Depender apenas das chuvas pode não ser suficiente para o agronegócio se desenvolver, haja vista que, em 2023, aproximadamente 30% das cidades do Brasil passaram por secas em larga escala. Logo, conhecer quais tubos de irrigação estão disponíveis permite implementar um sistema capaz de oferecer as condições necessárias para o cultivo.
Diante de uma ampla variedade de opções, o primeiro passo é entender os materiais mais comuns e, em seguida, o que considerar na hora de definir o ideal. Afinal, trata-se de uma decisão que afeta os resultados desse tipo de empreendimento. Além disso, é importante saber como esses canos são instalados e mantidos.
Pensando nisso, este conteúdo vai abordar cada um desses pontos para que você tome o melhor caminho para seu projeto. Descubra todas essas informações a seguir!
Para que servem os tubos de irrigação no agronegócio?
Por servirem para levar água e outros insumos — incluindo fertilizantes e agrotóxicos — à lavoura, os tubos de irrigação utilizados no agronegócio contam com algumas características que justificam sua importância.
Entre elas, estar em regiões afetadas pelas mudanças climáticas e com climas secos, onde as chuvas são historicamente escassas ou sazonais, acrescenta-se ao interesse em adotar modelos de fertirrigação, bioirrigação e quimigação.
O impacto desses projetos é tão grande que o Brasil conta com 8,2 milhões de hectares usufruindo dessa alternativa, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). Esse mesmo estudo indica a perspectiva de mais 4,2 milhões de hectares a serem implementados até 2040.
Por trás disso há diversos ganhos para o produtor. A começar pela entrega de uma quantidade adequada de umidade às plantações, capaz de evitar perdas ou a quebra da safra quando não ocorrem precipitações suficientes.
Mais que isso, aumenta a produtividade da área cultivada, a qualificação do que é produzido, a disponibilidade de espaços para esse fim no território nacional e o período de exploração durante o ano.
Do ponto de vista comercial, esse panorama leva a redução dos custos e a melhoria da rentabilidade da propriedade. Ainda cria oportunidades, permitindo gerar renda recorrente para o empreendimento agrícola.
Quais os tipos de materiais usados em tubos de irrigação?
Para escolher qual cano de irrigação utilizar no seu projeto, o primeiro passo é conhecer os tipos de materiais. Veja abaixo quatro deles!
Tubos de PVC
Os tubos de irrigação de PVC são interessantes por vantagens como durabilidade, versatilidade, eficiência, bom custo-benefício e descomplicação.
Por um lado, não oxidam com o contato frequente com água, ar ou produtos químicos. Por outro, contam com uma ampla variedade de tamanhos. Desse modo, são boas opções para os sistemas tão diversos quanto aspersão e gotejamento, por exemplo.
Além disso, apresentam um alto índice de tolerância à pressão com pouco desperdício do fluxo. Isso se soma ao seu baixo custo para torná-lo uma alternativa financeiramente atraente. Ainda, por serem leves, se tornam um tipo de cano de irrigação fácil de instalar.
Tubos de polietileno
Polietileno é um tipo de termoplástico leve e resistente à oxidação, impacto, variações de temperatura, raios UV ou incrustações. Diante disso, um tubo de irrigação dessa matéria-prima é outra opção por apresentar uma boa durabilidade quando aplicado em modelos expostos.
Mais que isso, trata-se de um material flexível — característica que também permite seu uso em sistemas enterrados em solos instáveis, uma vez que consegue se adaptar a mudanças que ocorrem nessas bases.
Tubos de alumínio
O alumínio é um material interessante para canos de irrigação por suas características. Basta entender que os tubos feitos disso são resistentes a situações extremas.
Sua capacidade de suportar mudanças e altas na temperatura é um exemplo disso. Afinal, apresenta uma excelente condutividade térmica e se adapta para atender às oscilações decorrentes do clima ou da água.
Tubos de ferro fundido
Mais pesados que os de alumínio, os tubos de irrigação fabricados em ferro fundido suportam tanto pressão quanto peso por apresentarem características semelhantes às do aço. Logo, são bastante resistentes a choques.
Nesse caso, são ideais para projetos amplos ou em áreas que vão receber impactos mecânicos frequentes. Já seu alto índice de reciclabilidade os posiciona como outras boas opções para aumentar a sustentabilidade do agronegócio.
Quais outros critérios utilizar para escolher os tubos para irrigação?
Cada um dos materiais para tubo de irrigação tem suas próprias características que devem ser avaliadas na hora de definir qual utilizar no projeto. Porém, a escolha da melhor opção não depende só disso. Veja o que mais considerar a seguir!
Pressão
A depender do sistema — por aspersão, gotejamento, localizado, subterrâneo, de superfície ou mecanizado — e da área — em nível ou em declive —, a pressão exigida pode ser maior ou menor. Afinal, há cenários em que é necessária mais força para mover ou projetar a água para fora.
Assim, o material do cano para irrigação escolhido deve suportar a carga indispensável para que toda a plantação seja molhada adequadamente sem quebrar, a fim de garantir a eficiência do modelo. Portanto, é preciso avaliar esse aspecto com exatidão.
Comprimento e traçado
A extensão e o traçado de toda a tubulação tem relação direta com o custo do projeto de irrigação, mas também com a flexibilidade e a resistência a choques ou a pesos do material. Por isso, ter esses dois pontos planejados e medidos antes de escolher a matéria-prima do cano faz diferença para o sucesso.
Vazão
A capacidade dos tubos de irrigação de dar vazão à água tem relação direta com seu diâmetro. Para se ter uma ideia, canos de 1 polegada conseguem distribuir 3 mil litros em uma hora, enquanto aqueles com o dobro de abertura chegam a 14 mil litros.
Isso está relacionado ao material de que são constituídos, uma vez que os tamanhos podem ser limitados em algumas matérias-primas. Dessa forma, para evitar perdas, custos de instalação elevados e consumo desnecessário, é preciso buscar por uma opção que atenda ao fluxo do projeto.
Como os tubos para irrigação são instalados e mantidos?
O sucesso da rega artificial em uma lavoura ou agroindústria não depende só das escolhas dos tubos de irrigação. Para atingir esse objetivo, também é importante dar atenção a instalação e a manutenção do sistema. Confira como são feitas essas atividades!
Tudo começa pela ancoragem
Fixar os tubos para irrigação nas valas ou no solo depende do uso de abraçadeiras, cimento e outras soluções pensadas para uma ancoragem voltada para esse tipo de proposta.
Nessa hora, é preciso que os canos estejam no comprimento ideal para o projeto, permitindo que as curvas e o ajustamento de nível sejam feitos de maneira sutil para que tanto a vazão se mantenha estável quanto a pressão não sofra mudanças.
Cuidado com a montagem e a fixação das conexões para irrigação
O sucesso de um sistema de irrigação ainda requer uso de boas conexões entre os tubos, haja vista que elas ajudam a garantir uma agricultura mais ecológica ao evitar desperdícios e economizar água.
Mais que isso, são responsáveis por manter o conjunto unido, utilizando recursos como roscas, solda, encaixe e colagem — que não podem atrapalhar a continuidade da vazão adequada dos líquidos na tubulação. Para tanto, os conectores mais aplicados são:
- cotovelos ou curvas;
- tees;
- válvulas;
- adaptadores;
- anéis de vedação;
- engates.
É preciso verificar e corrigir problemas com frequência
Quanto maior um sistema de tubos de irrigação, mais frequente será sua manutenção, caindo de semestral para mensal conforme o tamanho cresce. Nisso se incluem desde as ações preventivas até as corretivas, que podem surgir de forma inesperada.
Nesse contexto, o primeiro cuidado deve ser a limpeza de tubulações, válvulas, filtros e aspersores. Afinal, o acúmulo de sujeiras e incrustações pode acarretar o enfraquecimento da estrutura do cano por oxidação, criando um caminho para rompimentos ou vazamentos nas juntas.
Além disso, é importante avaliar se eles já estão ocorrendo, assim como verificar outros danos. Vale inspecionar os componentes hidráulicos e elétricos procurando por esses problemas ou riscos, a exemplo da exposição de fios ou canos. Outra tarefa importante é regular e ajustar processos alterados pelo uso diário.
Todo esse trabalho busca reduzir as chances de defeitos. Todavia, os consertos são uma parcela da rotina quando o assunto é irrigar a lavoura artificialmente. Trocas de peças que quebraram ou se desgastaram e reparos devem ser feitos com rapidez, a fim de minimizar o agravamento do quadro — algo que costuma ampliar os custos.
Tubos de irrigação são o elemento central dos sistemas implementados no agronegócio com esse fim. Só por isso, sua escolha tem um grande impacto nos resultados do investimento. Ainda, impactam a produtividade e a sustentabilidade desses projetos.
Além de tudo o que foi dito nesse conteúdo, vale avaliar os tipos de irrigação para escolher os canos. Por isso, confira um artigo com 5 dicas em nosso blog!