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Conheça os diferentes sistemas de criação de peixes

Modificado em: maio 31, 2023

A vasta extensão territorial e o alto consumo de peixe no país são fatores determinantes para quem deseja começar um negócio de criação de peixes no Brasil, uma atividade comercial muito viável para produtores dos mais variados portes.

Contudo, é muito importante compreender — antes de iniciar o seu planejamento de negócios — que existem diferentes sistemas de criação dentro da piscicultura. Desse modo, estudar sobre os métodos de produção, assim como conhecer as espécies mais rentáveis são aspectos cruciais para quem deseja empreender nesse ramo.

Portanto, preparamos este conteúdo para que você conheça os diferentes sistemas de criação de peixes e saiba como escolher o mais adequado para os seus objetivos comerciais. Continue a leitura do artigo para conferir!

O que é criação de peixes?

A criação de peixes, também conhecida pelo termo piscicultura, é uma das atividades comerciais mais antigas do mundo. Existem registros históricos de que, na China Antiga, já se cultivavam diferentes espécies de peixes em ambientes controlados há pelo menos algumas dezenas de séculos antes de a prática chegar ao Ocidente. No Egito Antigo, o cultivo de tilápia-do-Nilo já acontecia há mais de 2000 anos A.C.

O Brasil, nos dias atuais, é um dos países que mais exerce a atividade comercial de criação de peixes em cativeiros. Foram produzidas mais de 802.930 toneladas, apenas em 2020, registrando um crescimento de cerca de 5,93% — em comparação ao ano anterior —, de acordo informações da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR).

Em grande parte dos casos, a criação de peixes é realizada em propriedades rurais, em fazendas que possuem represas ou açudes. Um dos benefícios da piscicultura está na sua baixa exigência de mão de obra, o que não interfere em outras atividades da fazenda.

Além disso, a criação de peixes é uma fonte de renda sustentável, pois permite que os resíduos e subprodutos sejam reciclados e transformados em proteína animal.

Como a criação de peixes funciona?

O processo de criação ou manejo de peixes envolve uma série processos, práticas e técnicas para cultivo dos animais, que são divididas em diversas etapas, sendo algumas delas: adubação dos viveiros, preparação dos tanques, realização da calagem, alimentação dos animais e despesca.

A adubação é fundamental porque favorece o desenvolvimento do plâncton e do fitoplâncton, dois excelentes alimentos para os animais. Esse processo pode ser feito de maneira química, orgânica e inorgânica, e precisa ser realizado 15 dias após a calagem.

O manejo de peixes conta, ainda, com as etapas de transporte dos alevinos — termo usado para se referir aos peixes recém-saídos do ovo —, povoamento dos viveiros, alimentação dos animais e despesca. A despesca, por sua vez, é o procedimento que visa retirar os peixes dos tanques, depois que estes atingem a maturidade, ou seja, obtêm o peso e o tamanho ideal para serem vendidos.

Já os procedimentos de transporte dos alevinos e acondicionamento também são cruciais. Normalmente, o transporte é realizado por meio de sacos plásticos especiais cheios de ar, mas também é comum que os animais sejam transportados em tanques cobertos por lona ou recipientes feitos de fibra de amianto, em veículos.

Quais são os diferentes sistemas de criação de peixes?

Agora que você já sabe o que é e como funciona a criação de peixes, mostraremos os principais sistemas usados para o cultivo comercial desses animais.

Extensivo

Nesse sistema de criação de peixes, muito praticado em fazendas, os animais são agrupados em diferentes tanques, como represas, lagoas, açudes e outros tipos hidrográficos de pequenas ou grandes dimensões. O objetivo é gerar energia elétrica, irrigação e bebedouros sem o uso de tecnologias.

A desvantagem está no fato de que os produtores não têm controle sobre as espécies predatórias na baixa densidade de estocagem. Porém, contam com mais facilidade no controle de entrada, saída e qualidade da água. Deve-se usar ração balanceada para alimentar os peixes.

Semi-intensivo

No sistema de criação de peixes semi-intensivo, o fator determinante para toda a cadeia de produção é a alimentação dos animais, já que o cultivo é superior (em termos de quantidade de animais). Em outras palavras, é preciso manter a periodicidade e frequência da alimentação controladas.

Os tanques são planejados e utilizam-se tecnologias e técnicas como a fertilização dos viveiros — para obter aumento de alimento natural —, e monitoramento de qualidade de água. A densidade de estocagem é maior, em relação ao cultivo extensivo.

Além disso, esse método permite o policultivo de espécies economicamente viáveis.

Intensivo

O objetivo desse sistema de criação de peixes é obter alta produtividade e, por consequência, necessita de estruturas específicas, maior controle em relação à qualidade da água e maior adoção de equipamentos e tecnologias. Geralmente, torna-se a atividade comercial primária da propriedade rural, visto que exige maior necessidade de dedicação e alto investimento.

Sua vantagem está na alta densidade de estocagem, no policultivo de espécies rentáveis e na qualidade do pescado, que é comercialmente viável.

Superintensivo

Nesse modelo de sistema de criação de peixes, os animais são cultivados em viveiros conhecidos como tanques-rede, nos quais ocorre o fluxo contínuo de água. Os peixes devem receber alimentos balanceados para o seu desenvolvimento e deve-se criar apenas uma espécie, em alta densidade de povoação.

As características mais marcantes nesse formato são os poucos locais de instalação dos tanques, a carência de um rígido controle de qualidade e quantidade de água, de renovação total da água para eliminação de dejetos metabólicos, além da necessidade de construção de tanques de alvenaria

Como escolher a melhor opção?

Em primeiro lugar, é preciso fazer uma consistente pesquisa de mercado, pois hoje, o índice de competitividade no segmento de criação de peixes é muito maior, dada a facilidade de acesso que a transformação digital proporciona ao consumidor moderno.

O objetivo é abranger o perfil de consumo, não apenas do público local em si, mas também de outras regiões do mundo, já que as possibilidades de crescimento do empreendimento são ilimitadas. Sendo assim, mantenha-se a par de aspectos como:

  • tendências de consumo;
  • preços praticados pela concorrência;
  • comportamentos do consumidor;
  • possibilidades de expansão do negócio.

Além desses pontos, pesquise sobre possíveis parcerias com os principais distribuidores e compradores, varejistas e quaisquer possibilidades de relações comerciais sólidas, como peixarias, restaurantes, mercados e pesque-pague.

Qual a importância de fazer parceria com bons fornecedores?

Depois de analisar os fatores citados, você precisa fazer um planejamento em relação às espécies que serão produzidas, quais as quantidades por demanda, quais serão os fornecedores de insumos e quais os concorrentes diretos.

A rentabilidade de cada espécie está relacionada a algumas questões, por exemplo:

  • o índice de aceitação do produto por parte do consumidor que, por consequência, resulta em mais vendas;
  • diferentes técnicas de cultivo;
  • custos e investimentos necessários;
  • capacidade de adaptação dos animais ao ambiente artificial;
  • tipo de alimentação dos peixes.

Como você pôde ver, existem diferentes sistemas de criação de peixes e, para escolher o ideal, é preciso analisar todas as questões e os fatores que impactam diretamente o cotidiano da piscicultura, já que isso reflete no bom desempenho do negócio.

Agora que você já tem um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto, confira também o nosso Guia da piscicultura de sucesso!

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