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4 dicas de alimentação de peixes para o piscicultor!

Modificado em: maio 31, 2023

A alimentação de peixes é um fator decisivo no sucesso da piscicultura. Desde a escolha do tipo de ração ideal para cada espécie, passando pelo sistema de produção, manejo e distribuição dos nutrientes em cada fase da criação, a dieta é um elemento que todo piscicultor deve se manter atento.

Do ponto de vista econômico, esse também é um elemento importante, já que os gastos com ração estão entre os mais significativos na criação de peixes. Por isso esse trabalho deve ser feito com a máxima atenção e cuidado.

Confira, a seguir, 4 dicas essenciais para obter o melhor resultado possível na alimentação de peixes. Boa leitura!

1. Considere os fatores necessários para formular a dieta

A nutrição dos peixes depende de uma série de fatores. Considere-os antes de formular a melhor dieta para a sua criação. Observe alguns pontos que devem ser levados em conta.

Sistema de produção

A forma como o piscicultor desenvolverá a criação de peixes pode variar e isso influencia a alimentação. No cultivo extensivo, por exemplo, os peixes comem somente o que já existe no reservatório. A tilápia, o pacu, o tambacu e o pintado da Amazônia são algumas das espécies que podem ser cultivadas dessa forma.

Já no cultivo semi-intensivo, o produtor deve observar de perto a ingestão de alimentos, controlando-a de forma mais intensa. Enquanto que o intensivo, no entanto, tem um controle mais rígido, com uma dieta mais balanceada.

O cultivo superintensivo é ainda mais detalhado, sendo monitorado em tempo integral, com o uso de equipamentos próprios para esse tipo de produção. Nesse caso, é recomendado o uso de tanques-rede circulares.

Fase da produção

Dependendo da fase em que se encontra o peixe (larva, alevinos ou engorda), a quantidade da alimentação também é um fator a ser considerado. Entender a quantia exata de comida que o animal ingere em determinada fase é fundamental para mantê-lo nutrido.

Espécies de peixe

Outra consideração importante é a respeito das espécies cultivadas. Nem todas se adaptam à mesma quantidade e ao mesmo tipo de alimento. Por isso, o piscicultor deve estar atento antes mesmo de começar a produção, destinando as espécies que melhor se desenvolvem juntas para um mesmo tanque, separando-as das demais.

Outros fatores decisivos para um bom cultivo são a temperatura ambiente (e, consequentemente, a temperatura da água), o pH da água no reservatório e, ainda, a forma como são realizados os manejos.

2. Utilize as melhores técnicas para alimentação de peixes

Sabe-se que a alimentação de peixes pode representar até 70% dos custos na piscicultura. Por isso, utilizar as melhores técnicas para que o processo de nutrição dos animais seja o mais eficiente possível é um fator decisivo para o sucesso do negócio.

Observe, a seguir, um passo a passo para obter os melhores resultados:

  • encha uma vasilha de ração e, na sequência, pese-a e anote o valor;
  • deposite o conteúdo da vasilha no tanque e aguarde até que os peixes comam toda a ração;
  • ofereça mais um pote de ração e aguarde até eles terminarem de comer;
  • repita esse processo até notar que estão saciados (eles vão parar de comer a ração depositada no tanque);
  • confira a quantidade (peso) de ração consumida pelos animais, a partir do número de porções utilizados;
  • realize o mesmo procedimento todas as manhãs e repita-o à tarde, por dois dias.

Passado esse período, o piscicultor poderá ter uma média do consumo diário de ração. Nos 15 dias seguintes, ele deve oferecer 90% dessa média para os peixes. Então, a operação original deve ser repetida e um novo cálculo feito. Nos 15 dias subsequentes, deve-se alimentá-los com base na nova média.

3. Escolha a ração ideal

A alimentação de peixes tem o objetivo de manter os animais bem nutridos, para que se desenvolvam da melhor forma. Porém, cada tipo de alimento tem uma diferente composição nutricional. Entre os principais nutrientes estão os carboidratos, lipídios, minerais, proteínas e vitaminas.

No entanto, cada espécie de peixe se adapta melhor a diferentes tipos de ração, pois absorve esses nutrientes de maneiras distintas. Isso ocorre porque a anatomia e a fisiologia de cada animal variam conforme a espécie. Nem todas digerem bem uma ração rica em carboidratos, por exemplo.

Confira abaixo outros pontos a considerar para selecionar a melhor ração para alimentar os peixes!

Cuidados com o manejo e proteínas

Sabe-se que as proteínas estão entre os nutrientes mais importantes para o desenvolvimento dos peixes. Afinal, elas correspondem a até 75% da matéria seca corporal desses animais. No entanto, apesar da grande necessidade proteica para um bom cultivo, é preciso estar atento à fase do desenvolvimento em que se encontram.

Conforme os animais crescem, as quantidades de proteína oferecidas devem ser reduzidas aos poucos. Isso ocorre em função do peso vivo dos peixes. Se houver queda da temperatura da água no período, surge mais um fator que deve ser levado em conta: em ambientes mais frios, o metabolismo é reduzido, diminuindo também o apetite dos animais.

Atenção aos carboidratos, minerais e vitaminas

Os carboidratos são os nutrientes menos exigidos na alimentação de peixes. Os animais carnívoros, na verdade, não digerem carboidratos. Já os minerais e vitaminas são muito importantes para a formação de tecidos ósseos e sanguíneos, além de terem impacto em tecidos musculares e em outros processos metabólicos.

4. Observe as condições de saúde do peixe

Conhecendo os fatores e técnicas de alimentação dos peixes, além do que é necessário para escolher a ração ideal, é importante ficar atento a alguns sinais que evidenciam problemas de alimentação de peixes. Fique atento!

Deformidade na coluna vertebral

Esse é um sinal claro de falta de nutrição dos animais. A deficiência de aminoácidos essenciais na alimentação causa esse tipo de deformidade nos peixes, que também podem apresentar problemas de peso (emagrecimento excessivo) e perda de resistência das escamas.

Escoliose e lordose

Outros problemas ósseos como escoliose, lordose e até mesmo o amolecimento de ossos do crânio são evidências de dificuldades de nutrição, especialmente a falta de vitamina C.

Distrofia muscular

A deficiência tanto de selênio quanto de vitamina E pode causar esse problema. Isso afeta o crescimento dos animais, além de provocar o aumento da mortalidade.

Anemia

O excesso de cobre pode causar anemia em certas espécies, especialmente o catfish. Como essa patologia é desenvolvida pela ausência ou deficit de ferro na corrente sanguínea, é um ponto importante para considerar na nutrição.

Deficiência nas nadadeiras

Assim como a anemia aparece por conta da ausência de ferro, a deficiência nas nadadeiras é um problema que pode surgir em função da falta de vitamina C na dieta dos animais.

Até aqui, você conferiu um resumo dos principais impactos que a alimentação de peixes pode trazer na piscicultura. Conhecer as características das espécies cultivadas e suas necessidades nutricionais é fundamental para qualquer criador.

Quer saber mais sobre alimentação de peixes? Então confira outro artigo do nosso blog e fique bem informado a respeito das melhores rações para cada espécie.

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