A agricultura é uma atividade de grande relevância na vida da sociedade, visto que fornece os alimentos que chegam à nossa mesa diariamente. Nesse cenário, preservar a saúde das plantações é a melhor maneira de manter a produção em alta quantidade e qualidade. No entanto, algumas culturas enfrentam ameaças constantes durante seu desenvolvimento. É aqui que surgem os defensivos agrícolas como aliados na proteção e no sucesso das lavouras.
Tais produtos são parte de uma abordagem que equilibra colheita, sustentabilidade e segurança alimentar. Entretanto, para obter os melhores resultados, é necessário compreender seu uso adequado e as vantagens que oferecem ao setor produtivo e ao meio ambiente.
Continue a leitura e saiba por que esses insumos são tão necessários para a agricultura.
O que são e para que servem os defensivos agrícolas?
São produtos químicos ou biológicos utilizados nas plantações para combater doenças, ervas daninhas e pragas. Os defensivos têm uma variedade de aplicações específicas para o manejo de condições que prejudicam a produtividade das lavouras. Ao erradicar as ameaças ao desenvolvimento das culturas, eles asseguram a qualidade dos alimentos produzidos.
Além disso, esses insumos agrícolas favorecem os cultivares devido ao controle de fatores externos, permitindo ao agricultor realizar boas colheitas em menos área e em menor tempo. Dessa forma, sua aplicação reduz a necessidade de desmatamento e preserva os recursos naturais do local.
A utilização responsável e segura é ideal para obter todos os aspectos positivos oferecidos pelos defensivos. Afinal, o manejo inadequado pode trazer riscos aos trabalhadores rurais, aos consumidores e à natureza. Por isso, é preciso seguir as recomendações de uso e os períodos de carência para evitar contaminações.
Qual é a importância dos defensivos agrícolas na agricultura?
Esses produtos protagonizam a produção moderna de alimentos em larga escala, quando o controle natural de pragas não é viável. A seguir, conheceremos as principais vantagens dos defensivos agrícolas.
Aumento produtivo
Esse benefício é essencial para as culturas. Ao controlar as doenças e pragas, é possível conquistar colheitas mais saudáveis e abundantes. Esse cenário corresponde a maiores rendimentos por hectare, contribuindo para o sucesso local e regional da propriedade rural.
Alimentos valorizados
Além de elevar a quantidade, os defensivos agrícolas melhoram a qualidade da lavoura. Com a proteção adequada, as frutas, os tubérculos e os vegetais se desenvolvem de maneira saudável, manifestando boa aparência, sabor e valor nutricional. Por meio de colheitas que geram ótimos resultados, os produtores conseguem comercializar seus produtos por preços mais altos.
Sem falar que a diminuição de perdas reflete sobre menos desperdícios, o que aumenta a viabilidade financeira do agronegócio.
Redução da mão de obra
A aplicação de defensivos diminui a necessidade de presença humana durante os estágios de desenvolvimento das plantações. A proteção adequada das culturas reduz o tempo e os recursos necessários no controle manual de pragas, liberando colaboradores para tarefas estratégicas.
Avanços tecnológicos
Os defensivos agrícolas modernos são produzidos com base em descobertas científicas atualizadas. Isso significa que os produtos disponíveis no mercado são mais eficientes e menos prejudiciais aos recursos naturais. A pesquisa contínua aprimora essas substâncias, tornando as produções mais eficientes.
Quais são os tipos de defensivos agrícolas?
Conheça os principais tipos disponíveis para proteger plantações, bem como suas funções e informações relevantes sobre cada categoria.
Fungicidas
São soluções químicas que combatem os fungos causadores de doenças em cultivos. Eles previnem ou controlam infecções fúngicas, como a antracnose, o oídio e a ferrugem. A utilização correta desses defensivos previne e recupera a saúde das lavouras.
Inseticidas agrícolas
São responsáveis pelo controle ou eliminação de insetos que atacam as plantações. Os inseticidas agem por contato, por inalação ou por ingestão. Além disso, é válido citar que existem diversas classes dentro desse grupo defensivo, como neonicotinoides, organofosforados e piretroides. Cada categoria apresenta uma maneira específica de ação e deve ser aplicada de acordo com a praga-alvo.
Acaricidas
São utilizados para controlar ácaros agrícolas, Comopanonychyus ulmi — que ataca amendoim, maçã e pêssego — e Tetranychus urticae — que ataca soja, algodão, pimentão e morango. Basta utilizar o acaricida correto para erradicar tais pragas nas lavouras.
Nematicidas
Atua no controle de vermes microscópicos (nematoides) que se alimentam das raízes das plantas. Entre os agentes biológicos utilizados nos nematicidas, destacam-se os Bacillus thuringiensis. Esse produto age na proteção dos solos afetados, recuperando o desenvolvimento da cultura e da colheita.
Herbicidas
São recomendados para controlar ervas daninhas que disputam espaço, iluminação e nutrientes com as plantações. Os herbicidas são classificados em dois subtipos:
- seletivos: erradicam apenas determinadas espécies de plantas invasoras;
- não-seletivos: eliminam todas as espécies vegetais em sua área de aplicação, o que é prejudicial em casos de diversificação de culturas.
Como é a classificação toxicológica dos defensivos?
Para cada estágio da doença ou tipo de praga existem categorias de produtos que devem ser aplicadas. Para isso, a ANVISA elaborou as seguintes classificações:
Toxicológica:
- Classe I: extremamente tóxico;
- Classe II: altamente tóxico;
- Classe III: medianamente tóxico;
- Classe IV: pouco tóxico.
Ambiental:
- Classe I: altamente perigoso para o meio ambiente;
- Classe II: muito perigoso para o meio ambiente;
- Classe III: perigoso para o meio ambiente;
- Classe IV: pouco perigoso para o meio ambiente.
Grande parte das regulamentações direcionadas à utilização dos defensivos agrícolas está na Lei 14.785/2023. Ela contém informações sobre fiscalização e liberações. Também existem outros esclarecimentos na página da ANVISA. Um dos destaques nesse sentido é que os defensivos devem ser registrados no órgão federal competente.
Como usar defensivos agrícolas corretamente?
A aplicação responsável desse produto é indispensável para comprovar a eficácia do processo, a segurança do colaborador e a preservação dos recursos naturais. Conheça as principais orientações:
- escolher o defensivo correto: identifique o problema no cultivo e selecione a solução específica para combatê-lo. Para isso, é recomendado consultar o agrônomo e conferir todos os detalhes no rótulo;
- utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs): durante o manuseio de defensivos é preciso usar botas, luvas, máscara e macacão apropriado. Dessa forma, o aplicador estará protegido contra intoxicações causadas pelo contato direto com o produto;
- respeitar as doses recomendadas: jamais extrapole a quantidade informada para não contaminar o solo, prejudicar a saúde das plantas ou impedir a venda da colheita;
- realizar a aplicação em horários adequados: não realize o procedimento em momentos de calor extremo ou ventos fortes. Escolha as primeiras horas da manhã ou fim de tarde para maior absorção e eficácia;
- limpar os equipamentos de aplicação após o uso: higienize os pulverizadores e outros aparatos seguindo as recomendações indicadas para evitar contaminações.
Como visto, os defensivos agrícolas são a base da agricultura atual, já que protegem plantações e potencializam a segurança alimentar global. Sem eles, o desafio de atender populações em crescimento seria maior, principalmente em um cenário marcado por extremos climáticos e falta de recursos naturais. Cada prática consciente no campo enriquece o caminho para uma agricultura mais prudente e capaz de atender às demandas do futuro.
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