamos listar. Confira.

1. Planejamento

É fundamental compreender qual a finalidade você vai querer dar para os resíduos de sua empresa. Por exemplo, trabalhando na agricultura, será possível criar fertilizantes e biogás. Por isso, planeje-se para não desperdiçar nenhum resíduo!

Caso você queira vender os resíduos ou, até mesmo, os fertilizantes, lembre-se de entender qual a sua demanda e o quanto terá que produzir para não faltar matéria.

Por isso, planeje-se bem, criando objetivos para, depois, começar a controlar o que foi gerado.

2. Controle do que foi gerado

É necessário que o agricultor tenha sob controle todos os resíduos gerados, pois quanto menos, melhor. Agora, caso você queira utilizar os resíduos para fazer uma renda extra, é necessário ter esse acompanhamento para entender o quanto consegue gerar por mês.

Além disso, por meio de um controle mensal, você pode saber quais foram os meses em que gerou mais resíduos, quando você precisa investir mais tempo, cuidado e profissionais para acompanhar todo o processo.

3. Classificação e caracterização dos resíduos

Assim que contabilizados, os resíduos devem ser caracterizados (ou seja, saber a composição química e as propriedades físicas deles) e classificá-los (identificar qual foi o processo que deu a sua origem e suas características).

Dessa forma, será possível deixá-los juntos ou separá-los por suas características, principalmente aqueles que são nocivos para o meio ambiente.

4. Forma de manuseio e acondicionamento

Quando é entendida qual a melhor forma de manusear e guardar os resíduos, evitamos que aqueles que não sejam perigosos entrem em contato com algum que esteja contaminado. Lembre-se que a gestão é muito mais do que aproveitar os resíduos para reutilizá-los, mas também envolve saber como fazer o descarte correto.

Caso o manuseio e acondicionamento não sejam feitos da forma certa, o restante do processo será prejudicado. Por isso, tome bastante cuidado.

5. Armazenamento

É no armazenamento onde os resíduos sólidos ficarão até receberem o seu destino final, seja ele um aterro sanitário, empresa de reciclagem, incineração, compostagem ou biodigestor, por exemplo. É importante frisar que no armazenamento também deve existir o cuidado de que não haja o contato de resíduos perigosos com não perigosos.

6. Transporte

Ao transportar os resíduos, é importante saber que existem algumas adequações necessárias a serem feitas no veículo, além da manutenção e capacitação dos condutores. Por isso, esteja atento às leis, para não acabar infringindo-as.

7. Destino final

O destino final é onde os resíduos sólidos serão finalmente colocados, e essa etapa vai depender do custo da disposição, do valor apurado da venda, do tipo do resíduo (sua classificação) etc. Nesse momento, você deve saber se vai reaproveitar ou se desfazer de forma menos impactante ao meio ambiente.

Como citamos bastante os resíduos perigosos, vamos falar brevemente sobre isso:

  1. resíduos perigosos: são classificados de acordo com a toxidade, reatividade, corrosividade e inflamabilidade. Os exemplos mais comuns são as pilhas, lâmpadas, produtos ácidos etc.;
  2. resíduos não perigosos: são classificados assim por não representarem danos à saúde humana, animal ou problemas ao meio ambiente. Além disso, podem também ser recicláveis, como papéis e plásticos.

Ainda existem resíduos que são inertes e não inertes. Vejamos:

  1. resíduos inertes: não existe nenhuma composição do resíduo que seja solúvel em água. Exemplos são metais e restos de construção civil;
  2. resíduos não inertes: a composição faz com que eles sejam solúveis em água. Em sua grande maioria, são restos de alimentos e o que é proveniente de lixos domésticos.

É importante lembrar que, como qualquer outro produto ou serviço, é crucial fazer a monitoria, para poder criar relatórios que sejam úteis para a organização. Logo, é possível medir a quantidade por tipo de resíduos e a quantidade de resíduos perigosos gerada.

Esses são alguns exemplos, mas você pode anotar com periodicidade tudo aquilo que for relevante para o seu processo.

Por fim, nunca esqueça de analisar como melhorar a sua gestão. Nenhum trabalho começará perfeito, e só poderá ser melhorada caso haja o monitoramento para haver insights. Por isso, anote tudo!

E agora que você já sabe o passo a passo dessa gestão, que tal entender, na prática, quais são os benefícios de aplicá-la em sua empresa?

Quais são as vantagens de fazer a gestão de resíduos na agropecuária?

Quando a gestão de resíduos é feita, podem ser evitados alguns problemas, como:

  • multas ou problemas com sanções ambientais;
  • escândalos por causa de poluição;
  • má imagem da empresa, por não ser sustentável;
  • possibilidade de perda de parcerias de negócio, por não haver responsabilidade ambiental.

Agora, vamos às vantagens em si:

  • ganhar dinheiro com a venda de resíduos;
  • economizar com a compra de fertilizantes;
  • reduzir gasto com transporte de materiais que podem ser produzidos no próprio local;
  • obter fertilizantes naturais e poderosos, em vez de consumir aqueles que são cheios de química;
  • ganhar notoriedade frente aos clientes por ser uma empresa sustentável;
  • evita prejuízos financeiros;
  • dar suporte à Política Nacional de Resíduos;
  • melhorar o fluxo de informações dos processos internos e reduzir falhas ou perdas;
  • otimizar a criação e melhoria de relatórios;
  • reduzir custo de produção e, consequentemente, melhorar o fluxo de caixa.

Bom, mas como em qualquer processo, existem desafios. Vamos aprender mais sobre eles? Confira a seguir.

Quais os desafios da gestão de resíduos na agropecuária?

Quais os erros de gestão e descarte de resíduos na agropecuária?

Alguns erros são bastante comuns nesse processo, e, por isso, trouxemos todos para que você evite repeti-los em sua empresa:

  • fazer o descarte incorreto;
  • não seguir as normas da gestão de resíduos, desde o processo até o transporte;
  • não seguir as etapas já destacadas neste artigo;
  • não criar uma consciência coletiva nos funcionários, para que todos trabalhem pelo mesmo objetivo;
  • não fazer o acompanhamento da quantidade de resíduos gerada;
  • não fazer parcerias com stakeholders, a fim de vender os resíduos ou, até mesmo, os fertilizantes criados a partir desses resíduos;
  • não estar aberto ao uso de tecnologias (como softwares) para deixar o processo mais rápido;
  • não utilizar resíduos sólidos de animais para criação de biogás.

Como as soluções da Sansuy podem ser úteis nesse sentido?

Resíduos humanos, industriais e urbanos existem há anos, mas, nas últimas décadas, o seu destino final vem sido questionado por ambientalistas. Por muitas vezes terem sido despejados em lixões ou, até mesmo, ao ar livre, o meio ambiente vem sendo prejudicado cada vez mais com os gases que são enviados para a camada de ozônio — gerando o efeito estufa e o aquecimento global.

Muitas comunidades carentes também sofrem impactos negativos por não terem saneamento básico ou por viverem próximo a esses locais de despejo, causando problemas à saúde e reduzindo o seu bem-estar. Dessa forma, muitos especialistas buscaram formas de reaproveitar tais matérias orgânicas, que vão desde restos de alimentos até dejetos animais.

O setor agropecuário, portanto, vem, cada vez mais, fazendo o uso e a melhor administração desses resíduos, a fim de colaborar com o meio ambiente, reduzir os custos com fertilizantes e biogás. Além disso, ao apostar nessa gestão, os produtores se tornam empresas sustentáveis, um fator de grande destaque para os consumidores nos dias de hoje.

Para tanto, é necessário enfrentar os desafios e seguir todas as etapas listadas neste artigo, a fim de garantir a eficiência da gestão de resíduos na agropecuária. Por isso, lembre-se também que a Sansuy conta com produtos de alta tecnologia — como biodigestores — para garantir o aproveitamento de matérias-primas naturais, fazendo com que você economize dinheiro ao longo prazo e ainda ajude o meio ambiente!

Se você gostou deste guia e acredita que pode ser beneficiado ainda mais com os serviços da Sansuy, então, não deixe de entrar em contato conosco!

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