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Crescimento dos peixes: 6 cuidados que você precisa observar

Modificado em: maio 31, 2023

Quem trabalha na área de piscicultura sabe que é fundamental considerar diversos fatores que influenciam no crescimento dos peixes e no  crescimento saudável das espécies.

A não uniformidade na taxa de crescimentos é um deles e está relacionada ao fato de que os peixes crescem mais nos primeiros instantes de vida até a maturidade sexual.

Nesse contexto, é importante mencionar que o crescimento não depende apenas do provimento de água, ração e oxigênio: é preciso conduzir a criação da forma correta e em um ambiente saudável, observando cuidados importantes que você conhecerá neste post. Continue a leitura e saiba mais!

1. Quantidade de ração

Ao longo do ciclo de desenvolvimento dos peixes, é recomendado levar em conta o tamanho da boca do animal para a seleção adequada do tamanho dos grânulos do alimento a ser ofertado.

Uma vez lançados na água, os grânulos de ração devem ser ingeridos rapidamente, pois, com o tempo, encharcam. Com isso, os nutrientes são lixiviados, dissolvidos e perdidos para o meio. Se de um lado isso causa prejuízo ao produtor, de outro impacta negativamente na qualidade do ambiente, podendo até supereutrofizar a água, tornando-a poluída.

No arraçoamento, é fundamental que haja uma distribuição igualitária pelo tanque para evitar que parte dos peixes se alimente mais do que outras. Testes são importantes para definir a quantidade adequada.

É claro que não pode haver sobras, pois isso significa desperdício de recursos e prejuízo ao meio ambiente aquático. Além da quantidade de ração em si, é importante analisar como alimentar os peixes, o número de tratos diários, os horários do dia mais adequados para a oferta de alimentos, o que varia conforme a espécie, a idade, a temperatura da água e o tamanho e formato do tanque ou viveiro de produção.

Assim, em uma produção comercial durante a fase de alevinagem (alevinos são filhotes de peixe), a ração deve ser particionada e ofertada em, no mínimo, oito tratos diários. Num instante posterior, o de engorda, este número pode ser reduzido para duas ou quatro vezes por dia.

É preciso observar também a espécie, a época do ano, a temperatura da água, a disponibilidade de oxigênio dissolvido no meio e os teores dos parâmetros indicativos da qualidade da água, uma vez que todos esses fatores influenciam na necessidade e ingestão diária de ração.

2. Horário da ração

A espécie também é um fator a ser levado em conta na hora de escolher os melhores horários para alimentação. Existem espécies que, por exemplo, preferem se alimentar ao amanhecer e ao entardecer, sendo importante respeitar esses horários para evitar prejuízos financeiros e reduzir o impacto da produção de organismos aquáticos.

Há outras em que o período mais recomendado é o noturno. Cabe ao produtor e a seus colaboradores realizarem uma pesquisa sobre cada espécie e observarem o comportamento dos peixes para verificar quais são os melhores horários para oferecer a alimentação.

3. Biomassa do peixe

Para otimizar o resultado econômico, uma boa produtividade e favorecer a expressão genética do potencial de crescimento dos peixes, é fundamental manter a qualidade da água e realizar amostragens periódicas que permitam o acompanhamento dos resultados.

Com isso, é possível verificar a taxa de crescimento dos animais, ou seja, o ganho de peso relativo ao consumo de alimento e, corrigir falhas na alimentação e identificar doenças e carências nutricionais na fase inicial. A biomassa, que por definição é a quantidade de matéria orgânica vegetal ou animal produzida em um determinado espaço, de peixes, por exemplo, deve ser constantemente monitorada. O índice biomassa pode ser determinado multiplicando-se o peso médio dos peixes pelo número de animais presentes no ambiente.

Vale citar que, devido à grande quantidade de peixes, é impossível pesar todos os animais para calcular o peso médio. Portanto, o processo é feito por amostragem e biometria.

4. Superpopulação de viveiros

Não saber a quantidade e a biomassa de peixes presentes ou estocados em um tanque ou viveiro dificulta os cálculos para determinar a quantidade diária de alimento a ser fornecido, além do desconhecimento sobre o risco de prejudicar a qualidade da água.

Fora a quantidade de alimento, é necessário conhecer e respeitar algumas questões inerentes à própria vida dos animais, dentre elas destacamos a etologia dos peixes, onde a possibilidade de existência de hierarquia dentro da população pode afetar negativamente o resultado econômico de seu empreendimento. A presença de várias espécies em um tanque ou viveiro também pode gerar conflito, o que é bem negativo, pois estas disputas podem resultar em ferimentos e até na morte de alguns animais.

A superpopulação também acarreta consequências graves como a perda da qualidade do meio ambiente aquático, por exemplo, a redução nos níveis de oxigênio dissolvido, é um dos fatores que muito impacta no ganho de peso pois afeta a ingestão de alimentos e dificulta o metabolismo e o aproveitamento dos nutrientes nele contidos.

Evitar isso é fundamental e requer conhecimento teórico e observação atenta e constante. Entre os benefícios dessa ação, pode-se citar a redução de custos relacionados à alimentação dos peixes e do número de pessoas responsáveis pelo tratamento.

Por fim, vale lembrar que garantir um crescimento saudável é uma forma de assegurar maior qualidade de vida aos peixes, baixo impacto da atividade sobre a qualidade do meio ambiente, além de maior sustentabilidade e rentabilidade dessa atividade em um futuro processo de comercialização desses animais.

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5. Altos níveis de amônia na água

O teor de amônia total presente na água, pode ser considerado como sendo o segundo parâmetro indicativo da qualidade da água com grande impacto sobre o desempenho da produção de organismos aquáticos.

Em um ambiente saudável, sua principal fonte são os resíduos metabólicos produzidos na digestão da proteína presente nos alimentos dos peixes, pode também ser oriundo da degradação do excesso de alimento e também da decomposição de peixes e vegetais mortos.

A presença de compostos nitrogenados dissolvidos na água, por si só não é prejudicial, os efeitos prejudiciais são potencializados quando elevados teores de amônia se encontram com altas temperaturas em ambientes ligeiramente alcalinos, onde o pH encontra-se acima de 7,00.

Neste cenário, podemos afirmar que praticamente toda a amônia presente no meio assume sua forma tóxica e, as altas concentrações desta no meio, impede a excreção da amônia presente no sangue dos peixes.

Diferentemente do mecanismo de eliminação da amônia da maioria dos animais homeotérmicos terrestres, a excreção da amônia, resíduo metabólico da digestão de proteína em peixes, ocorre de forma passiva através das brânquias desde que haja gradiente de concentração.

Por isso, é imprescindível o monitoramento dos teores de amônia presentes na água dos tanques. Existem diversos produtos no mercado com esse objetivo. Caso o nível esteja realmente elevado, recomenda-se suspender a alimentação, remoção de material orgânico em decomposição, lançar mão de técnicas de biorremediação.

Como último recurso, realizar a TPA (Troca Parcial da Água) desde que seja possível recuperar a qualidade deste efluente antes de liberá-lo aos corpos d’água naturais. No caso de aquário, terrário, lago ornamental ou unidade de recondicionamento de água, recomenda-se verificar e substituir o carvão ativado presente no sistema de filtragem.

6. Tamanho dos peixes

O tamanho dos peixes é outro fator que influencia bastante as práticas de manejo a serem adotadas em uma unidade de produção.

Normalmente, diferentes espécies de peixe apresentam também diferenças de tamanho, de fisiologia, de metabolismo, bem como, de comportamento e respeitar isso é uma excelente forma de evitar conflitos e favorecer a ambientação e a convivência pacífica e saudável dos animais. O tipo de tanque, tamanho e formato devem ser escolhidos, em parte, com base nos aspectos apresentados acima.

Há espécies que ganham peso e crescem muito rápido. Ignorar esse fator pode levar à saturação da capacidade de suporte de tanques ou viveiros. Se isso acontecer, o impacto negativo será imenso, podendo até resultar na perda de muitos peixes.

Por fim, analisando todos os cuidados apresentados, vemos que a ração é o principal fator a ser considerado no custo de produção de peixes. Levar em conta os critérios previamente mencionados ajuda a economizar nesse que é um dos elementos fundamentais e mais onerosos da piscicultura.

Por isso, não deixe de colocar nossas dicas em prática para criar um cenário que favoreça o crescimento dos peixes de forma saudável e economicamente viável.

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