A extensão da malha ferroviária no Brasil abrange cerca de 30 mil quilômetros e de acordo com Plano Nacional de logística, a previsão é que, em 2035 expanda o sistema em mais 30%.
Essa perspectiva acentua a urgência de examinar as redes de mobilidade de passageiros, adequadas às necessidades das cidades e da população, bem como as questões comerciais e agrícolas.
Portanto, confira como será a nova realidade para expansão da malha ferroviária, as projeções e quais as previsões nos próximos anos. Continue lendo e atualize-se!
Qual a realidade da malha ferroviária no Brasil?
Apesar de possuir uma forte capacidade de logística, o governo e as empresas privadas do Brasil ainda se mostram relutantes em usar os serviços ferroviários. Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o modal representa somente 15% do transporte de carga do país.
Em debates e reuniões, o investimento insuficiente nas linhas ferroviárias é uma constante. Investidores e especialistas do setor interrogam por que o Brasil não consegue aproveitar totalmente sua extensão territorial para uma rede ferroviária mais satisfatória, bem como explorar as potencialidades para o desenvolvimento logístico nacional.
Atualmente, a extensão total da malha ferroviária no Brasil é de 29 mil quilômetros, consideravelmente abaixo dos Estados Unidos, que lideram o ranking mundial com 295 mil quilômetros.
Além disso, comparado com países europeus de grandes dimensões, o Brasil fica muito atrás. Por exemplo, na Rússia, onde a escala geográfica é consideravelmente grande, o transporte ferroviário é responsável por 81% da carga de transportes do país.
De acordo com Vitale, a ANTT assinou 41 contratos de autorização ferroviária, permitindo que o setor privado construa novas linhas de trilhos sem a necessidade de leilão.
Por fim, a agência reguladora continua analisando outros 37 pedidos que podem elevar esse número para 78. Conforme os dados apresentados, tais contratos podem gerar um investimento de aproximadamente R$ 220 bilhões para ampliar a malha ferroviária do país. Seria de grande valia, visto que o transporte via estrada, os custos são mais caros.
Quais são as estimativas de investimento?
Conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os investimentos privados projetados no setor de ferrovias brasileiro excedem R$ 170 bilhões.
Após assinatura dos contratos para construção de 3.500 quilômetros de ferrovias por meio da iniciativa privada, o Ministério da Infraestrutura agora está avaliando os pedidos para colocar em prática 2.500 quilômetros adicionais de trilhos, representando um investimento estimado de R$ 29,8 bilhões.
Essas oito linhas ferroviárias já foram consideradas viáveis pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e requerem a aprovação da Secretaria de Transportes Terrestres da referida pasta para a concretização. Esse processo barateará, e muito, o preço do frete dos produtos.
Qual a projeção da malha ferroviária nos próximos anos?
O projeto da malha ferroviária no Brasil será interligado para todas as regiões, por etapas. Confira abaixo quais são.
Ligação em Cruz
O Governo Federal está avançando com a edificação do trecho na Bahia, entre as cidades de Caetité e Barreiras (Fiol 2), além da implantação do segmento que conecta Barreiras a Figueirópolis (TO) – a Fiol 3.
Nesse contexto, essa rota irá integrar-se à Ferrovia Norte-Sul, completando a porção oriental da interligação ferroviária. Inclusive, ela teve uma seção de 172 quilômetros de trilhos inaugurada entre São Simão (GO) e Estrela D’Oeste (SP) no ano de 2023.
Ligação centro-oeste
Iniciando-se em Goiás, o Ministério da Infraestrutura (MInfra) foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o início da construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). Essas obras serão desenvolvidas pela Vale S/A em conjunto com a Valec.
O Projeto Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) tornou-se possível graças à instauração do instrumento de investimento cruzado pelo Ministério da Infraestrutura, com a prorrogação antecipada do contrato com a Vale pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
Dessa forma, estima-se que mais de R$ 2,5 bilhões sejam aplicados na implementação da ferrovia, que partirá inicialmente de Mara Rosa (GO) até Água Boa (MT) e, possivelmente, estender-se até Lucas do Rio Verde (MT). A concessionária da FICO é resultado de uma concessão conjunta entre FICO e FIOL.
Ligação Ferrogrão
O Ministério de Infraestrutura (MInfra) manifesta sua confiança de que o leilão da Ferrogrão possa acontecer este ano. O ministro Tarcísio de Freitas espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite o projeto, que atualmente está com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Além disso, o projeto da Ferrogrão pretende impulsionar o setor agrícola do Centro-Oeste, com um investimento de mais de 900 quilômetros de trilhos entre Sinop (MT) e Miritituba (PA) e custo de R$ 25 bilhões.
O Ministério de Infraestrutura (MInfra) manifesta sua confiança de que o leilão da Ferrogrão possa acontecer este ano. Espera-se a que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite o projeto, que atualmente está com o Tribunal de Contas da União (TCU). O projeto da Ferrogrão pretende impulsionar o setor agrícola do Centro-Oeste, com um investimento de mais de 900 quilômetros de trilhos entre Sinop (MT) e Miritituba (PA).
Quais são as previsões para renovação?
O compromisso será com a renovação antecipada de nosso acordo com a MRS Logística. Esta ferrovia abrange 1600km de linhas por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, tendo seu acordo de validade de 30 anos.
Espera-se que o Projeto de Lei (PLS) 261 avance no Congresso para estruturar o Marco Legal das Ferrovias. Essa iniciativa visa permitir o transporte de cargas por meio de autorização, além de promover uma ampliação ainda mais eficaz da rede ferroviária nacional.
Um ponto interessante é que o Brasil foi o pioneiro da América Latina a receber um investimento internacional em ferrovias sustentáveis, abrindo caminho para a expansão de sua malha ferroviária para escoamentos. Prevê-se que o transporte de cargas por trem seja responsável por 33% do total nos próximos anos, dando aos brasileiros a oportunidade de aproveitar os avanços na logística de transporte dentro do país.
Esse foi o nosso post abordando sobre as principais perspectivas da malha ferroviária no Brasil para os próximos anos. A projeção é que a região centro-oeste será uma das mais visadas, visto que futuramente, barateará a questão dos escoamentos de produtos agrícolas, principalmente a soja.
E aí, gostou do nosso artigo? Outro tema crucial é saber quais são os principais modais de transporte do Brasil. Quer saber mais? Então, é só conferir!