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Como baixar o ph do tanque de peixe? Saiba aqui!

Modificado em: janeiro 28, 2025

Na piscicultura, é importante saber como baixar o pH do tanque de peixe, visto que, caso não haja tal controle, é possível que sua produção seja prejudicada. Afinal, esse parâmetro influencia a qualidade da água e sua adequação às espécies cultivadas.

De forma bastante resumida, o pH (potencial hidrogeniônico) é a quantidade de prótons H+ que existem na água, podendo indicar neutralidade (pH 7), acidez (pH menor que 7) ou alcalinidade (pH maior que 7).

Por lidar com fatores de diferentes áreas (como biológicos, químicos, climáticos etc.), a aquicultura é uma das atividades mais complexas, principalmente pela necessidade de acompanhamento e monitoração da água no cultivo. Isso será um fator decisivo para determinar o lucro ou prejuízo.

Desse modo, entender a concentração de bases e ácidos na água é muito importante. Alguns fatores, como fotossíntese, respiração e alimentação, são muito relevantes na hora de determinar o pH da água, que, caso esteja muito ácida ou muito alcalina, pode ser letal para os peixes.

Separamos neste artigo tudo o que é necessário saber para baixar o pH do tanque na piscicultura. Não perca nenhum detalhe.

Qual é o pH ideal para tanque de peixes?

Existe uma escala de pH que é relevante a ser apresentada para que você, leitor, possa compreender qual é a faixa ideal para o tanque de criação. Em uma faixa de 0 a 14, temos os seguintes indicadores:

  1. pH 0 a 4 = letal para peixes, com morte imediata;
  2. pH 4 a 6 = aumento do estresse para peixes;
  3. pH 6 a 9 = intervalo desejável;
  4. pH 9 a 11 = aumento do estresse para peixes, com maior frequência respiratória;
  5. pH 11 a 14 = letal para peixes.

Isso significa que, estando entre 6 a 9, a água deve ser neutra, minimamente ácida ou razoavelmente alcalina. A alcalinidade serve para verificar o “efeito tampão” da água, assim como neutralizar ácidos.

Desse modo, em tanques para peixes, recomenda-se que os valores de alcalinidade estejam acima de 20 mg/L (sendo mais indicado entre 200mg/L e 300mg/L).

Qual a diferença entre pH alto e alcalinidade elevada?

Não é novidade que a água é composta por diferentes tipos de substâncias. A medida total delas consiste na alcalinidade, ou seja, determina a capacidade daquele meio de neutralizar a presença dos ácidos.

Essas substâncias são, por exemplo:

  • silicatos;
  • fosfatos;
  • boratos;
  • carbonatos;
  • bicarbonatos;
  • íons hidróxidos;
  • amônia.

O devido equilíbrio da alcalinidade da água permite controlar as variações de pH para manter o meio adequado, evitando o excesso de acidez. Quando a alcalinidade está alta, significa que existe uma grande capacidade de manter o pH em equilíbrio, promovendo a neutralização dos ácidos.

Assim, consiste em um parâmetro diferente da elevação do pH em si. Contudo, há uma relação muito estreita entre os níveis dos dois parâmetros. Isso porque quando há elevação do pH, é indício de que a água está alcalina.

Nesse caso, é ideal para a saúde. Mas como você viu no outro tópico, quando esse parâmetro fica elevado demais, já não se torna adequado para o cultivo de peixes. Isso porque aumenta o estresse dos animais, a frequência respiratória e, entre 11 e 14, se torna letal para eles.

Por isso, é importante medir não apenas os valores do pH, mas também da alcalinidade. Afinal, quando ela está desajustada, há dificuldade para fazer o ajuste do pH. Logo, a alcalinidade é o parâmetro que deve ser medido primeiro, de modo que ela seja equilibrada para então ser possível acertar o nível do pH da maneira apropriada para a espécie que está sendo cultivada.

Quais aspectos interferem no pH?

Alguns aspectos devem ser observados de forma constante, pois interferem diretamente no pH da água. Eles estão interligados e formam um ciclo.

Quando há ração em excesso, os peixes comem mais e, em suas fezes, é liberado um muco contendo amônia e gás carbônico. Com isso, os fitoplânctons (algas verdes e com baixa transparência) se multiplicam em função de nutrientes como N e P.

O excesso de fitoplânctons deixa a água verde, gerando maior fotossíntese. Consequentemente, o nível de oxigênio será menor, a água ficará mais tóxica por conta da amônia e os problemas serão recorrentes.

Quais problemas o pH alto na água pode causar?

Quando o pH aumenta, começa a formar óxido de cálcio na água. Essa substância pode provocar corrosão das nadadeiras e do epitélio branquial dos peixes, sendo letal para eles.

Além disso, a quantidade de oxigênio na água diminui, fazendo com que os peixes subam à superfície, diminuindo a quantidade de alimento que consomem. Assim, a imunidade fica baixa e os peixes mais aptos a ficarem enfermos.

Portanto, meça sempre os valores da maneira correta. O pH deve ser monitorado ao menos uma vez por semana e anotado, criando uma rotina com médias acompanhamento e melhor análise.

Quando algum incidente ou divergência natural acontece, o pH pode ser alterado. Para evitar que isso ocorra, meça e anote as mudanças, otimizando processos futuros.

Para tanto, use um peagâmetro (medidor de pH), kits para piscina ou papéis de tornassol. Já o controle do pH pode ser feito com (agrícola, hidratada ou virgem).

Como baixar o pH do tanque de peixe?

Não há como baixar o pH do tanque de peixe sem reduzir a alcalinidade, que é altamente influenciada pela amônia. Por isso, é importante observar a coloração da água. Caso ela esteja muito verde, significa que está comprometendo o oxigênio e o pH ficará mais alto.

Procure controlar os fitoplânctons e vegetais fazendo limpeza nos tanques. Além disso, lembre-se de controlar a ração, para que os nutrientes das fezes não alimentem as algas. Por último, se necessário, utilize um acidificador, mas com parcimônia, para não gerar o efeito rebote, com uma queda brusca do pH.

Como prevenir o aumento do pH do tanque de peixe?

Saber como baixar o pH do tanque de peixe é indispensável, já que essa é uma medida que pode ser necessária em determinados momentos. No entanto, o ideal seria evitar o desequilíbrio da água para garantir que ela esteja sempre adequada para a sobrevivência dos animais.

Como você viu ao longo do conteúdo, existem medidas que podem ser adotadas para evitar que o pH aumente demais. A seguir, falamos com mais detalhes sobre algumas delas para que você possa colocar em prática com facilidade.

Monitoramento da qualidade da água

Já falamos sobre ele, mas é importante ressaltar a necessidade de fazer o monitoramento da água. Essa é a melhor maneira de entender o que está acontecendo no ambiente do tanque, já que os resultados vão direcionar as próximas ações.

No tópico anterior, explicamos quais ferramentas você pode utilizar para medir o pH da água. Mas não se esqueça de que não se trata apenas dele. Afinal, também conforme dito, a alcalinidade tem uma influência muito grande nesse parâmetro.

Portanto, é indispensável que você monitore ambos, a fim de manter o equilíbrio entre eles. Considere que não tem como baixar o pH do tanque de peixe se a alcalinidade estiver desregulada. Então, acompanhe a qualidade da água para que você possa ter o registro preciso do que vem acontecendo no tanque dos seus peixes.

Outro detalhe que não deve ser esquecido é com relação às características naturais da água utilizada na piscicultura. Isso porque, quando existem metais pesados na água, eles podem se tornar ainda mais tóxicos quando ocorre uma alteração no pH.

Isso acontece porque esse parâmetro da água influencia também o metabolismo dos peixes, fazendo com que eles absorvam mais desses metais que estão presentes.

Correção de parâmetros

Anotar os resultados obtidos na medição dos parâmetros da água é fundamental para ter um histórico do que está acontecendo. Sem essas anotações, fica difícil perceber as mudanças que ocorrem — o que pode atrapalhar a sua estratégia de manejo. Afinal, é preciso acompanhar essas mudanças para identificar a hora exata de agir e saber o que deve ser feito.

Você poderá perceber, por exemplo, as variações na alcalinidade, que vão exigir intervenções para corrigir esse parâmetro e evitar que ele implique alterações no pH.

Além disso, vale ressaltar que a alcalinidade pode ser aumentada com a aplicação de bicarbonato de sódio. Inclusive, ele é um aliado na prevenção das mudanças bruscas de pH.

De toda forma, também falamos a respeito do uso do acidificador, que deve ser aplicado com cuidado e sempre de acordo com a necessidade identificada conforme os parâmetros medidos.

Controle adequado da ração

Esse é um dos fatores mais fáceis de controlar. Afinal, a quantidade de ração oferecida para os peixes vai depender dos cuidados diários adotados no cultivo dos animais. Porém, é importante lembrar que não se trata de “achar” quanto deve ser oferecido.

O ideal é que exista um cálculo considerando a quantidade de peixes no tanque e o estágio de desenvolvimento deles, para que seja disponibilizada a quantidade adequada de comida, que vai nutrir na medida certa, evitando a alimentação excessiva.

Não se esqueça de que quando os peixes comem demais os dejetos tendem a comprometer a qualidade da água, fazendo com que o pH fique elevado. Então, faça esse estudo e análise da quantidade certa de ração que deve ser oferecida para os seus peixes, a fim de mantê-los nutridos e saudáveis sem comprometer a qualidade da água do tanque.

Limpeza periódica do tanque

Você viu que a presença de algas e fitoplânctons no tanque também tende a comprometer a qualidade da água. Manter os parâmetros equilibrados evita o desenvolvimento desses organismos, mas fazer o controle também é muito bem-vindo.

Você pode prevenir a água verde planejando a limpeza periódica do tanque, ou seja, programando a manutenção para que ela seja realizada de uma maneira estratégica, a fim de manter o ambiente sempre limpo. A frequência dessa limpeza vai depender da necessidade de cada tanque. Você pode identificar esse aspecto por meio da análise das condições da água.

Por exemplo, se o tanque tem ficado verde muito rápido, faça a limpeza com uma frequência maior. Mas se está conseguindo controlar os parâmetros e a água tem se mantido limpa, essas manutenções podem ser menos frequentes.

Sendo assim, mais uma vez, voltamos ao aspecto do monitoramento, que é indispensável para você acompanhar os parâmetros, fazer as correções e identificar a necessidade de limpeza.

Quais os aspectos avançados de manejo?

É possível fazer o manejo adequado do pH da água dos tanques por meio de diferentes técnicas de controle. As mais comuns são a adição de ácido ou de base com o objetivo de ajustar esse parâmetro.

Assim, se o pH estiver muito alto, pode ser utilizado o ácido clorídrico para baixá-lo. Porém, se for o contrário, e pH estiver muito baixo, é possível utilizar hidróxido de sódio para aumentá-lo.

Outra técnica que pode ser utilizada é a filtragem biológica. Nesse caso, microrganismos são utilizados para transformar compostos orgânicos da água em ácidos. Assim, é possível aumentar o pH de uma forma mais natural.

O calcário contém, principalmente, carbonato de cálcio. Quando adicionado à água, são formados íons de hidróxido, portanto, é mais uma alternativa que permite aumentar o pH se ele estiver baixo demais.

Estamos trazendo essas dicas porque, principalmente no sistema de cultivo com água doce, existe a tendência de o pH cair em função da decomposição da matéria orgânica. Por isso, não basta saber como baixar o pH do tanque de peixe, é importante lembrar que, muitas vezes, existe a necessidade de fazer com que ele fique mais alto também.

A água, sendo a principal matéria-prima da piscicultura, deve ser mantida com cuidados específicos, a fim de que a criação não seja afetada de forma súbita. Agora que você já compreendeu como ajustar o pH do tanque de peixes, lembre-se de mantê-lo entre 6 e 9. Meça-o diariamente por meio do peagâmetro, kits para piscina ou papéis de tornassol.

Além disso, lembre-se de prestar atenção em todos os fatores que influenciam o pH, como excesso de algas, fitoplâncton e vegetais, a própria acidificação da água, o estresse dos peixes e o excesso de ração. Por isso, anote todas as estratégias sobre como baixar o pH do tanque de peixe, comece já a colocar as boas práticas de aquicultura em dia e expanda a sua produção!

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