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Reprodução de peixes: técnicas e dicas para uma boa criação

Modificado em: maio 31, 2023

A piscicultura é um dos setores da aquicultura que realiza diferentes técnicas de reprodução de peixes e outros seres aquáticos. Esse tipo de criação cresceu significativamente nos últimos anos, e é responsável por movimentar uma boa fatia do mercado atualmente.

Nesse segmento, a procriação de peixes é monitorada desde a colocação das ovas até o momento em que os animais estão em condições ideais para o consumo. Para que isso aconteça, são utilizadas ferramentas e substâncias específicas, além do acompanhamento rotineiro. Dessa forma, é possível estimular o crescimento equilibrado e saudável dos animais.

Continue a leitura deste post para conferir dicas e técnicas para promover a reprodução de peixes, entendendo quais são as etapas e o tempo do processo!

Quais são as características da procriação de peixes?

Devido à grande diversidade de peixes e sua ocupação em diferentes tipos de ambientes — como rios, lagos e riachos —, há características reprodutivas específicas para cada espécie. Muitos dos peixes brasileiros de água doce, por exemplo, são de espécies reofílicas, ou seja, que migram anualmente para a procriação.

Os peixes podem apresentar desovas totais ou parceladas. No caso dos peixes nativos migradores, a desova é total, uma vez que a maturação e a liberação dos ovócitos ocorre em determinado período do ano e de uma só vez. Os ovócitos são liberados pelas fêmeas ao mesmo tempo em que os machos liberam os espermatozoides — momento em que ocorre a fecundação no meio aquático.

O desenvolvimento embrionário ocorre a partir dos nutrientes presentes no saco vitelínico, que consiste em uma bolsa ligada ao embrião que armazena os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento e o da larva. Os ovos podem ser livres ou pelágicos, demersais e adesivos.

A larva de peixe eclode do ovo sem que o embrião tenha completado a formação dos órgãos, tecidos e pigmentação. A formação completa só ocorre nos primeiros dias após a eclosão, quando são formados os olhos, a boca, as brânquias e outros órgãos.

Quando a larva absorve o saco vitelínico e começa a se alimentar de forma natural, ela passa para a fase pós-larva, quando adquire o padrão da espécie adulta, chamando-se alevino ou juvenil.

A reprodução dos peixes se diferencia de outros tipos de criação, como a oviparidade. Os animais ovíparos são aqueles em que o embrião cresce em um ovo, que fica em um ambiente externo. Esse método de reprodução inclui outros animais, como os répteis, anfíbios e grande parte dos insetos, moluscos, aracnídeos e aves.

Quais são as principais técnicas de reprodução de peixes?

Para possibilitar a reprodução dos peixes na piscicultura, são adotados alguns métodos de indução hormonal, que consistem na injeção de hormônios específicos, que levam à maturação final dos ovócitos e a sua liberação em condições controladas. Tais hormônios são encontrados na hipófise dos peixes, mas podem ser utilizados hormônios artificiais.

Basicamente, a reprodução artificial consiste em um melhor controle da fecundação e no acompanhamento dos processos de incubação e produção de larvas e alevinos. Com isso, o produtor pode ter maiores índices na produção e taxas de sobrevivência de peixes mais elevadas.

Veja, a seguir, mais características sobre cada uma das técnicas utilizadas para a reprodução de peixes.

Reprodução natural

Essa prática envolve a aquisição de ovos fertilizados do meio natural ou diretamente dos tanques de cultivo, onde ficam armazenadas as matrizes. São necessários alguns cuidados, principalmente com os ovos fertilizados e com o emprego de técnicas que reproduzam, em cativeiros, as particularidades do habitat de cada espécie.

Uma das técnicas mais comuns aplicadas nesse tipo de reprodução é a distribuição estratégica de ninhos artificiais para a coleta de ovos fertilizados. Os ovos coletados seguem para uma incubadora em condições controladas, onde as larvas serão cultivadas até atingirem o estágio de alevino.

Outra técnica utilizada para a reprodução de peixes é o kakaban, um emaranhado de nylon que imita as raízes das plantas aquáticas. O principal objetivo do instrumento é facilitar a adesão da desova. Ambos os métodos podem ser combinados e relacionados a novas tecnologias, a depender das condições ambientais.

Reprodução induzida

A reprodução induzida é a técnica que reproduz os animais em cativeiro por meio de estímulo hormonal. Existem alguns fatores que podem ser determinantes para o sucesso da procriação, como a existência do dimorfismo sexual, o tamanho ou a idade dos animais, o período e o tipo de desova.

Na reprodução induzida, a desova é obtida por meio da administração de hormônios como o gonadotrófico humano (HCG) e pituitários, oriundos da hipófise de peixes. Recentes tecnologias trazem outros animais como doadores de hipófises, como frangos, rãs e algumas espécies de mamíferos.

Uma grande vantagem desse método é que o produtor não precisa de instalações ou instrumentos muito sofisticados. É importante se atentar aos fatores abióticos que podem influenciar significativamente na sobrevivência dos peixes, principalmente nas primeiras etapas do desenvolvimento.

Antes de tudo, vale a pena avaliar a qualidade e a quantidade de água, o solo, a topografia do terreno e os fatores climáticos. A piscicultura é uma atividade que pode ser feita em diferentes locais, como mar, represas, lagos artificiais, tanques, viveiros, entre outros.

No início, a alimentação deve ser feita de 3 a 5 vezes por dia, e após 6 meses, os animais podem começar o processo de engorda. No caso da reprodução, é necessário separar os casais de cada espécie, mantendo-os juntos por um período que varia de 15 a 30 dias. As ovas, da mesma forma, dever ser alocadas em outro tanque rapidamente, até completarem um mês de vida.

É essencial dar preferência a espécies que atendam bem ao mercado consumidor. Os peixes mais indicados para a criação são pacus, tilápias, carpas, curimbatás, dourados, lambaris, piracanjubas, entre outros.

Para ter sucesso em um empreendimento de reprodução de peixes, é fundamental definir quais serão as espécies criadas e as técnicas de procriação mais adequadas e sadias para os animais. Lembre-se que a qualidade da infraestrutura, a alimentação e outros cuidados são imprescindíveis para ter bons resultados na aquicultura.

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