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Entenda melhor os efeitos do coronavírus na construção civil

Modificado em: junho 13, 2024

A atual pandemia do coronavírus pegou o mundo de surpresa. As mudanças nos hábitos e a adaptação de nossas rotinas, ainda que seja cedo para prever, já são inevitáveis. Entre tantos setores afetados, os efeitos na construção civil parecem ser uns dos mais visíveis e a corrida por uma restruturação, ou até mesmo, uma “reinvenção” dessa área pode ser o processo de uma nova era para os profissionais e empresas dessa atuação.

Porém, quais são as expectativas desse mercado diante da pandemia do COVID-19, o que pode ser feito para conter o avanço, sem prejudicar tanto o setor e quais as principais alternativas que as companhias têm para se manterem operando atualmente?

Todas essas dúvidas e informações, nós vamos abordar ao longo deste texto. Por isso mesmo, gostaríamos de reservar alguns poucos minutos de sua atenção para essa importante leitura. Podemos começar?

A construção civil está operando normalmente na pandemia?

Em tempos de crise, fica difícil enumerar quais os setores estão conseguindo operar de forma 100%, sem sofrer alguma consequência da atual pandemia do coronavírus. O setor de construção civil, em especial, é um dos mais afetados. Levantamentos recentes apontam que quase 80% dos consumidores estão buscando apenas produtos essenciais nesse período.

Isso tem impactado, por exemplo, no aumento dos prazos de entregas, na rescisão de contratos, na paralisação de obras, impactos trabalhistas e na diminuição de novas vendas. Uma crise sem precedentes, que ainda não sabemos os efeitos futuros, tem demandado estratégias e a busca por soluções alternativas por parte dos engenheiros, mestres, empresas e gestores.

Quais as soluções previstas para minimizar efeitos do coronavírus na construção civil?

A verdade é que não há uma “receita pronta” como solução eficaz para a crise em diversos setores, o que evidentemente inclui a construção civil. O que há de concreto até o momento para aliviar os impactos da pandemia no setor é o anúncio de um plano emergencial do governo para o enfrentamento da situação, até que novas decisões e estratégias possam ser tomadas.

Porém, e os projetos em andamento e as demandas em atividades? Como as empresas e gestores têm atuado para conseguir entregar os pedidos e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de suas equipes e qualidade dos serviços? É justamente isso, que destacaremos ao longo dos próximos tópicos. Confira!

Cuidados e prevenção

Indiscutivelmente, enquanto ainda não surge uma solução definitiva para combate à COVID-19, a informação e a prevenção são nossas principais armas. E isso precisa estar claro também dentro de qualquer setor da economia. Portanto, na construção civil não é diferente e, inclusive, precisa ainda mais atenção.

Para isso, é imprescindível um trabalho de conscientização entre todos os envolvidos em um projeto de obra, assim como na adaptação dos espaços de circulação.

Entre algumas ações importantes que podem ser levadas em consideração, destacam-se:

  • a instalação de placas e avisos de boas práticas;
  • a instalação de compartimentos de álcool em gel, em especial, nas dependências de maior circulação de pessoas, como portas, corredores e escritórios;
  • montagem de espaços temporários, como tendas, barracas e toldos para atendimento médico, suporte e avaliação dos funcionários.

Renegociação de prazos e vendas

Outra estratégia prevista para conter os efeitos do coronavírus na construção civil é a renegociação de prazos e das vendas com seus consumidores, a fim de flexibilizar as entregas e pagamentos dos serviços. Em tempos de crise, muitas vezes, é preciso ceder de alguns lados para evitar ou, pelo menos, minimizar alguns prejuízos, inadimplências ou outros impactos financeiros.

Para isso, envolva as equipes técnicas e jurídicas e busquem, em conjunto, soluções e alternativas mais eficazes para essas questões, sempre levando em consideração as necessidades do consumidor também.

Preocupação com a segurança

Cabe aos responsáveis pelos projetos prezarem e buscarem soluções que contribuam para a segurança e o bem-estar dos envolvidos na obra. Isso inclui, por exemplo, tudo o que vimos nos tópicos anteriores, mas também:

  • distribuição de EPIs adequados de proteção contra o contágio do vírus (luvas, máscaras, capas etc.);
  • políticas de circulação interna, respeitando os distanciamentos;
  • rodízios estratégicos de equipes;
  • higienização correta dos ambientes e equipamentos;
  • treinamento adaptado aos cuidados de prevenção e combate à doença.

Além disso, a adequação dos espaços se faz muito necessária nesse momento de precauções, como:

  • instalação de pias ou tanques de águas para a higienização das mãos;
  • recipientes e tendas específicas para o descarte ou separação dos EPIs ao final do expediente;
  • banheiros equipados;
  • portas automáticas;
  • dispositivos de acionamento por aproximação ou presença, como bicas e lâmpadas, que evitam o contato das mãos e, consequentemente, a possibilidade de contágio do vírus.

Redução de custos

Eventualmente, é necessário ter que realizar cortes ou buscar alternativas para conter os custos em tempos de crise. Mesmo que isso tenha que mudar certos pontos estratégicos no projeto, é recomendado realizar uma avaliação criteriosa de onde é possível “mexer” e “enxugar”.

Por exemplo, substituir determinados materiais, como pisos, encanamentos, tubulações, revestimentos, mantas, entre outros, nos planos da construção pode ajudar nessa economia, sem afetar a qualidade e a eficiência. É o caso do plástico, por exemplo, que está presente em inúmeros produtos e pode contribuir, significativamente, nessa redução de custos, sem causar impactos no projeto.

Além disso, espaços de apoio, como escritórios e armazéns, que originalmente precisariam envolver obras ou outras estruturas mais custosas, podem ser tranquilamente adaptados às tendas, abrigos ou barracas de lonas, altamente resistentes, práticas e com um custo-benefício incomparável.

Em resumo, essas são algumas dicas e informações úteis sobre os reais efeitos do coronavírus na construção civil. Não há dúvidas que o setor enfrentará muitos impactos inevitáveis durante esse período de crise. No entanto, cabem aos gestores e empresas buscar por soluções e estratégias alternativas para minimizá-los, em especial, dentro dos projetos em andamento.

Gostou das dicas? Você trabalha no setor e também sentiu os efeitos do coronavírus na construção civil? Então, participe aqui também e contribua com conselhos, sugestões, perspectivas e opiniões em relação ao assunto. Juntos, temos a certeza de sermos mais fortes e de sairmos mais rápido dessa crise.

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