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Conheça 6 mães caminhoneiras e como lidam com a vida longe de casa

Modificado em: junho 6, 2024

Dias longe de casa por conta de compromissos profissionais não são fáceis de lidar. A vida na direção de um caminhão apresenta desafios únicos, mas um trabalho bem executado é extremamente recompensador. Imagine, então, como isso impacta a rotina das mães caminhoneiras.

A presença feminina na boleia representa uma excelente notícia no combate ao preconceito e a problemas recorrentes, como assédio e falta de reconhecimento. Segundo o Ministério das Cidades, o número de mulheres aptas a dirigir veículos pesados está na casa dos 150 mil — e, é claro, quanto mais, melhor.

Para deixar clara a importância da mulher e a necessidade de lutar contra velhos paradigmas excludentes, continue a leitura deste post e conheça 6 histórias de mães caminhoneiras que encaram o dia a dia nas estradas!

1. Sheila Marchiori

Para abrir a lista, uma influenciadora digital. Isso mesmo! A gaúcha Sheila Marchiori, ou Sheila Bellaver, tem mais de 1,7 milhão de seguidores no Instagram, além de outros 2,3 milhões de fãs no YouTube. Nas duas plataformas, ela compartilha a rotina da profissão e gera um grande engajamento da audiência.

Sheila tem filhos e também mostra um pouco da vida pessoal nas redes sociais. A bordo de um potente Scania R 420 Highline, ela transporta carga frigorífica e diz que a paixão pela profissão surgiu ainda na infância. Ao acompanhar o pai na roça, as chegadas e saídas de caminhões chamavam sua atenção, despertando um sentimento que só cresceu.

Quando decidiu partir para o desafio, buscou emprego e ouviu algumas respostas negativas. A Transportadora Bellaver deu uma oportunidade a Sheila, que agarrou firme e iniciou uma trajetória de muito sucesso — e ela quer muito mais!

2. Nahyra Schwanke

Seis décadas só de estrada. Desde a chegada ao Brasil, vinda da Alemanha ainda bebê, 88 anos se passaram. Entre as mães caminhoneiras, é impossível não contar a história de Nahyra Schwanke, que carrega a honra de ser a mulher há mais tempo exercendo a profissão no nosso país.

Tudo começou nos anos 60, fazendo entregas para o pequeno comércio de sua mãe. A partir daí, nunca mais houve um passo atrás. Arroz, cevada e leite eram os principais produtos transportados, em uma jornada cheia de percalços e contos. A solidão e o desconhecimento de alguns destinos atuaram como combustível para formar amizades em todo destino.

Depois de um tempo veio Salete, a filha. Paradas para descanso ou abastecimento significavam a oportunidade de ligar para casa e saber notícias. Hoje, apesar de problemas nas pernas e certa dificuldade, Dona Nahyra segue em atividade, em um caminhão automático. Os segredos? Andar sempre dentro da lei, não arrumar discussões e aproveitar o percurso.

3. Clari Rodrigues

Guiando um Volvo FH460, Clari Rodrigues mora na cidade de Lajeado, no Rio Grande do Sul, e realiza rotas semanais até Curitiba como motorista de transportadora. A trajetória profissional da gaúcha foi incentivada pelo ex-marido, e o gosto pelo trabalho superou possíveis medos.

“Eu achava que não daria conta, mas deu certo”, conta. Ao contrário de outras mulheres, a vida na boleia não era um sonho de infância. A paixão foi sendo moldada pelo tempo, a partir da capacidade de cumprir jornadas eficientes.

Por mais que o tempo distante de casa abrevie a convivência com os três filhos, a experiência ajudou a criar hábitos saudáveis para que se encontrem, quando possível.

4. Simone Carvalho

Esthefany e Antônio ficam em casa, na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná, enquanto Simone Carvalho rasga o Brasil na cabine do seu caminhão. Tudo isso soa naturalmente na família. Pudera: o marido, Douglas Santos, também é caminhoneiro e incentivador da carreira da esposa.

O sentimento de liberdade ao guiar pelas rodovias do país foi descoberto por Simone justamente acompanhando Douglas. Atuando em uma transportadora paranaense, a trajetória dela começou há pouco mais de um ano, e a primeira viagem sozinha, por exemplo, representou um grande marco.

Problemas de infraestrutura das estradas e de alguns postos de parada, aliados à sensação de vulnerabilidade por ser mulher, são desafios diários que Simone vai, aos poucos, aprendendo a encarar.

5. Ruzimélia Basso

Imagine o seguinte cenário: 38 anos, filhos para criar e… desemprego. Foi exatamente a situação em que Ruzimélia Basso, a Ruzi Mel, se encontrava. Quando apareceu uma oportunidade de trabalho como caminhoneira, e sem a exigência de experiência na área, ela não pensou duas vezes.

Moradora de São Paulo, Ruzi investiu na categoria de CNH que permite a condução de veículos pesados e lançou candidatura à vaga. Três anos após ser selecionada, mudou de empresa e decolou na carreira. O hábito surgiu com o tempo na boleia, impulsionado por viagens interestaduais e destinos cada vez mais longos.

Ruzimélia ainda manifesta certa preocupação com os riscos de dirigir durante a noite nas rodovias brasileiras. O medo de problemas mecânicos interromperem o percurso e demandarem a busca por ajuda poderia representar um empecilho, mas ela trata como combustível para continuar. Mães caminhoneiras são assim.

6. Francine Rebelo

Finalizando a nossa lista, trazemos um exemplo da força feminina no setor de transporte, mas de um jeito distinto. Francine Rebelo trilhou um caminho bastante peculiar. Filha e neta de caminhoneiros, ela é Doutora em Antropologia pela UFSC, e seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) abordou a vida na boleia e a representativa social.

Francine, na verdade, também vivenciou na pele a experiência como caminhoneira. Ao lado do marido, passou um ano trabalhando em uma transportadora, enquanto aproveitava para desbravar todas as regiões do Brasil. Tudo era documentado no blog “Estrada vamos, estrada somos“, inclusive o recente TCC.

Na obra científica, Francine faz uma pesquisa aprofundada sobre a etnografia das mulheres caminhoneiras. Condições de atuação, preconceito, representatividade e outros temas relevantes fazem parte da monografia, disponível no blog.

Todas essas mães caminhoneiras que você conheceu no post deixam bem claro que é possível vencer barreiras e alcançar o sucesso na profissão. Cada trajetória se desenvolve de uma forma absolutamente diferente, evidenciando não apenas o poder feminino, mas servindo de exemplo para mulheres que sonham em trilhar um caminho parecido no futuro.

Gostou das histórias deste post? Então, aproveite a visita ao blog da Sansuy e saiba mais a respeito de Glaucia Rovero, gaúcha de 33 anos que também superou adversidades em busca do sonho de infância!

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