O reservatório de água é essencial para a piscicultura. Seja para armazenamento de água ou para a criação de organismos aquáticos, ele cumpre um papel decisivo nos negócios, pois, dependendo da escolha, o produtor pode ter resultados mais ou menos significativos.
Desde o planejamento, que envolve a escolha do lugar de instalação do reservatório, passando pelo respeito às orientações técnicas e chegando até as espécies que o piscicultor deseja criar, é necessário ficar atento para evitar perdas e potencializar os ganhos com a criação de peixes.
Quer saber mais a respeito de reservatórios de água na piscicultura? Continue acompanhando o artigo para entender melhor 3 questões relacionadas ao tema.
1. Reservatório de água na piscicultura
Embora os reservatórios sejam mais conhecidos como uma espécie de “caixa d’água” que é instalada dentro da propriedade para captação da água da chuva, também é possível que eles sejam utilizados como uma unidade de produção de organismos aquáticos, como algas, moluscos, crustáceos, peixes, entre outros.
Mesmo nos reservatórios com intuito de armazenar água da chuva, é possível criar peixes. Inclusive, com a movimentação que eles ajudam a realizar na água, evita-se o surgimento de mosquitos, famosos causadores de doenças.
É importante também esclarecer que a água mantida em reservatórios pode se tornar potável para consumo humano, mesmo quando são criados peixes e outros organismos aquáticos no mesmo ambiente. Para isso, no entanto, é preciso investir em equipamentos e produtos químicos destinados a esse fim.
Uma curiosidade: não é raro encontrar propriedades onde apenas 40% da área do reservatório é utilizada para a piscicultura. Os outros 60% são usados para armazenamento de água da chuva. Aliás, as propriedades que conseguem usar a água racionalmente tendem a evitar problemas em períodos secos.
2. Estrutura dos reservatórios de água
Outra questão importante é a estrutura dos reservatórios de água para piscicultura, que podem ser de três tipos: escavados, açudes ou lagos e tanques estruturados adquiridos no mercado.
Seja qual for o tipo de reservatório escolhido, eles precisam ser planejados antes da construção. Entre as tarefas a serem executadas, estão a otimização do terreno, a adequação dos custos de implantação (buscando minimizá-los) e a garantia de que as instalações permitirão o manejo de peixes.
A área da construção deve ser plana ou com declividade máxima de 2%, em solos argilosos e de baixa permeabilidade. A água deve estar disponível em abundância e deve ter qualidade — um dos fatores para isso é o clima no local. As chuvas devem ser regulares.
Também é essencial que a área escolhida tenha bom acesso a estradas e energia disponível, que seja possível obter uma licença ambiental para realizar as operações de piscicultura e que se tenha bom posicionamento logístico.
Confira algumas características essenciais dos tanques de piscicultura:
- sempre que possível, o abastecimento deve ser feito de forma individual. O mesmo vale para o escoamento;
- a inclinação para escoamento deve ficar entre 1% e 2%;
- para evitar infiltração, os tanques com fundo natural devem ter chão compactado;
- a profundidade mínima deve ser de 0,8 metro, e a máxima, de 2 metros.
3. Como escolher um reservatório de água
Na hora de escolher um reservatório de água para projetos de piscicultura, um dos principais fatores a serem considerados é o tipo de criação a ser realizado na propriedade. Além disso, as espécies de peixe que serão criadas também devem ser levadas em conta.
A seguir, entenda melhor como funciona a relação entre o tipo de criação e as espécies, bem como o tamanho do reservatório ideal.
Cultivo extensivo
Nesta modalidade, o peixe alimenta-se apenas do que já existe no reservatório, que deve ser um açude, lago ou represa. Entre as espécies que podem ser criadas por meio do cultivo extensivo, estão a tilápia, o pintado da Amazônia, o pacu, o tambacu e a piraptinga.
Como o piscicultor não tem muito controle sobre a produção, já que não há uma alimentação regular das espécies, o processo como um todo ocorre de forma mais lenta. Estima-se uma produção de uma tonelada anual, considerando o espaço de 1 metro quadrado por peixe no reservatório.
Cultivo semi-intensivo
Em termos de tipos de reservatório e espécies a serem criadas, tem as mesmas características do cultivo extensivo. No entanto, o piscicultor controla mais de perto a alimentação dos peixes, bem como o abastecimento do reservatório. Pode render até 4 toneladas por ano.
Cultivo intensivo
Esse tipo de cultivo demanda mais trabalho por parte do piscicultor, mas também rende mais. No método intensivo, o criador tem um controle rígido da alimentação dos peixes, utilizando ração de forma equilibrada. A água é renovada periodicamente, permitindo uma produção em larga escala de forma ágil e rápida.
É possível produzir 10 toneladas anuais, já que o maior controle possibilita criar mais peixes por metro quadrado (até 3 animais por m²). As espécies mais adequadas para esse tipo de cultivo são a tilápia e o pintado da Amazônia.
Cultivo superintensivo
O método superintensivo demanda mais equipamentos e conhecimento técnico, porém, seus resultados potenciais são bastante significativos. Mais recomendado para reservatórios circulares, que permitem reúso de água, o cultivo superintensivo deve ser feito em tanques que podem ser de tela de fios de arame de aço-carbono soltados e galvanizados a fogo ou com colunas e travessas de perfis tubulares de aço-carbono galvanizados a fogo com bolsas de lona de pvc. É possível produzir 150 kg de peixe por mês.
Neste artigo, abordamos questões acerca do uso de reservatórios de água na piscicultura. Cada vez mais populares, os tanques para criação de peixes vêm ganhando mais adeptos por permitirem um maior controle da produção e potencializarem resultados.
Esperamos que o texto tenha esclarecido alguns pontos importantes sobre reservatório de água. Caso queira conhecer produtos relacionados a reservatórios de água, visite a nossa loja!