A criação de peixes nunca foi tão alta no Brasil. Somente em 2018, houve um crescimento de 4,5% na produção, devido ao grande consumo, de acordo com o Anuário Brasileiro da Piscicultura. Tal fator se explica, além da qualidade do alimento, pelo incentivo do Congresso em aumentar a demanda.
O país é um dos maiores produtores de peixe em cativeiro, principalmente devido à costa litorânea, onde é possível fazer a criação. No entanto, por querer estimular a demanda entre os brasileiros, o governo apoia a produção em tanques, pois movimenta grandes cifras no mercado em geral.
Um dos principais tipos de pescado é a truta, por ter baixo teor de gordura e qualidade no sabor. Desse modo, é muito importante entender a respeito da criação de trutas em tanques.
Separamos tudo o que você deve saber sobre a criação de trutas em tanques, neste artigo. Para não perder nenhum detalhe, continue a leitura!
Como é feita a criação de trutas?
A piscicultura é bastante procurada no Brasil e tem grande produção, principalmente no Sudeste, que ocupa uma média de 57.074 estabelecimentos que realizam tal prática. Por sua larga costa, o país todo produz bastante. No entanto, vemos grande destaque na criação em tanques (redes ou comuns) para sanar a demanda.
A truta pode ser comercializada tanto em supermercados quanto diretamente para peixarias ou hotéis, mostrando grande potencial de vendas. Para isso, é necessário atenção na hora de criá-las, pois elas precisam de águas cristalinas e sem aditivos químicos.
O motivo é a maior produtividade e a redução da taxa de mortalidade da espécie, além de conservar suas características de qualidade. Desse modo, é importante que haja bastante água e que ela seja medida com frequência, a fim de entender o pH, a temperatura, o oxigênio, a vazão etc.
Quando nos referimos à alimentação, é importante frisar que o custo não deve ser barateado, pois a qualidade do peixe está diretamente ligada a ela. A criação de trutas tem uma metodologia bastante específica, pois o produtor deve prestar atenção à idade, ao período de alimentação, ao tipo de ração e ao balanceamento que deve ser realizado.
Quais os diferenciais de trutas em tanques?
As trutas são peixes que necessitam de cuidados diferenciados na hora de sua criação. Veja quais são os pontos que merecem destaque, a partir de agora.
Água
A temperatura da água deve estar entre 15ºC e 17ºC, sendo o limite de 0ºC a 25ºC. Já o teor de oxigênio dissolvido (OD) é de, no mínimo, 5,5 mg/l, pois abaixo desse valor a espécie terá dificuldades para extrair o oxigênio.
Já o pH deve ser neutro, ou seja, 7, e sua vazão deve ser de 1 litro de água por minuto para cada quilograma de peixe.
Tanques
O número e o tamanho dos tanques deve ser definido de acordo com cada fase do cultivo. No entanto, a fim de possibilitar uma maior vazão e maior sedimentação, é importante a construção de uma barragem e de canaletas para fazer melhor utilização da água.
O melhor tipo de tanque é o circular, com escoamento em seu centro, pois facilita a limpeza e impede que haja espaços sem água. Existe, também, a opção de tanques retangulares, em que a altura da água deve ser de aproximadamente um metro.
É importante saber que, independentemente do formato do tanque, é necessário estar atento à renovação completa do volume da água a cada hora. Assim, o abastecimento e o escoamento devem ser independentes para cada tanque utilizado.
Reprodução
A reprodução, quando realizada em tanques, não é feita de forma natural e, por isso, é necessário que o piscicultor interfira para que ela aconteça. O peixe chega em sua maturidade sexual aos dois anos, com um peso mínimo de 500g (ou seja, quando estão em condições favoráveis para seu desenvolvimento).
Assim, para realizar a inseminação artificial, é importante recolher os óvulos da fêmea (para cada quilograma, é possível obter de 1500 a 2000 óvulos) e o sêmen do macho, que é feita por meio de uma compressão no abdômen do animal.
Após isso, é necessário um período de incubação e alevinagem, em que são requisitados os seguintes recursos: água, manutenção e cuidados corretos.
Alimentação
É importante saber bastante sobre a alimentação, pois, dependendo do tamanho, é necessário realizar o reajuste da ração. Para peixes menores, ela deve ser realizada em pequenos intervalos.
O alimento deve ser específico para trutas e pode ser encontrado facilmente no mercado. Cada fase de cultivo deve ter um balanceamento nutricional e granulagem, que varia de acordo com o tamanho dos peixes. Ademais, a quantidade de alimento deve ser calculada de acordo com o percentual do peso vivo (PV), podendo variar de 1% a 10% do PV.
Para que a truta seja comercializada, é necessário chegar a um peso de, no mínimo, 250g a 300g. Obviamente, o tempo para se chegar a tal gramagem ocorre de acordo com a produção. No entanto, a média é de 10 a 18 meses de cultivo.
Oxigênio
É muito importante lembrar que peixes pequenos têm metabolismo mais acelerado e, consequentemente, demandam mais oxigênio. Por isso, preste atenção ao consumo de oxigênio para tamanhos de trutas diferentes!
Para tanto, o piscicultor deve saber a quantidade de litros por minuto da vazão da água e a quantidade de oxigênio disponível. O recomendado é 5,5mg/l, pelo menos.
Viu como é importante saber mais a respeito da criação de trutas em tanques? A piscicultura tem grande potencial presente e futuro no mercado. Desse modo, a produção em tanques ganha destaque por ajudar a suprir a demanda brasileira, que vem crescendo a cada ano.
Portanto, se você quer se destacar nessa área, não deixe de anotar todas as nossas dicas e escolher um bom tanque para garantir os melhores resultados de seus esforços.
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