O cooperativismo no campo é uma estratégia que tem sido cada vez mais adotada por grupos de produtores familiares a fim de aproximar os agricultores dos grandes mercados. Trata-se de uma oportunidade de desenvolvimento, capacitação e incentivo, gerando benefícios comuns a um grupo de pessoas.
Essa associação também tem o objetivo de auxiliar no processo de produção e favorecer o crescimento dos pequenos empreendimentos. A ideia é justamente atender às necessidades dos participantes e criar um sistema de gestão democrático para a venda.
Acompanhe este post e saiba o que é e qual é a importância do cooperativismo no campo para o setor agro!
O que é cooperativismo no campo?
O cooperativismo consiste em uma iniciativa formal ou informal que reúne um grupo de pessoas ou empresas interessadas em superar dificuldades e gerar benefícios econômicos, sociais e políticos. No campo, é uma oportunidade para os produtores fortalecerem o setor de produção, permitindo que os participantes trabalhem de forma mais competitiva.
As cooperativas são criadas justamente porque um produtor rural sozinho pode ter dificuldade para acessar os grandes mercados, principalmente quando já existem grandes corporações envolvidas. Há inúmeras razões que explicam os motivos de muitos agricultores se envolverem em cooperativas hoje em dia, como:
- acesso facilitado a mercados e suprimentos;
- melhor custo geral de produção;
- redução de riscos relacionados às safras;
- sistema de gestão democrático;
- negociação mais vantajosa de insumos;
- aumento da produção;
- melhoria do atendimento aos consumidores.
Para além do lucro, os produtores que optam por ingressar em cooperativas no campo também desejam melhorar seu desempenho como um todo, tendo uma verdadeira oportunidade de crescer no setor agro. O apoio obtido de outros agricultores ainda facilita a participação na economia, uma vez que a produção se torna menos centralizada.
Além disso, o funcionamento das cooperativas é interessante por não haver uma hierarquia entre os participantes. Todo o poder é dividido igualmente, o que ajuda a reduzir a competitividade e a aumentar a colaboração. Ao estarem em contato constante, também é mais fácil compartilhar experiências e fechar negócios que geram resultados satisfatórios para todas as partes envolvidas.
Como funciona?
As cooperativas são associações autônomas geralmente compostas por produtores rurais e pequenos agricultores que querem unir esforços para vender seus produtos, comprar insumos e materiais e obter capacitação. O cooperativismo, portanto, funciona como uma empresa de propriedade e interesses coletivos.
A administração de uma cooperativa acontece de maneira conjunta e democrática. Os princípios se baseiam em solidariedade, participação democrática, ajuda mútua e responsabilidade compartilhada. A iniciativa ainda é vista como um importante instrumento para a profissionalização dos trabalhadores do campo, já que os pilares da associação garantem emprego e aumento das atividades no setor agro.
Trata-se de uma forma de a agricultura familiar, por exemplo, sobreviver e enfrentar os atuais desafios do campo, impactando diretamente o combate ao êxodo rural. Esse perfil de agricultor pode ter dificuldade para comercializar seus produtos e comprar insumos e suprimentos necessários para a produção rural.
Inclusive, por competirem com empreendimentos já consolidados, os pequenos que decidem participar de uma cooperativa garantem preços mais justos de comercialização. Os grandes produtores, por exemplo, conseguem entregar a produção a preços extremamente competitivos e lucram pelo volume de vendas.
As cooperativas podem funcionar como depósito de armazenamento e como centrais de beneficiamento e distribuição de produtos. Os funcionários, que também são cooperados, recebem a produção e preparam as safras da melhor forma para serem escoadas. Com isso, conseguem repassar ao mercado e alcançar preços mais atrativos tanto para os produtores quanto para o comprador final.
O funcionamento das cooperativas é estabelecido pela lei n.º 5.764/1971, que compreende a Política Nacional de Cooperativismo. Muitas pessoas não sabem, mas o cooperativismo no campo é responsável por quase metade do PIB agropecuário brasileiro, com milhares de cooperativas em funcionamento hoje no Brasil.
Quais as vantagens para o produtor rural?
Em uma cooperativa, os produtores contam com uma série de vantagens de uma associação que não teriam sozinhos. Além dos benefícios já citados, eles também podem contar com a assessoria técnica de veterinários, agrônomos, entre outros profissionais, e garantias trabalhistas.
O cooperativismo agrícola desfruta de liberdade de qualquer influência econômica externa, seja do Governo Federal, seja de qualquer grande empresa privada. Como a ideia não é a maximização dos lucros, elas focam as necessidades de seus participantes, atuando mais em prol dos benefícios do que da rentabilidade.
O desenvolvimento regional também ganha com as cooperativas, pois o setor emprega milhares de pessoas todos os anos e evita o êxodo rural, sobretudo dos pequenos produtores. Todos os benefícios do cooperativismo são resultado do trabalho colaborativo revertidos aos próprios cooperados.
Esse modelo de negócio está em alta e tem crescido cada vez mais no Brasil. O sistema democrático possibilita que muitas pessoas aprimorem sua produção e tenham acesso a formação qualificada, inovação, serviços técnicos e parcerias que impulsionam a produtividade no campo. Veja, a seguir, quais são as principais vantagens do cooperativismo no campo para os produtores rurais!
Troca de informações
Alguns dos princípios do cooperativismo são a educação, a profissionalização e a formação de seus membros. A ideia é que os participantes sejam capacitados para contribuir com o desenvolvimento da cooperativa como um todo. Além disso, a possibilidade de troca de informações entre os produtores é uma realidade que favorece tanto os indivíduos quanto o coletivo.
Quando atuam em conjunto e contam com um espaço democrático para o compartilhamento de ideias, os agricultores têm ganhos mais significativos. Isso representa vantagens para todos, que têm a oportunidade de crescer e aumentar as suas produções. É como se os pequenos se tornassem grandes, já que a produção se soma à dos demais.
Ações coletivas de marketing
Igualmente, as ações coletivas de marketing em cooperativas são comuns, o que reduz o esforço dos agricultores na divulgação e na comercialização de seus produtos. Os membros podem se dedicar apenas à produção e à entrega para a cooperativa em vez de terem que se preocupar com campanhas, pontos de venda e repasse a fornecedores.
Com isso, as cooperativas representam um modelo de negócio aperfeiçoado e bastante eficiente que oferece estratégia competitiva principalmente para os pequenos. Além de ações de marketing coletivas, os membros ainda têm direito à participação nos resultados, sendo que as sobras são divididas entre os associados.
Equipamentos coletivos
A possibilidade de acesso a equipamentos coletivos é outro grande benefício, sobretudo para os pequenos produtores, os quais geralmente têm dificuldade de impulsionar a produção. As cooperativas facilitam significativamente o acesso ao maquinário, a novas tecnologias e à orientação técnica para a sua utilização.
Essa é uma chance de os agricultores pequenos melhorarem e aumentarem a eficiência no trabalho do campo. As funcionalidades dos equipamentos conferem um impulso considerável, permitindo que a gestão agrícola tenha maior produtividade a cada safra.
Acesso a crédito
O trabalho conjunto dos cooperados também reflete em ganhos de escala, possibilitando que os produtores consigam se unir para terem acesso a linhas de crédito concedidas pelo Governo Federal. Assim, os agricultores podem ter mais facilidade para conseguir empréstimos e captar recursos.
Por meio de cooperativas de crédito, por exemplo, os associados contam com os principais serviços disponíveis nos bancos e podem obter atendimento personalizado de acordo com as suas necessidades. No entanto, assim como há a partilha de sobras, os membros também estão sujeitos a participar do pagamento de eventuais perdas, caso ocorram.
Garantias trabalhistas
Na atualidade, a legislação já garante direitos trabalhistas voltados aos produtores rurais e trabalhadores do campo em geral. O que muitas pessoas não sabem é que os participantes de cooperativas podem ampliar as garantias e ter acesso aos benefícios do INSS e ao 13º salário, por exemplo.
Com esses diferenciais, uma boa parcela de agricultores consegue melhorar de vida e regularizar suas garantias trabalhistas. É uma forma de os produtores prosperarem, elevarem o nível profissional e ter seus direitos devidamente atendidos.
Redução de riscos
Os produtores tendem a ter inúmeros custos de negociação e, sobretudo, de comercialização. Quando um agricultor atua sozinho, ele pode ter prejuízos e não contar com recursos suficientes para competir com os grandes agentes do mercado, sem contar que o acesso ao crédito se torna mais desafiador.
Em uma cooperativa, por outro lado, a possibilidade de reduzir custos, crescer e repartir os ganhos é uma realidade. Graças ao investimento e ao esforço conjunto, os cooperados podem criar um relativo poder econômico e assegurar vendas mais justas e benéficas.
Sem dúvidas, o cooperativismo é uma atividade de alta importância para empreendimentos de diferentes ramos. No setor agrícola, a iniciativa é extremamente vantajosa, oferecendo vantagens tanto para o trabalho dos produtores quanto para o desenvolvimento local.
A Sansuy, visualizando esse positivo cenário do cooperativismo no campo no país, firmou uma parceria com a Coamo para proporcionar ainda mais crescimento sustentável às cooperativas ligadas ao agronegócio. A ideia é disponibilizar aos agricultores os insumos necessários para elevar os resultados, reduzir custos e consolidar seus negócios.
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