No mercado, existem diferentes tipos de biodigestor que podem ser incorporados no dia a dia das fazendas, proporcionando inúmeros benefícios para produção agrícola e agropecuária.
O biodigestor é essencialmente um equipamento usado para agilizar a decomposição de resíduos orgânicos, por meio de um processo chamado, como o nome do aparelho indica, biodigestão. Esse mecanismo consiste na fermentação dessa massa na ausência de oxigênio. Com isso, é possível produzir, por exemplo, biogás e fertilizantes, muito úteis para a produção rural.
Além dessas vantagens, o biodigestor permite que o produtor lide, de forma eficiente e ecologicamente correta, com a questão do descarte de matéria orgânica. Assim, fica, inclusive, em conformidade com a legislação diante da Política Nacional de Resíduos.
Portanto, a biodigestão é considerada uma excelente prática para reciclagem e destinação de resíduos orgânicos. Neste post, você vai conhecer os diferentes tipos de biodigestor, entender como eles funcionam e qual é o mais indicado para sua produção, além de saber quais são as suas vantagens. Acompanhe!
Os 5 tipos de biodigestor
1. Batelada
Este tipo de biodigestor é comumente conhecido por ser não contínuo ou descontínuo, ou seja, fica alguns períodos sem funcionar. Isso quer dizer que ele opera da seguinte forma: é preciso carregá-lo de matéria orgânica de uma só vez, fechar o sistema — impedindo a entrada de oxigênio — e mantê-lo selado por 40 a 60 dias.
Durante esse tempo, a matéria orgânica é consumida, e o biogás produzido. Após o término, pode-se começar um novo ciclo e recarregar o sistema com outros resíduos.
Esse tipo de biodigestor é considerado de fácil manutenção, indicado para locais onde a produção de biomassa não seja contínua. Por exemplo, ele é uma escolha interessante para produções em que o esterco é removido e enviado para reciclagem apenas quando se faz a limpeza.
2. Contínuo
Diferentemente do anterior, esse tipo de biodigestor precisa ser alimentado continuamente, via dutos. O biogás e o fertilizante são retirados por meio de tubulações e canos de saída.
O biodigestor contínuo pode ser instalado de duas maneiras no solo:
– verticalmente – a alimentação acontece por baixo, e o gás sai por cima. Esse tipo de modelo costuma ficar enterrado, o que demanda trabalho e preparação com a escavação e cautela para evitar riscos de contaminação do solo;
– horizontalmente – tanto a saída de gás como a alimentação são feitas pelas laterais. Podem ou não ser instalados de maneira submersa.
Em geral, biodigestores contínuos exigem materiais de fácil decomposição. Preferencialmente, é bom triturar ou diluir o material para evitar que as tubulações fiquem entupidas.
3. Indiano
O diferencial do modelo indiano é a campânula móvel. Essa peça, que é um tipo de redoma, funciona como medidor do gás. Assim, ela gerencia a pressão de dentro do sistema, expandindo quando o biogás produzido está acumulado e não foi usado.
Esse modelo é de fácil construção, no entanto, vale lembrar que sua campânula é de ferro e, por isso, pode acabar corroendo, se usada com muita frequência. Logo, o biodigestor indiano é muito usado por pequenos produtores.
4. Chinês
O tipo chinês é parecido com o indiano, porém são feitas algumas adaptações para ele ser economicamente viável. A campânula de metal não é utilizada, sendo substituída por um teto impermeável, e todo sistema é quase todo feito em alvenaria.
Esse modelo usa a prensa hidráulica como princípio de funcionamento. Com o aumento da pressão dentro do sistema, por conta do biogás, o material orgânico se move da câmara de fermentação para a via de saída. O biodigestor indiano é uma solução mais barata, contudo se deve ter bastante cuidado para que a estrutura de vedação seja eficaz para que o biogás não escape.
5. Canadense
O modelo canadense é um tipo de biodigestor mais moderno. Quase todo sistema pode ser montado com material de PVC. Ele é horizontal e possui uma caixa de entrada em alvenaria, bem larga. Por conta disso, o material fica muito exposto ao calor do sol. Esse aspecto é vantajoso, já que amplifica a produção de biogás e diminui os riscos de entupimento nas tubulações.
Conforme comentamos, o biodigestor canadense usa materiais simples e acessíveis. A campânula metálica no modelo indiano, que, neste caso, é substituída por uma lona de PVC. Por conta disso, é um sistema fácil e barato de fabricar, sendo muito comum e popular em diversas fazendas no Brasil.
As vantagens dos diferentes tipos de biodigestor para a produção
Biodigestores são extremamente vantajosos para a agricultura e para a agropecuária. Os resíduos orgânicos e os excrementos dos animais podem ser separados, reciclados e destinados de forma ecologicamente correta, sem agredir o meio ambiente e contribuir para a poluição.
No mais, o material resultante do processo pode ser reaproveitado na própria produção em forma de fertilizantes. Esses adubos produzidos apresentam menor impacto ambiental e ainda contribuem para redução dos custos, visto que o fazendeiro não precisará recorrer a insumos sintéticos para preparação do solo.
O biogás, o produto final do processo de biodigestão, é uma fonte de energia muito eficaz. Trata-se de um recurso limpo e econômico, que colabora para redução do uso de combustíveis fósseis.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma legislação que propõe organizar a maneira como instituições públicas e privadas lidam com seus resíduos, exigindo mais transparência das ações de gestão do descarte. O intuito é o de preservar a saúde pública e melhorar a qualidade do meio ambiente.
A ideia é responsabilizar todos os setores e incentivar a destinação correta do seu lixo, tanto materiais que podem ser reaproveitados ou reciclados, como itens que não podem ser renovados.
Logo, percebe-se que gerenciar resíduos sólidos é uma prática que veio para ficar e que deve ser incluída no planejamento de todo empreendedor, o que implica investir em um conjunto de ações, como coleta, armazenamento, tratamento, transporte, entre outras.
Por isso, mais do que benéfico, analisar os diferentes tipos de biodigestor é um passo essencial para o crescimento e a modernização da sua produção agrícola e agropecuária. Cada criador precisa avaliar sua estrutura, suas demandas e seus recursos para escolher o modelo ideal e, desse jeito, conseguir implementar o sistema de forma eficiente e tirar o melhor proveito dele.
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