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Melhoramento genético de peixes: entenda melhor o assunto!

Modificado em: maio 31, 2023

O melhoramento genético de peixes é uma prática necessária para a piscicultura, pois permite que os empreendimentos aquícolas explorem todo o seu potencial produtivo e alcancem a mesma importância econômica que outros setores da pecuária. Entre os seus benefícios, destacam-se o aumento da qualidade da carne comercializada e da eficiência na utilização de recursos naturais.

Tudo isso é imprescindível para que a piscicultura atenda às exigências do mercado, que busca produtos padronizados e com um bom valor agregado, mas que também sejam produzidos sem abrir mão das boas práticas de sustentabilidade. Continue a leitura e entenda mais sobre a importância deste assunto!

O que é o melhoramento genético de peixes?

O melhoramento genético de peixes consiste na formação de indivíduos com um maior potencial produtivo, por meio da seleção de atributos genéticos que melhoram alguns aspectos do seu desempenho. Essa escolha leva em consideração as particularidades de cada espécie, os objetivos do empreendimento e as demandas do mercado consumidor.

O melhoramento genético já é comum na agropecuária, mas ainda pouco difundido na piscicultura devido à escassez de conhecimentos sobre os ciclos reprodutivos dos peixes. Assim como acontece em outros setores, são vários os benefícios socioeconômicos que os piscicultores podem receber ao investir nessa prática.

Quais são os seus objetivos?

O objetivo geral do melhoramento genético de peixes é ampliar a produção aquícola por meio do aprimoramento de características que trazem um bom retorno financeiro. Dessa forma, cada criadouro deve estabelecer finalidades específicas para o seu negócio, conforme a espécie cultivada.

A seguir, destacamos alguns dos objetivos mais importantes do melhoramento genético de peixes. Confira!

Aumento da produtividade

O Brasil apresenta uma grande variedade genética de peixes e condições favoráveis ao seu desenvolvimento. No entanto, apenas essas vantagens não são suficientes para elevar a produtividade aquícola a níveis satisfatórios, o que compromete o sustento de quem tem a piscicultura como fonte de renda.

O melhoramento genético é importante nesse quesito porque melhora aspectos como a taxa de conversão alimentar, a maturação sexual, a resistência a doenças, a qualidade da carne e outras características que tornam as espécies mais produtivas.

Produção aquícola sustentável

Sabemos que a preservação ambiental é um dos maiores desafios da produção aquícola, tendo em vista o seu alto consumo de recursos naturais. Alcançar a sustentabilidade na piscicultura é essencial para atenuar os seus impactos ecológicos, mas os seus benefícios também abrangem a sociedade e a economia como um todo.

O melhoramento genético contribui para isso porque possibilita um uso mais racional dos recursos envolvidos na criação de peixes. Com populações geneticamente superiores, é possível obter mais carne de melhor qualidade sem, necessariamente, aumentar o volume de insumos, além de diminuir os prejuízos decorrentes de doenças e taxas de mortalidade.

Os empreendimentos aquícolas podem, então, suprir as demandas do mercado e atender às exigências do consumidor consciente, que se preocupa em conhecer as origens dos alimentos que consome.

Como iniciar um programa de melhoramento genético?

No melhoramento genético de peixes, o primeiro passo é formar uma população de reprodutores com uma grande variabilidade genética. Esse cuidado é importante para manter a longevidade dos resultados e evitar uma das causas de baixa produtividade em cativeiros: os cruzamentos consanguíneos, feitos entre indivíduos com algum grau de parentesco.

Esse plantel servirá de base para as seleções futuras e pode ser formado tanto por peixes domésticos quanto selvagens, sendo que o primeiro tem como vantagens características que já são conhecidas. A eficácia do programa também depende de alguns critérios a serem seguidos pelo produtor, sobre os quais falaremos a seguir.

Variáveis do sistema de produção

O desenvolvimento dos peixes tem relação direta com os fatores ambientais aos quais são expostos, como temperatura, níveis de oxigenação da água, densidade populacional do tanque etc. Por esse motivo, as características dos criadouros de melhoramento genético devem ser idênticas às dos sistemas de reprodução onde os peixes serão criados.

Da mesma forma, o produtor deve controlar ao máximo as variáveis ambientais presentes no local de criação, do contrário, há o risco de selecionar indivíduos que não são geneticamente superiores, mas que se tornaram melhores devido a condições ambientais favoráveis a eles.

Escolha das espécies

Ao iniciar o programa de melhoramento genético, é importante escolher espécies que tenham uma boa variabilidade genética na natureza e sejam bem conhecidas na piscicultura, pois ambos os aspectos são essenciais para uma seleção eficiente e com menores probabilidades de cruzamentos consanguíneos.

Seleção dos animais

Selecionar os animais significa escolher os indivíduos que poderão se reproduzir e deixar descendentes para a geração seguinte. Idealmente, esse processo deveria englobar apenas os animais com atributos genéticos de interesse, mas nem sempre isso é possível na prática.

Durante o manejo dos acasalamentos, é preciso assegurar a diversidade do plantel com uma boa quantidade de animais. A ausência desse cuidado resulta em problemas de fertilidade, crescimento, imunidade e outros distúrbios genéticos em razão da consanguinidade.

A finalidade dessa seleção é aumentar a ocorrência dos genes desejáveis nas novas populações, de modo que os indivíduos tenham um desempenho cada vez melhor com o passar das gerações.

Sistemas de cruzamento

Assim como a seleção, os sistemas de cruzamento são uma forma de induzir os padrões genéticos de cada população por meio do controle de acasalamento. A diferença é que o primeiro é voltado à melhoria de raças puras, enquanto o segundo busca unir características favoráveis de diferentes raças.

Objetivos da seleção

Como dito, os objetivos do melhoramento genético variam conforme os potenciais de lucratividade da espécie cultivada. Assim, o piscicultor deve formular um plano de seleção com base nas melhorias que desejar alcançar, como maior resistência a doenças, aumento das taxas de conversão alimentar, entre outras características.

O melhoramento genético de peixes é uma prática essencial para o desenvolvimento econômico da piscicultura, tendo em vista o seu potencial para aumentar a produtividade aquícola e enriquecer o mercado com carnes de boa qualidade. Com isso, o setor se torna mais competitivo e se eleva ao mesmo patamar de outras grandes áreas econômicas.

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