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Veja como é a criação do peixe Pirarara e suas características

Modificado em: abril 9, 2024

A criação do peixe Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) pode representar uma atividade prazerosa para a pesca esportiva e de alta rentabilidade para o produtor. Isso se deve às condições climáticas favoráveis do Brasil para o desenvolvimento ideal desta espécie de peixe de água doce.

Reconhecido por sua cauda e borda das nadadeiras em tonalidades vermelhas, é comumente empregado no aquarismo de grande porte, sendo exibido em parques e museus, além de ser utilizado para embelezar lagos em hotéis-fazenda e pesque-pagues.

Para trazer mais detalhes sobre essa espécie, neste post, explicaremos as suas principais características e todas as informações fundamentais para criar o peixe Pirarara. Confira.

Sobre o peixe Pirarara

Este é um dos peixes de água doce mais exuberantes encontrados na região amazônica. Caracteriza-se por ter uma cabeça robusta e proeminente, com ossos bem desenvolvidos, além de uma placa óssea localizada na parte frontal da nadadeira dorsal.

Além disso, é um peixe de couro de grande porte, podendo alcançar até 1,50 metro de comprimento, medindo desde o focinho até a separação dos dois lobos da nadadeira caudal. Ele pode chegar aos 60 quilos quando adulto.

O corpo tem uma tonalidade predominantemente cinza-escura, com uma faixa longitudinal branco-amarelada que percorre os flancos desde a cabeça até a base da nadadeira caudal. Abaixo, separamos as principais informações sobre a espécie:

  • onde é encontrada: se distribui nas bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins;
  • tipo de habitat: vive em poços e canais dos rios de médio e grande porte;
  • dieta: é um peixe onívoro que se alimenta principalmente de crustáceos, peixes e frutos.

Características comportamentais

O peixe Pirarara é conhecido por sua natureza ativa e territorial, demonstrando comportamento agressivo, especialmente durante o período de reprodução. Para criações, é fundamental proporcionar espaço suficiente e considerar a compatibilidade com outras espécies de peixes.

No entanto, na piscicultura, é menos valorizado na culinária devido ao sabor forte e à presença de gordura entremeada em sua carne. Robusto e enérgico, o peixe demonstra grande resistência quando é alvo de pesca esportiva, sendo apreciado em premiações aos pescadores que se dedicam à arte da captura somente com vara de pesca.

Por outro lado, em ambientes de cativeiro, mostra-se dócil o suficiente para se habituar a ser alimentado diretamente pelas mãos do criador. Tanto no cuidado para a despesca quanto para a reprodução induzida — esta última reservada a profissionais experientes, esse peixe é considerado de fácil manuseio.

Assim como diversas outras espécies da região amazônica, ela está sujeita a ameaças decorrentes da perda de habitat e da exploração excessiva. Preservar os seus ecossistemas é fundamental para assegurar a sua sobrevivência a longo prazo.

Características da criação de Pirarara

Antes de começar o planejamento, é de extrema importância preparar um ambiente adequado que atenda às exigências particulares da espécie. Confira as principais características de uma boa criação para o peixe Pirarara:

  • tanques bem dimensionados — devido ao seu extenso tamanho, deve ter capacidade mínima de 10.000 litros;
  • presença de plantas aquáticas — proporciona mais conforto e reduz o estresse em cativeiro;
  • ficar atento às variações ambientais — considere a possibilidade de instalar abrigos ou coberturas para resguardar os peixes a condições climáticas desfavoráveis.

Outro ponto importante é a utilização de alimentação balanceada, como rações especializadas, pequenos peixes, crustáceos, além de suplementos vegetais. Também questões como qualidade da água, e reprodução são imprescindíveis. Confira, com mais detalhes, no próximo tópico.

Como iniciar a criação de Pirarara

Para melhor planejamento, confira os principais pontos que devem ser considerados na hora da criação do peixe Pirarara.

Ambiente

Originária do norte do Brasil, apresenta sensibilidade a baixas temperaturas. No entanto, pode tolerar áreas com climas mais frios no Sudeste, mas que não sejam expostas durante os dias mais rigorosos do inverno.

Em regiões do Sul do país, nas quais as temperaturas caem de forma mais significativa, não é interessante investir na sua criação. Recomenda-se manter entre 20 ºC e 28 ºC, com um pH entre 5 e 7, ou mantê-lo em torno de 26 ºC.

Tanques

Para iniciar a atividade, recomenda-se utilizar tanques escavados com fundo preenchido por terra. Quando os exemplares atingem dimensionamento de 15 centímetros, podem ser mudados para os de alvenaria, com revestimento de geomembrana.

Em propriedades com áreas limitadas à estruturação de viveiros, a Pirarara pode ser criada em reservatórios mais elevados para, assim, aproveitar melhor o sistema de recirculação de água.

Manutenção e cuidados

São indispensáveis durante as fases de alevinagem e larvicultura, momentos em que o peixe, que apresenta menos de 12 centímetros, é considerado frágil. Devido à sua grande boca desde o nascimento, o canibalismo é comum nessa fase inicial, demandando a disponibilidade de alimento natural e higienização frequente do ambiente, até mesmo à noite.

Dieta

A alimentação natural desempenha um papel fundamental nos estágios iniciais da Pirarara. É essencial fornecer zooplâncton, especialmente durante o período inicial de desenvolvimento. Após aproximadamente dez dias, o peixe começa a aceitar alimentações úmidas à base de ração comercial e carnes.

Embora seja uma espécie que habita o fundo dos rios, ela se adapta facilmente a se alimentar de ração extrusada que flutua na água. No entanto, como mantém o costume de se alimentar de presas vivas, sempre terá preferência por peixes menores caso estejam presentes no tanque.

Além disso, a combinação de resíduos frescos de filetagem, pequenos pescados vivos — junto de rações comerciais — ajuda a intensificar a coloração vermelha da nadadeira caudal.

Reprodução

A reprodução precisa ser realizada por um zootecnista experiente, pois requer a indução por meio da aplicação de extrato de hipófise, seguindo o mesmo procedimento utilizado em outros peixes tropicais reofílicos que também passam pelo processo de piracema.

Entretanto, ter bons resultados nas etapas de extrusão de óvulos e sêmen não é uma tarefa difícil. Geralmente, o processo de desova de uma única fêmea é o suficiente para alcançar uma produção significativa de alevinos.

Este foi o nosso artigo sobre Peixe Pirarara, com suas características e o que considerar na hora do planejamento da criação.

Gostou do post? Saiba que é fundamental estar atento ao mercado nacional de piscicultura para conseguir os melhores resultados. Para isso, confira nosso conteúdo completo sobre o tema.

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