Líderes de equipe do grande campo da piscicultura devem estar atentos ao manejo adequado para cada espécie de peixe. No início da produção, é normal ficarmos em dúvida sobre qual variedade será mais lucrativa. Mas nada que um bom entendimento sobre a criação de salmão não possa resolver.
Você, que deseja produzir mais e conseguir alavancar o seu próprio cultivo, precisa estar atualizado com o que acontece na indústria. Por esse motivo, preparamos uma espécie de guia da criação de salmão para quem deseja saber mais sobre as particularidades e cuidados dessa, que é praticamente uma arte de cultivar peixes.
Não perca nosso conteúdo e torne-se especialista no assunto!
Aprenda mais sobre a criação de salmão
Sabia que, além de economicamente vantajosa, a criação de salmão é muito antiga? Acredita-se que começou há cerca de 11.500 anos, na América do Norte, por homens primitivos que viviam em cavernas.
Na realidade, toda a família dos salmonídeos foi fundamental para o desenvolvimento dos povos que habitavam terras geladas, como os vikings e os esquimós. Apesar da sua origem natural estar conectada ao Hemisfério Norte, à beira do Ártico, seu cultivo, atualmente, remonta ao litoral chileno, que está abaixo da latitude de 0º.
O Chile e a Noruega, na realidade, são países de águas geladas e cristalinas, ambos com baixa densidade demográfica, sendo esse o principal motivo para que a indústria do salmão esteja localizada nesses lugares.
Detalhes sobre a criação
Os salmonídeos gostam de água gelada, passando parte da vida em rios e lagoas para, depois, irem para o mar. O ciclo de reprodução desse animal começa quando as fêmeas depositam seus ovos entre as rochas do rio para que, quando os filhotes estiverem maiores, possam migrar para o oceano.
Após completar uma idade adulta, o salmão é capaz de nadar contra a correnteza, por entre obstáculos, para retornar à água doce e reproduzir.
A criação desse tipo de peixe em cativeiro exige bastante cuidado por parte do piscicultor para evitar pragas e aumentos repentinos de preço. Diversas fazendas que tentaram abrir caminho no mercado por meio desse animal acabaram ficando insustentáveis.
Além do fator econômico, criações intensivas têm riscos de contaminação e de doenças. Entre elas, os piolhos do mar, a doença ameboide e a infecção das guelras.
Conheça as etapas da criação de salmão
Interessado no processo de criação de salmão, mas ainda não sabe por onde começar? Confira o conteúdo completo que preparamos sobre cada procedimento!
Eclosão dos ovos
O primeiro evento a que você deve ficar atento é quando os embriões conseguem escapar dos ovos. Os pequenos peixes, conhecidos como alevinos, nadam carregando uma estrutura corporal chamada de sacos vitelínicos, que protege e nutre os filhotes. Procurar manter o controle da sua produção por meio de aplicativos digitais, nessa hora, é uma ótima ideia.
Alevinagem
Tenha bastante cuidado nessa etapa, pois trata-se da primeira parte em uma encubadora. A duração aproximada dessa fase é de um mês, quando acontece a absorção do saco vitelínico.
Terminado esse processo, os alevinos podem nadar livremente, agora como salmões jovens, para alimentar-se na própria encubadora ou mesmo em tanques de primeira linha. Esse é o momento em que o animal mais cresce devido às suas próprias necessidades de alimentação.
Caso você ainda não saiba, a dieta do salmão é composta de 50% de proteínas, 5% de gordura e 15% de carboidratos, fora minerais e vitaminas.
Vacinação
É necessário realizar a vacinação dos peixes na faixa dos 12 a 14 meses de idade para que haja a prevenção das principais doenças que afetam o salmão: a Necrose Pancreática Infecciosa, a Septicemia Rickettsial Salmonídea e a Anemia Infecciosa. Durante esse procedimento, primeiramente, os salmões são inseridos em um tanque com analgésico para que possam ser manuseados um por um.
Descarte
A etapa do descarte consiste em filtrar as amostras que estão doentes ou que não atendem mais ao processo produtivo para serem retiradas da produção e jogadas fora. É uma fase importante a que você deve ter atenção.
Manutenção da temperatura e oxigênio
Ressaltamos, inicialmente, que o salmão é uma espécie natural de água fria. Para tanto, você deve conservar a temperatura ambiente do animal em torno de 0ºC e 18ºC. Além dessa característica, esse tipo de peixe também necessita de muito oxigênio.
Por esse motivo, devem existir sensores para aferir esses dois fatores, de maneira a alertar quando estiverem desequilibrados.
Smoltificação
É quando o animal é transferido para grandes tanques redondos, onde, com o tempo, eles se tornam mais hidrodinâmicos ou com formato próprio para nadar e começam a se comportar feito cardume. Essa etapa tem um momento certo para acontecer, que é previsto para a primeira primavera do próximo ano referente ao qual eles se alimentaram a primeira vez.
Sendo assim, os criadores devem fornecer aos seus peixes uma simulação da passagens de estações, aplicando maior ou menor incidência de luz nos tanques. No momento em que as criaturas atingem o tamanho perfeito para nadar pelas águas do mar, passam a ser chamadas de “smolt”.
Transporte ao mar
Grandes o suficiente e aptos para aguentar o oceano, os salmões são transferidos dos tanques de água doce para gaiolas flutuantes, por meio de caminhões ou até mesmo de helicóptero. Essa grade de cultivo é uma estrutura capaz de aguentar as intempéries, como fortes ventos e os ritmo das marés, protegendo-os também contra predadores.
Engorda
Após serem enviados para as gaiolas flutuantes, os animais passam por uma alimentação bem regrada e controlada para garantir a engorda. Durante os primeiros meses na água salgada, existe o cuidado de se realizar a alimentação dos peixes manualmente, pois eles ainda não estão acostumados, completamente, a reagir como um cardume.
Peixes adultos
É recomendado que os salmões permaneçam nos tanques por 12 a 18 meses até atingir, em média, 4,5 quilos. A parte final da coleta fica por conta do levantamento das redes da gaiola e a separação, por tamanho, dos animais. Essa etapa dura aproximadamente de 6 a 7 horas por tanque.
A criação de salmão em cativeiro exige bastante cuidado por parte do piscicultor para evitar pragas e aumentos repentinos de preço. Além do fator econômico, criações intensivas têm riscos de contaminação e de doenças. Quando for começar a sua criação, não se esqueça de observar as regulações ambientais referentes ao seu negócio!
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