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Guia completo de como planejar rotas

Modificado em: junho 12, 2024

A estrada é uma forte aliada dos motoristas, mas também pode se tornar uma terrível e silenciosa inimiga. São muitos os fatores que fazem de uma viagem um grande perigo, colocando a vida do condutor em risco e expondo a carga transportada a situações extremas.

Buracos, má sinalização, ausência de lugares para paradas, iluminação precária e até o clima são adversidades que podem ser evitadas com estratégia e conhecimento. Por isso, planejar rotas é uma ação primordial antes de pegar o asfalto.

Um dos fatores mais preocupantes e que exigem uma atenção maior na hora de traçar o caminho é o roubo de cargas, que vem crescendo a cada ano no Brasil. Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), houve um aumento de 42% desse tipo de crime entre 2014 e 2017.

Os roubos nesse período se concentraram principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, com uma ocorrência de 81% do total. Só em 2017, foram 25.970 casos em território brasileiro, um prejuízo de R$ 1,57 bilhão.

O assessor de segurança da NTC, Paulo Roberto de Souza, explica que existem cargas que são mais visadas pelos bandidos, como alimentos, bebidas, eletrônicos, farmacêuticos, têxteis, químicos e peças de veículos. A falta de segurança é um fator determinante para que o caminhoneiro e o empresário pensem ainda mais sobre as estradas por onde vão passar.

Este guia ajudará você a montar um bom planejamento de rotas, evitando os caminhos tortuosos atrás do volante de um caminhão ou de uma frota inteira. É uma estratégia inteligente e perspicaz que vai, ainda, preservar combustível e evitar danos na carga, assaltos e também riscos à integridade física dos motoristas, o que é o mais importante. Tudo para que você e sua equipe rodem tranquilos e cheguem inteiros aos seus destinos.

Benefícios de planejar rotas

Pense em dois pontos essenciais na hora de trabalhar: segurança e recursos financeiros. O planejamento de rotas serve principalmente para que esses dois pilares do trabalho sejam preservados. Prever quais estradas garantirão uma viagem mais segura e ainda qual caminho será mais econômico não é apenas uma medida inteligente em logística, é também uma atitude necessária e fundamental para o sucesso no calendário de entregas e para a satisfação do cliente.

Outro ponto essencial, a economia de recursos financeiros é estratégica para o maior lucro da empresa. Ao planejar uma rota, você vai economizar combustível com caminhos mais eficientes, por exemplo.

Entretanto, quando falamos em caminhos eficientes, nem sempre estamos falando em rotas mais curtas. Estradas com curvas demais exigem um maior consumo de combustível, por exemplo. Portanto, pegar caminhos um pouco mais longos, mas com uma presença elevada de retas e poucas subidas, será mais eficiente e econômico.

Quando temos a questão de cargas fracionadas com vários fretes em um mesmo caminhão, a roteirização é a única forma de se conseguir entregar todas as mercadorias em um tempo menor e com maior economia de combustível.

Além disso, entregar as encomendas no tempo certo e até mesmo antes do previsto é algo que pode trazer ainda mais clientes para sua empresa, pois a felicidade do cliente é sinal de sucesso do empreendimento.

Também podemos destacar os problemas que ocorrem ao passarmos por estradas com muitos buracos, iluminação precária e poucos pontos de parada. Esses entraves estruturais contribuem para um maior índice de roubos, avarias no veículo e chances de acidentes. Tudo o que você não precisa durante uma viagem.

Aqui, entra a felicidade do motorista. Rotas mais tranquilas, com menos trânsito e menos perigos são motivo de satisfação para o trabalhador ao volante. E isso também é sinal de sucesso do empreendimento.

O fator segurança também engloba esses percalços mencionados acima. Roubo de carga, na maioria das vezes, é acompanhado por violência dos assaltantes. Os acidentes podem ser fatais, e as avarias em veículos por conta de buracos na estrada podem levar a acidentes graves. Está tudo interligado. Uma coisa pode levar à outra, e o planejamento de rotas pode minimizar esses riscos.

Como planejar rotas de maneira eficaz

As rotas devem ser pensadas prioritariamente como forma de otimização dos procedimentos de logística da empresa e como meio mais direto de prestar um bom serviço aos clientes. Por isso, elencamos abaixo alguns itens que são imprescindíveis para um planejamento eficiente e satisfatório para as duas pontas envolvidas na venda de um produto: o vendedor e o comprador.

Planejamento de rotas com tecnologia

Existe uma ampla gama de aplicativos e sistemas eletrônicos disponíveis online para o planejamento de rotas. A maioria deles é de produtos pagos que valem muito o investimento, como o Portatour, o Rota Exata, o Cobli e o Rout Easy.

São os roteirizadores capazes de fazer o planejamento total de todas as rotas de uma frota de veículos automaticamente, deixando-as sempre atualizadas e constantemente monitoradas em tempo real. O empresário somente terá o trabalho de incluir os dados de sua frota e sua empresa nos aplicativos. Um investimento que garantirá uma dor de cabeça a menos para você.

Mas se você prefere não apostar em sistemas prontos ou tem como investir em um departamento voltado para a logística de sua empresa, antes de tudo, deve pensar no rastreio de toda a frota de veículos que possui. Todos os veículos devem ter rastreadores, que enviarão um sinal para uma base de dados.

Esse ponto é fundamental para que não haja extravio de mercadorias, para verificar se o veículo está na rota correta, se há algum imprevisto pelo caminho e também avaliar o desempenho do motorista. Essa ferramenta é muito útil, ainda, para fazer a comparação entre as rotas, permitindo escolher a melhor opção. O cliente também poderá conferir onde está a sua encomenda em tempo real.

Um sistema de comunicação eficiente com os motoristas é outro fator relevante para que haja uma constante troca de informações entre a base da empresa e o condutor fretista. Isso pode ocorrer por meio de telefones celulares ou por sistemas de comunicação por rádio, que são mais seguros, pois não dependem dos sinais de operadoras de telefonia para funcionarem.

Navegadores por GPS são essenciais para os condutores não se perderem nas estradas por traçados desconhecidos. Há várias opções de aplicativos que fornecem esse serviço gratuitamente em smartphones e celulares, e há também modelos de aparelhos pagos que servem somente para esse fim — mas que, com a introdução dos aplicativos online, tornaram-se obsoletos, como os modelos da Tomtom e da Garmin, os mais populares na época em que não havia GPS em celulares.

Entre os aplicativos atuais, o Waze é um dos mais utilizados. Ele funciona com a colaboração de usuários cadastrados no sistema, mostrando em tempo real se há algum tipo de imprevisto na rota e como o trânsito está fluindo naquele momento naquela via. O lado negativo é que ele consome a rede móvel de dados, ou seja, é necessário investir também em uma boa internet móvel para o smartphone.

O Google Maps é uma outra boa opção. Assim como o Waze, ele também roda online, utilizando conexão móvel, mas o ponto positivo desse aplicativo é que o usuário pode baixar os mapas quando estiver conectado em uma rede wi-fi e depois utilizá-los off-line, sem precisar de dados móveis, porém sem as informações em tempo real de trânsito.

O Maps não emite avisos de acidentes ou presença da polícia nas rodovias, recursos que fazem do Waze um aplicativo mais completo.

Atenção aos pedágios para calcular a rota

Atualmente, os pedágios são uma grande parte das despesas em uma estrada mais longa. Ao planejar rotas, tenha na ponta do lápis os custos relativos a essas tarifas, para verificar se vale a pena passar por uma via cheia delas ou se, no caso, não seria melhor pegar a estrada alternativa sem ter esses gastos a mais.

Apesar de acharmos que os preços no Brasil são astronômicos e, muitas vezes, abusivos, aqui temos valores de pedágio abaixo da média mundial, por mais incrível que isso possa parecer. Segundo reportagem da revista Exame, um estudo feito em 2016 pelo coordenador de Infraestrutura Econômica do Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA), Carlos Campos, mostrou que, aqui no Brasil, pagava-se uma média de R$ 8,77 a cada 100 km rodados pelas estradas com concessão rodoviária nas mãos da iniciativa privada.

A mesma matéria trouxe dados do Banco Mundial que mostravam o preço médio em outros lugares do planeta. Lá fora, a média era de R$ 9,35 naquele período, quando rodados os mesmos 100 km. Conforme Campos, essa diferença ocorre porque, no Brasil, os governos entregam as estradas já prontas para a iniciativa privada, que tem apenas o trabalho de realizar alguns reparos e a manutenção das mesmas. No exterior, quem consegue uma concessão também tem que arcar com a construção das vias, o que encarece as tarifas de pedágio.

Ainda que essa média brasileira não fosse extremamente elevada em 2016, vamos destacar aqui os 8 maiores preços praticados até outubro de 2018, para ajudar no seu planejamento de rotas. A maioria das praças está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. O preço atual deve ter sofrido pouca variação:

  1. o pedágio da Rodovia Anchieta, em Riacho Grande (SP), é controlado pela Ecovias e era uma das duas praças mais caras do Brasil. Tinha preços de R$ 25,20 para veículos utilitários e R$ 126,00 para carretas;
  2. a outra mais cara do país na época é a localizada na Rodovia dos Imigrantes, em Piratininga (SP), que tem como concessionária a Econorte, com tarifas idênticas às anteriores;
  3. o pedágio que fica em Jataizinho (PR), na Rodovia dos Cereais, aparecia em terceiro lugar e é controlado pela Econorte, com preços de R$ 18,60 para automóveis e de R$ 75,50 para caminhões de cinco eixos;
  4. em quarto lugar, estava a praça localizada em Latino Mello (RJ), na Rodovia Ary Schiavo. Com controle da concessionária ViaLagos, as tarifas eram de R$ 18,30 para veículos utilitários e de R$ 91,50 para caminhões de cinco eixos;
  5. a praça de São José dos Pinhais (PR), da Rodovia Grande Estrada, é controlada pela Ecovias. Esse pedágio aplicava tarifas de R$ 18,00 para utilitários e R$ 75,50 para as carretas;
  6. o ponto de pedágio localizado em Jacarezinho (PR), pertencente à Rodovia dos Cereais, é controlado pela Econorte. Os utilitários pagavam R$ 17,10, e um caminhão de cinco eixos, R$ 75,50;
  7. na Rodovia Celso Garcia, em Sertaneja (PR), fica um pedágio da concessionária Econorte, com valores de R$ 16,00 para um utilitário comum e de R$ 75,50 para um caminhão de 5 eixos;
  8. na Rodovia Washington Luís, em Araraquara (SP), a concessionária AB Triângulo do Sol cobrava tarifas de R$ 15,50 para veículos de passeio e de R$ 77,50 para carretas de cinco eixos.

Cálculo do combustível

Um dos maiores vilões em termos de despesas de uma frota de caminhões é o combustível. Para economizar nisso, algumas ações são necessárias durante a condução. É preferível sempre rodar com a rotação do motor na faixa indicada pelo fabricante, calibrar os pneus regularmente e verificar se a pressão é adequada para a carga transportada. Nunca ultrapasse a capacidade de carga, respeite a velocidade máxima e use o freio motor. A manutenção de caminhões é importantíssima para manter o consumo em um limite econômico.

Dentro do planejamento de rotas, procure evitar estradas muito sinuosas, com muitos aclives e com manutenção precária. Controle também onde serão feitas as paradas durante a viagem. Quanto mais o caminhão rodar em uma velocidade constante, menor será o gasto.

Para verificar o consumo, não é preciso ser um gênio da matemática. O método mais simples para cálculo do gasto com o diesel é encher o tanque do veículo e zerar o hodômetro parcial. Rode muito até o próximo reabastecimento. Gaste pelo menos metade do tanque. Complete novamente.

Então, é só conferir o quanto de combustível entrou no tanque, que estará marcado na bomba, e dividir o valor pela quantidade de quilômetros rodados nesse intervalo. Você chegará à média de km/litro. Por exemplo, se o veículo andou 500 quilômetros e, ao abastecer, você colocou mais 20 litros para encher o tanque, teremos uma média de 25 km por litro (500 divididos por 20).

Alguns veículos já vêm de fábrica com indicadores de consumo e autonomia no painel ou no computador de bordo. Para esse controle, você também pode usar a tecnologia de aplicativos. A seguir, listamos 4 ferramentas para instalar em smartphones ou celulares à disposição de qualquer motorista na internet:

1. Carango

O Carango é gratuito, mas tem uma versão paga, com mais opções. Disponível para Android, pode ser baixado pelo Google Play. Ele é completo para quem quer controlar gastos de combustível, com a ajuda de gráficos e histórico de abastecimentos. O mais legal para empresas é que é possível cadastrar mais de um veículo e ter nas mãos todas as despesas relativas à frota, como troca de óleo e manutenção de caminhões. A versão mais profissional, o Carango Pro, custa R$ 5,57.

2. Carrorama

O aplicativo Carrorama é um dos mais completos e inteiramente gratuito. Com ele, você pode listar despesas com tudo relativo ao veículo: tarifas de pedágio, combustível, estacionamentos e impostos. E tudo isso pode ser exportado para Excel em planilhas. Você pode, ainda, criar diversos perfis na ferramenta e gravar lembretes para manutenção do veículo e calibragem de pneus.

3. Fuelio

O Fuelio é excelente para controle de gastos com combustível. Ele está disponível no Google Play nas versões gratuita e paga (R$ 3,75), que traz opções mais amplas, como a criação de gráficos e planilhas comparativas e outros recursos de controle de gastos.

4. Auto Care

Para empresas que possuem frotas de veículos, o Auto Care é uma excelente opção. Nele, você pode cadastrar diversos caminhões ou automóveis. É uma ferramenta com possibilidade de visualização dos gastos de cada automóvel cadastrado.

Você ainda pode planejar as manutenções periódicas da frota e programar as trocas de peças desgastadas por meio da quilometragem. Tem versão gratuita e paga, disponível por R$ 4,99 para iOS. A segunda opção permite acesso a ferramentas, como gráficos, armazenamento em Dropbox e arquivos em PDF.

Como ter mais segurança na estrada com essas rotas

Como vimos, o fator da segurança anda lado a lado com a questão dos recursos financeiros. Planejar rotas contribui em muito para a integridade física dos motoristas e, consequentemente, para uma satisfação maior com o trabalho. Pegar as melhores estradas e evitar caminhos pouco trafegados pode ser a diferença para o condutor chegar ao seu destino a salvo.

Condição da via

Um ponto importante é a condição das estradas. Aquelas que não têm controle de concessionárias privadas tendem a receber uma manutenção mais precária. É uma realidade do nosso país, em todos os estados e regiões.

Ao traçar os caminhos que a sua frota ou você vai percorrer, avalie muito bem quais as vias mais conservadas. Buracos podem ser um grande problema e são uma das maiores causas de acidentes nas rodovias brasileiras. Além disso, o caminhão pode sofrer graves danos em asfalto irregular e também precisar de uma manutenção mais constante. A má sinalização pode, ainda, ser um agravante e levar a acidentes fatais.

Trânsito

As condições adversas de trânsito também são uma grande preocupação. Se puder, evite engarrafamentos. Quanto maior a retenção do tráfego de veículos, pior é a paciência dos motoristas e maiores são as chances de acidentes por imprudência ou negligência.

Tenha atenção redobrada nessas situações e procure ficar calmo ao volante. Estude bem quais são as rodovias mais movimentadas e, se não puder evitá-las, planeje rodar por elas nos horários de menor movimento.

Conforme um estudo feito em 2018 pelo Ministério dos Transportes sobre segurança nas rodovias federais, mais de 50% dos acidentes acontecem por falha humana. A falta de atenção dos condutores muitas vezes é maximizada por problemas de infraestrutura rodoviária, e a escolha de rotas em melhores condições de rodagem pode amenizar essa questão.

Trechos e paradas perigosos

Planejar as paradas que serão feitas também é algo que torna uma viagem mais segura. Locais que têm pouco movimento e iluminação precária são alvos fáceis de criminosos.

Um exemplo desse perigo fica no estado de São Paulo, em Rio Claro. A estrada de Horto Camaquã foi o exemplo citado em uma reportagem do portal G1, em 2018, quando registrou uma onda de assaltos. A via de terra batida, com matagal para todos os lados, é usada como desvio de rota para quem não quer pagar o pedágio na rodovia Washington Luís (SP-191), cujo pedágio custava, na época da matéria, R$ 8,40.

Clima

O clima também contribui para o caminhão chegar ao seu destino em segurança. No planejamento de rotas, é importante levar isso em conta. As chuvas intensas podem atrasar o andamento do trabalho com alagamentos, deslizamentos de terra e um aumento dos acidentes na pista, seja por falta de visibilidade, seja pela menor aderência do asfalto.

Este guia serve como base para que você pense melhor nas estratégias para roteirizar os seus caminhos pelas estradas de todo o Brasil. Os perigos são evidentes, mas essas medidas ajudam bastante para que você vença as adversidades na hora de rodar pelas rodovias federais e estaduais.

A força dessas ações gerará um retorno gigantesco para o seu negócio, com incremento de lucro, aumento no número de clientes e melhoria do ambiente de trabalho tanto em um escritório quanto na boleia de um caminhão.

Montar um calendário de entregas sem que haja uma estratégia de roteirização eficiente pode ser o maior desastre. Nenhum cliente fica satisfeito com atraso para receber suas encomendas. Seja você um empresário ou um motorista autônomo, é fundamental sempre planejar rotas — também para que o seu lucro seja maximizado, e seus riscos nas estradas, minimizados.

Ser responsável e ter cuidado com a mercadoria e com o ser humano são fatores que fazem toda a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa.

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