A depreciação de caminhão é um aspecto que gestores de frota precisam monitorar de perto. Os veículos são ativos da empresa, e garantir sua qualidade e longevidade é essencial para os resultados a fim de evitar gastos desnecessários e excessivos.
Nesse sentido, acompanhar o desempenho dos veículos periodicamente é importante para proteger a frota, impedir panes mais sérias e desgastes mais complexos de contornar.
Uma forma de fazer isso é por meio do cálculo da taxa de depreciação de caminhão, que fornece informação para gestores e motoristas sobre a real situação do veículo, permitindo que sejam avaliadas as necessidades de manutenção e revisões que vão assegurar uma frota produtiva, sempre em boas condições de funcionamento.
O cálculo da depreciação de caminhão é um indicador benéfico, já que ele independe da marca ou modelo do veículo. Neste post, você vai aprender a como fazê-lo e ainda conferir dicas para aumentar a vida útil da sua frota. Leia o artigo até o fim para saber tudo sobre o tema!
Como funciona o cálculo da depreciação do caminhão?
Existem algumas formas diferentes de avaliar e calcular a depreciação de um caminhão. Uma fórmula básica, muito usada por gerentes de frota, considera as seguintes informações:
- o preço de compra do veículo;
- o tempo que ele será utilizado;
- valor de venda desejado.
Com esses dados em mente, o cálculo é feito com a seguinte fórmula:
- depreciação = [preço de compra – preço de venda] / tempo de uso.
O ideal é considerar o valor final como custo fixo do negócio e que pode ser economizado caso a empresa pense em trocar o veículo no futuro.
O mercado também tem indicadores sobre a vida útil de um caminhão que podem ajudar profissionais da área a ter um norte sobre a depreciação.
Em geral, considera-se que um veículo dura uma média de 9,6 anos se faz parte de uma frota de uma empresa e 17,6 anos se é usado por um caminhoneiro autônomo. Além disso, vale a pena considerar o tempo médio indicado por fabricantes:
- entre 8 a 10 anos para veículos pesados;
- entre 7 a 9 anos para os semipesados.
Quais são as melhores práticas para aumentar a vida útil do caminhão?
Quem trabalha com transporte de carga sabe que os caminhões são ferramentas indispensáveis, além de representar um importante investimento financeiro para o negócio.
Colocar em prática ações que previnem depreciação precoce de caminhão não é somente uma iniciativa inteligente de gerenciamento, mas também uma forma de economizar despesas, prevenir acidentes e zelar pela segurança da equipe de motoristas. Saiba o que fazer com as dicas a seguir.
Evite o excesso de carga
O excesso de peso prejudica o desempenho da embreagem, que tem uma capacidade máxima para transmissão de toque. Ou seja, quando se excede o limite, a pressão do disco não suporta e o caminhão pode começar a patinar.
Ficar atento aos limites de capacidade de cada veículo, bem como a forma com o peso está distribuído em cada um dos seus lados, é fundamental para evitar esse e outros problemas como:
- desgaste dos pneus e suspensão;
- degradação de peças;
- aumento da quantidade de manutenções;
- consumo elevado de combustível;
- risco de multas.
Realize a manutenção dos pneus
Pneus são elementos vitais em um caminhão. Logo, prolongar a vida útil deles é essencial para consequentemente impedir a depreciação do caminhão.
Para manter os pneus em dia, realize o alinhamento, balanceamento e rodízio a cada 10 mil km rodados. Isso ajuda a reduzir o desgaste e evita que pneus desregulados prejudiquem a parte mecânica do veículo.
Verifique também a pressão, de acordo com recomendações do fabricante. Ela não pode estar nem muito alta ou baixa, pois isso causa desgaste na parte central.
A calibragem também deve ser feita periodicamente. O recomendado é repetir o processo a cada 14 dias, com as peças frias. No entanto, caso o veículo tenha rodado por estradas em más condições, vale a pena calibrá-los a cada parada.
Com relação à calibragem, fique atento aos sulcos da banda de rodagem. Existe um indicador para esse desgaste conhecido como TWI, que mede 1,6mm de profundidade. Se essa métrica tocar o solo, é sinal de que de é hora de trocar os pneus.
Cabe ressaltar que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) pode aplicar multa ao motorista que circula com veículos nessas condições.
Tenha atenção nas subidas
Motoristas precisam ter cautela com subidas íngremes e ladeiras, pois isso implica sobrecarga na embreagem. Mantenha o caminhão estável, liberando a embreagem cautelosamente.
Se possível, evite estacionar nesses tipos de terreno e atualize o treinamento da equipe para praticar e ampliar conhecimentos sobre o bom uso da embreagem.
Fuja do combustível adulterado
Infelizmente, nem sempre é fácil identificar se o combustível usado na frota foi adulterado. No entanto, é importante ter em mente os graves prejuízos que isso pode causar e como colabora para a depreciação de caminhão.
Misturas de procedência duvidosa danificam os componentes, podendo causar:
- corrosão interna das peças e partes;
- sobre-esforço do motor;
- maior consumo de combustível;
- aumento de emissões nocivas ao meio ambiente.
Fique atento aos locais nos quais abastece e procure estabelecimentos com boa reputação. Evite postos suspeitos e observe se notar algo diferente no funcionamento do veículo, como aumento significativo do consumo ou falhas na performance.
Faça o alinhamento e balanceamento das rodas
Independentemente a experiência e habilidade do condutor, um fato é que as condições das estradas brasileiras deixam muito a desejar. Buracos e todos os tipos de irregularidades dificultam a vida do motorista e contribuem para a depreciação de caminhão.
Por isso é tão importante alinhar e balancear o veículo. O alinhamento fornece direcionamento para as rodas, o que reforça a segurança e a comunicação entre volante e as rodas. No mais, essa prática impede o desgaste prematuro dos pneus.
Todo gestor de frota ou caminhoneiro precisa se dedicar a aspectos que contribuem para maximizar os resultados da operação. Nesse contexto, cuidar da manutenção e garantir o bom funcionamento dos veículos são prioridades.
Prevenir a depreciação de caminhão não só colabora para conservação dessa importante ferramenta de trabalho como também atua na contenção de gastos, uma vez que evita uma série de perdas financeiras e proporciona economia.
Se você gostou desse artigo, continue em nosso blog, aprenda como fazer o cálculo de quilometragem do caminhão e entenda a importância de medir esse índice.