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Como identificar e tratar as doenças em peixes de criação?

Modificado em: maio 31, 2023

É comum ocorrerem doenças em peixes ornamentais. Esses animais exigem cuidados especiais, principalmente durante o manejo frequente, que os deixam suscetíveis às enfermidades em razão do estresse gerado e possíveis ferimentos relacionados à perda de seu muco protetor.

Podemos diferenciar as doenças a partir dos aspectos externos e internos. As doenças externas são mais óbvias e aparecem em nadadeiras, nas guelras e na pele. Se detectadas em fase inicial, podem ser tratadas imediatamente. Já as doenças internas são mais difíceis de diagnosticar, mas podem ser notadas por meio de comportamentos atípicos, como falta de apetite, descoloração, nado irregular e outros.

Para criadores, é muito importante conhecer as doenças que mais acometem os peixes, a fim de tratá-las corretamente e com segurança para que não afetem os demais. Entre as diversas que existem, selecionamos as mais comuns e tratáveis. Confira a seguir!

Aeromonas

Trata-se de uma moléstia bastante contagiosa, causada por bactérias do gênero Aeromonas. Os principais sintomas aparecem nas nadadeiras, que são corroídas a partir das pontas em direção ao corpo, podendo apresentar uma borda avermelhada de sangue na região afetada. O corpo do animal é envolto por um anel branco, geralmente, ao redor do dorso.

Da mesma forma que ocorre em uma epidemia de gripe, muitos indivíduos são contaminados e outros permanecem sãos. Se não forem tratados, os peixes doentes acabam morrendo. Dependendo do tipo de bactéria, a aplicação simples de fungicida ou bactericida é suficiente para conter o avanço da enfermidade. No entanto, para garantir um tratamento mais eficaz, recomenda-se o uso de antibiótico.

Fungos

O principal sintoma dessa moléstia é o aparecimento de uma massa branca em regiões variadas do corpo. Para tratar, é preciso trocar 50% da água do aquário imediatamente ao notar o problema. Depois disso, passa-se a trocar 20% da água todos os dias, até que a doença desapareça.

Use bactericida e fungicida na dosagem recomendada e, se não houver peixes de fundo, o ideal é aplicar um pouco de sal grosso (a cada 20 litros de água, uma colher). Para ajudar no processo, aumente em mais ou menos 3ºC a temperatura do aquário, sendo 1,5ºC por dia, até chegar ao máximo de 31ºC.

Íctio

É um nome popular para Ictiofitiríase, uma doença parasitária causada por um protozoário ciliado denominado Ichthyophthirius. Aparece, normalmente, em épocas de variações de temperatura, como no inverno, quando isso ocorre com mais frequência e de forma brusca.

Surgem pintas brancas no corpo do animal, que se espalham e aumentam em tamanho e número, causando muito estresse. Em razão da coceira, o peixe começa a nadar com agitação e rapidez, esfregando-se em pedras, plantas e adornos do interior do aquário.

É uma doença bastante contagiosa e mortal, mas de tratamento fácil: basta aplicar parasiticida, na dosagem recomendada no rótulo, dentro do aquário.

Argulose

Essa enfermidade é mais conhecida como piolho d’água e é causado por um crustáceo parasita chamado Argulus foliaceus. Eles apresentam cerca de 4 a 7mm de tamanho. As fêmeas mordem os peixes no local onde estão fixas (normalmente, na barriga), provocando feridas pelo corpo e se alimentando do sangue do animal.

Além disso, se descolam da escama para colocar ovos no ambiente, onde os machos vivem livremente. Os sintomas aparentes dessa doença são pequenas feridas avermelhadas que o parasita causa.

Embora o agente da moléstia, muitas vezes, não possa ser notado, o buraco provocado pela mordida é visível, permitindo o diagnóstico antes mesmo que a reprodução aconteça no interior do aquário.

Para tratar o peixe, o parasita deve ser removido com uma pinça, tomando o cuidado de esterilizar o local logo em seguida. Isso evita o risco de infeccionar o animal onde foi machucado. No final, é preciso aplicar uma medicação apropriada contra o parasita para que novas infecções não aconteçam.

A prevenção da argulose exige uma simples análise no corpo dos novos peixes que forem adquiridos. Se eles apresentarem os furos avermelhados, é necessário investigar a origem.

Verme âncora

Apesar de ser conhecida por verme âncora, essa doença não é provocada por um verme verdadeiro. Seu nome real é Lerneose e se trata de um crustáceo, o Lernaea cyprinacea, que se prende ao corpo do peixe e suga o seu sangue.

Esse parasita pode matá-lo por anemia ou mesmo deixar brechas para outros parasitas por meio do ferimento que fica aberto. Além de tudo, deposita seus óvulos no ambiente do aquário. Para tratar, é necessário removê-lo com o auxílio de uma pinça ou algo equivalente. Em seguida, desinfetar o local.

Oodinose

Os responsáveis pela doença são parasitas dinoflagelados unicelulares da espécie Oodunium pilularis, mais conhecida como a doença de veludo, uma vez que deixa a escama infectada com aspecto brilhante. Outro sintoma observável é que o peixe se esfrega em objetos do interior do aquário devido à coceira.

Sua respiração fica ofegante e acelerada e o apetite reduz. É uma doença tratável, porém, mortal e de evolução rápida (em torno de duas semanas até a morte). O tratamento é feito por meio de banhos em medicamentos à base de cobre.

A prevenção da oodinose começa pela contenção do estresse no peixe ornamental, já que esse é um fator que facilita a entrada de parasitas que se alojam facilmente no corpo do animal. Além disso, use água de qualidade no aquário com a temperatura adequada.

Girodactilose

É uma moléstia causada por um verme cego (Gyrodactylus), que se fixa no peixe pela boca e um gancho localizado em sua cauda. Após contaminar o animal, esse parasita passa a consumir a energia do peixe deixando-o pálido, com a respiração ofegante, enfraquecendo-o com o tempo. Em determinados casos, o corpo apresenta alguns pontos avermelhados e o animal se esfrega em objetos do aquário.

O tratamento consiste em banhos de 30 minutos em formalina, com 2 ml de solução a 40%, em dez litros de água. Com isso, o verme morre em torno de 20 minutos. A prevenção da doença é manter o aquário sempre limpo.

A limpeza do aquário é fundamental para manter a saúde dos peixes ornamentais em dia. No entanto, a boa alimentação também é determinante para isso. Procure dar uma ração de qualidade e bem balanceada para mantê-los fortes e protegidos de invasores indesejáveis e mortais.

O mercado oferece opções diversificadas de suplementos que podem ser adicionados à ração. Assim, a imunidade dos peixes fica fortalecida, especialmente nos dias mais frios do ano.

Quanto à limpeza do aquário, é importante mantê-lo em boas condições para que seus habitantes consigam ter qualidade de vida. A água deve ser limpa, livre de impurezas, com o pH, a temperatura, a iluminação e os níveis de amônia e ureia apropriados às espécies que você cria, com sistemas de filtragem e troca.

Procure, ainda, manipular os peixes o mínimo possível, respeitar a quantidade máxima de animais no mesmo local, observar os cuidados necessários durante o transporte e evitar choques bruscos de temperatura.

Além desses cuidados, para evitar doenças em peixes ornamentais, é essencial isolar animais que ficam doentes, adquirir peixes de fornecedores confiáveis e fazer uma quarentena de novos indivíduos. Caso algum problema apareça, é sempre bom lembrar que o médico veterinário é o profissional habilitado para fazer diagnósticos e tratamento das doenças listadas aqui.

Se você gosta de criar peixes em aquário ou tanques, certamente já passou por algumas situações delicadas na hora de tratar os animais e lidar com enfermidades. Então, deixe o seu comentário e compartilhe a sua experiência conosco!

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