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Monitoramento ambiental da aquicultura: como garantir ambiente adequado

Modificado em: setembro 5, 2024

A produtividade da aquicultura está diretamente relacionada ao monitoramento ambiental. Afinal, é esse processo que permite um controle preciso de fatores críticos, como qualidade da água, temperatura e oxigenação, que são fundamentais para a saúde e o bom desenvolvimento dos peixes.

Ao acompanhar esses parâmetros de perto, é possível identificar mudanças sutis que podem indicar problemas, como variações de pH, presença de amônia ou baixa concentração de oxigênio.

Ainda há o fato de que o monitoramento constante ajuda a melhorar a gestão de recursos, reduzindo desperdícios e otimizando o uso de alimentos e medicamentos para os animais.

Por isso, este post explica a importância de monitorar continuamente o ambiente do cultivo de peixes e como a utilização de sensores e ferramentas avançadas ajuda nesse processo. Continue lendo e saiba mais sobre o assunto!

Por que o monitoramento ambiental na aquicultura é importante?

Poderíamos ser muito simplistas ao resumir sua importância em uma única afirmação: sem o controle adequado, haverá prejuízo. Essa frase é capaz de resumir bem, mas vamos aos fatos. O monitoramento ambiental na aquicultura é importante para garantir a saúde e o crescimento ideal dos organismos aquáticos.

Afinal, sem conhecer a fundo os parâmetros da água, os cultivos podem sofrer com doenças, estresse e até mortalidade. Somente com esse acompanhamento rigoroso é possível detectar precocemente problemas e, como consequência, fazer intervenções rápidas antes que pequenos desvios se tornem grandes prejuízos.

Dessa forma, esse é um processo que visa proteger o investimento e otimizar o uso de recursos, como ração e medicamentos, o que gera operações mais eficientes e sustentáveis.

Outro ponto importante é a conformidade com as regulamentações ambientais, pois esse procedimento garante que as práticas de aquicultura estejam de acordo com os padrões exigidos por lei, evitando multas e sanções.

Além disso, um ambiente bem controlado favorece a produtividade e a qualidade dos produtos, o que é essencial para atender às exigências do mercado e garantir a competitividade.

Como utilizar sensores e ferramentas no monitoramento ambiental da aquicultura?

No início, pode parecer desafiador entender e utilizar as diversas tecnologias disponíveis para a aquicultura. No entanto, os sensores e ferramentas de monitoramento ambiental garantem que os parâmetros da água permaneçam ideais para o cultivo. Para começar, é importante entender os tipos de dispositivos existentes e suas funções.

Sensores, por exemplo, monitoram constantemente a temperatura da água, alertando sobre variações que costumam estressar os peixes. Há modelos específicos que controlam o pH, avisando sobre a acidez ou alcalinidade da água, fundamentais para a saúde dos animais e plantas aquáticas.

Também há os específicos para medir o oxigênio dissolvido, garantindo que haja oxigênio suficiente na água para a respiração dos organismos.

Para utilizar bem essas ferramentas, é preciso configurar um sistema de monitoramento contínuo, que pode ser integrado a um software de gestão. Eles coletam dados e enviam alertas em tempo real para seu smartphone ou computador, permitindo ações rápidas em caso de anomalias.

Vale lembrar que é necessário calibrar regularmente os sensores para assegurar a precisão dos dados. Aliás, manter um registro histórico das medições também ajuda a identificar padrões e prever possíveis problemas antes que eles ocorram.

Quais são as melhores práticas para o monitoramento da água?

Quando falamos de aquicultura, temos que ter em mente que a água é o parâmetro mais importante. Por esse motivo, se ela não estiver em excelentes condições, simplesmente não é possível ter uma boa operação de produção. Para garantir a saúde e a produtividade dos cultivos, é indispensável adotar as melhores práticas de monitoramento do ambiente

Um dos passos mais importantes é fazer medições regulares de parâmetros como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, amônia, nitritos e nitratos. A frequência varia de acordo com o tipo de cultivo, mas deve ser suficiente para detectar mudanças antes que causem problemas significativos.

Outra prática recomendada é a calibração regular dos sensores, como já comentamos. Afinal, somente quando bem ajustados é que conseguem fornecer dados corretos e, assim, permitir a tomada de decisões embasadas. Para isso, siga sempre as instruções do fabricante sobre a regulagem e manutenção dos equipamentos.

Também é importante utilizar um sistema de controle contínuo que automatiza o processo de coleta de dados, pois alerta em tempo real sobre qualquer variação nos parâmetros da água. Isso permite uma resposta rápida a qualquer problema potencial, o que minimiza riscos.

Não deixe de manter um histórico desses dados e de analisá-los de tempos em tempos para identificar tendências e padrões, e, desse modo, tomar medidas preventivas.

Outra prática que deve ser seguida é a capacitação e treinamento da equipe sobre a importância do monitoramento e como realizar medições corretamente, pois um time bem treinado consegue detectar e corrigir problemas rapidamente.

Quais as principais tecnologias usadas no monitoramento de água?

Todos os dias, novas tecnologias surgem em todos os setores, e manter-se atualizado significa melhores resultados a curto, médio e longo prazo. Na aquicultura, essa ideia se aplica especialmente ao controle dos parâmetros de água, pois há soluções inovadoras que têm transformado a forma como os aquicultores mantêm a qualidade ambiental para seus cultivos.

Além dos sensores, cujo uso comentamos no tópico anterior, sistemas baseados em internet das coisas (IoT) são cada vez mais comuns. Essas ferramentas permitem o monitoramento remoto e a gestão dos dados ambientais por meio de plataformas online, o que facilita o acesso às informações e melhora a capacidade de resposta a eventos inesperados.

Outra tecnologia emergente são os drones e robôs aquáticos equipados com sensores, que fazem a inspeção detalhada de áreas extensas e o mapeamento da qualidade da água em pontos específicos da fazenda aquática.

Essas inovações aumentam a eficiência operacional na aquicultura e contribuem muito para a sustentabilidade e saúde dos cultivos aquáticos.

Quais fatores devem ser considerados ao iniciar o monitoramento ambiental?

Já falamos sobre parâmetros como pH e temperatura, que são realmente muito importantes. No entanto, ao iniciar o monitoramento ambiental na aquicultura, é preciso considerar também outros fatores que impactam diretamente a produtividade, qualidade,  lucro, gestão e produção.

Um deles se refere à localização da fazenda aquática. A proximidade de fontes de poluição, como indústrias e áreas agrícolas, costuma influenciar negativamente a qualidade da água, exigindo controle mais rigoroso e frequente.

Além disso, como dissemos, é fundamental manter uma análise contínua e minuciosa dos dados coletados. Nesse sentido, vale a pena investir na utilização de ferramentas de gestão ambiental que simplificam a compreensão e interpretação dos dados, auxiliando na detecção rápida de padrões e desvios.

Essa prática viabiliza a implementação de medidas preventivas, sendo capaz de diminuir possíveis contratempos que prejudicariam a eficiência e elevariam os gastos operacionais.

A integração de práticas sustentáveis na aquicultura é outro aspecto a considerar. Técnicas como a recirculação de água e o uso de biofiltros melhoram a qualidade da água e diminuem o impacto ambiental, reduzindo os custos a longo prazo.

Como o monitoramento ambiental contribui para sustentabilidade na aquicultura?

É preciso pensar a longo prazo. E quando falamos em aquicultura, estamos nos referindo a um setor de produção completamente voltado e dependente da natureza e do meio ambiente. Nesse contexto, o monitoramento ambiental é a solução para assegurar que essa relação seja harmoniosa e sustentável.

Uma das formas de promover a sustentabilidade é por meio da certificação de sustentabilidade, como os selos ASC (Aquaculture Stewardship Council) ou orgânicos, que atestam que as práticas de aquicultura atendem a padrões ambientais rigorosos. Para obter essas certificações, é necessário manter um controle constante dos parâmetros da água e implementar práticas que minimizem o impacto ambiental.

Do mesmo modo, a reestruturação de habitats naturais, como a replantação de manguezais ou a criação de recifes artificiais, é uma excelente estratégia, visto que esses ambientes naturais fornecem áreas de alimentação e reprodução para muitas espécies aquáticas, ajudando a manter a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.

Dessa forma, o controle ambiental permite avaliar a eficácia dessas iniciativas e ajustar as práticas conforme necessário para maximizar os benefícios.

Os sistemas de aquicultura de circuito fechado também têm um papel importante na sustentabilidade, uma vez que reutilizam a água entre os tanques para cultivos de peixes. Assim, reduzem o uso de água e a descarga de efluentes.

Isso ocorre porque a água é tratada e filtrada para remover resíduos e repor os nutrientes necessários, o que cria um ambiente controlado e sustentável para o cultivo de organismos aquáticos. 

Além das práticas mencionadas, o policultivo é uma estratégia complementar, que envolve o cultivo simultâneo de diferentes espécies aquáticas na mesma área, promovendo interações positivas entre elas e melhorando a eficiência do uso dos recursos naturais.

Sendo assim, é necessário realizar o monitoramento ambiental na aquicultura utilizando tecnologias avançadas, como sensores de qualidade da água e sistemas automatizados de monitoramento, para controlar com precisão parâmetros cruciais como pH, temperatura, oxigenação e níveis de nutrientes.

Então, além de diminuir os riscos de doenças e mortalidade dos animais, você também garante a viabilidade econômica e o retorno esperado para o seu negócio.

Gostou do texto? Descubra mais sobre nutrição e alimentação na aquicultura para garantir a qualidade e a sustentabilidade dos cultivos.

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