O atual mercado de criação de peixes está expandindo rapidamente, por isso, já existem alguns tipos de produção em piscicultura específicos para cada necessidade de negócio dos criadores.
Essa escolha está vinculada principalmente ao investimento pretendido, assim como à tecnologia, à produtividade esperada, ao espaço disponibilizado pelo empreendedor, entre outros fatores determinantes. É preciso, ainda, conciliar o comportamento da espécie que você pretende criar com a adaptabilidade e a infraestrutura produtiva.
Todos esses fatores tornam fundamental a diferenciação entre as estratégias adotadas para cada objetivo. A tomada de decisão refletirá nos investimentos realizados, no custo de produção, na mão de obra especializada, no valor e na quantidade de nutrientes usados e no manejo como um todo.
Com tantas decisões a considerar, é importante se informar sobre os diversos sistemas de criação de peixes. Para conferir alguns detalhes sobre o tema, acompanhe este post!
Quais são os principais tipos de produção em piscicultura?
Primeiramente, vale lembrar que, no início, a piscicultura não passava de uma atividade exclusivamente dedicada à subsistência das famílias. Hoje, já se transformou em um dos setores que mais crescem no ramo do agronegócio, não apenas no Brasil, mas no mundo todo.
Diante desse cenário, foi necessário promover a modernização dos sistemas a fim de otimizar a produção e levar a atividade ao status de negócio lucrativo e promissor. Assim, alguns sistemas foram criados para diferenciar os níveis de produção de peixes, desde o mais simples, aplicado somente na produção de subsistência, até o mais sofisticado, com alta produtividade. São eles: extensivo, semi-intensivo, intensivo e superintensivo.
Sistema extensivo
O sistema extensivo é útil para fazer o cultivo de várias espécies ao mesmo tempo. Ele tem uma característica mais rústica e mantém poucos peixes juvenis em represas, lagos ou tanques escavados até o momento da captura. Sua densidade de estocagem geralmente é de um peixe a cada 5 m², sem uso de ração e aeradores.
A criação de peixes feita dessa forma é a mais adequada quando a prática da piscicultura na propriedade é uma atividade secundária e serve para abastecer o comércio local ou o próprio sustento do piscicultor.
A alimentação dos peixes é constituída da comunidade natural existente no próprio ambiente de cultivo, assim, não é necessário o fornecimento de ração. Com isso, é possível manter um equilíbrio no sistema, com a taxa de oxigênio do local em níveis mais elevados.
Sistema semi-intensivo
É amplamente difundido no Brasil. Ele é praticado em represas e lagos e também utiliza barramentos ou viveiros. Suas características são as seguintes:
- os alimentos dos peixes são fornecidos e constituídos por ração balanceada e mantimentos vivos, desde a fase de alevinos até o ponto adequado para a comercialização;
- a produtividade fica em torno de 5 mil quilos por hectare de área alagada ao ano, portanto, é considerada como uma atividade secundária na propriedade;
- é um sistema adaptado para o produtor que pretende adotar o policultivo, com intenção de fornecer o comércio de peixes em escala menor.
Sistema intensivo
O objetivo desse sistema é atingir uma produtividade alta, o que exige um investimento robusto e maior dedicação de tempo e trabalho. Portanto, a piscicultura tende a funcionar como a principal ou uma das principais atividades de uma propriedade.
Sua estrutura deve ser adequada a essa finalidade, com atenção especial à qualidade da água, o que requer a adoção de equipamentos e tecnologias mais sofisticadas. Nesse tipo de cultivo, as fases de engorda e recria são bem definidas e podem ser feitas em conjunto. Se os peixes juvenis tiverem de ser adquiridos nas pisciculturas de recria de alevinos, a engorda pode ser realizada isoladamente.
Os criadores que optam por esse sistema têm como finalidade fazer o atendimento de mercados consumidores de peixes abatidos. É esse o motivo pelo qual se aconselha a prática do monocultivo, ou seja, manter uma única espécie em cada viveiro. Assim, torna-se viável usar espécies que permitam o cultivo com uma densidade maior de animais. Para isso, as mais recomendadas são as tilápias tailandesas ou vermelhas.
A alimentação dos peixes é feita por meio de ração balanceada e própria para a espécie, conforme a fase de desenvolvimento. De acordo o empenho dedicado ao manejo, é possível que o piscicultor produza até 10.000 kg de peixes por hectare de área alagada a cada ciclo.
Sistema superintensivo
Se você pretende obter uma produtividade ainda maior, o sistema superintensivo é o mais indicado, embora demande um custo de implementação mais elevado.
Aqui, é possível aumentar a densidade de povoamento e, para isso, as estruturas devem ser apropriadas. É recomendado utilizar tanques circulares, caixas adaptadas, tanques-rede, raceways, tanques escavados com geomembrana ou canais de concreto feitos para conduzir a água de irrigação.
Da mesma forma que no sistema intensivo, é indispensável realizar um acompanhamento correto da alimentação dos peixes, bem como da condição da água usada para garantir que a qualidade da produção seja preservada.
Entre as espécies que melhor se adaptam ao sistema superintensivo, podemos citar a tilápia. Ela pode ser cultivada nas estruturas acima mencionadas e a produção chega a 40 mil quilos por hectare de área alagada ao ano.
Quais são os primeiros passos antes de investir na piscicultura?
Se você deseja iniciar um projeto de piscicultura, a primeira providência é procurar a devida orientação sobre as normas regulamentadoras da região na qual esse projeto será implantado.
Essa medida é importante, uma vez que é preciso seguir as diretrizes previstas nos órgãos regulamentadores do meio ambiente a fim de comercializar o produto legalmente. Os peixes serão submetidos a avaliações rigorosas pela vigilância sanitária, por isso, devem se encaixar em todos os padrões de qualidade exigidos para o consumo seguro da população.
Lembre-se de que o sucesso do seu negócio está condicionado a diversos fatores, entre eles, a escolha do local ideal para desenvolver o seu projeto. A qualidade da infraestrutura faz parte de um dos quesitos primordiais e não pode ser pensada aleatoriamente.
Analise também os fatores biológicos do local escolhido. Observe e investigue atentamente como é a qualidade e a quantidade da água disponível, examine o solo, a topografia do terreno e as questões relativas ao clima.
O cultivo pode ser realizado em lugares diferentes, como represas, tanques circulares, barragens, tanques de redes, mar, lagos artificiais e viveiros. As duas últimas opções são as mais comuns.
Para entrar no ramo da piscicultura, primeiramente, é preciso saber exatamente o que você deseja alcançar. Se a sua intenção é ter um negócio lucrativo, analise detalhadamente os diversos tipos de produção em piscicultura para fazer a escolha do sistema correto e adequado às suas necessidades.
Se você precisa saber mais sobre os materiais indicados para o seu negócio, um bom começo é procurar entender qual é o melhor tanque para cultivar peixes! Continue no blog e descubra!